Acervos, coleções e memórias de Paulo Peixoto
De acordo com o dicionário, a palavra acervo significa conjunto de bens que integram o patrimônio de um indivíduo, de uma instituição, de uma nação, sendo considerado uma coleção quando se trata de um conjunto organizado.
Os museus possuem um papel muito importante na preservação dos acervos, sendo muitas vezes atribuída a eles a função de preservar, cuidar e expor os elementos que compõem esses conjuntos, sejam eles mais antigos ou mais recentes, como novidades do nosso tempo. Em Belo Horizonte (MG), por exemplo, temos vários acervos relacionados ao homem contemporâneo e aos seus costumes. Se você ainda não conhece nenhum museu da sua cidade, vale a pena se programar para visitar. Durante o período de isolamento social, algumas instituições também têm oferecido exposições virtuais. A Fundação Clóvis Salgado (FCS) possui dois acervos: um de figurino e cenário, onde se encontram os figurinos e objetos usados por artistas em espetáculos de dança, teatro, óperas e musicais; e outro de obras de artes visuais. Parte desse acervo pôde ser visto na exposição Acervo FCS/Objetos, em 2019. A exposição contou com obras de arte de artistas como Ângelo Marzano, Paulo Schmidt, Celeida Tostes, Toshiko Ishii, Marcone Moreira, entre outros.
Além dessa memória pertencente aos mineiros e gerida pela FCS, queremos lembrar de alguém muito especial para nós da Instituição: o professor Paulo Peixoto. Para isso, faremos uma homenagem inspirada nas lembranças das atividades desenvolvidas por ele. Paulo era artista visual, pesquisador, poeta, professor e arte-educador, colecionador de HQs (histórias em quadrinhos) de super-heróis e partiu em agosto, deixando um legado extenso de amor e dedicação ao ensino e à arte.
Sabe aquela pessoa amada por todos? Que deixava o ambiente leve e descontraído? Que acolhia as pessoas com muito carinho? Esse era o nosso amigo Paulo, que, além de referência como arte-educador nas Galerias da FCS, onde atuava desde 2014, foi também o primeiro coordenador da Escola de Artes Visuais do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Além disso, Paulo deu aulas nos cursos da Escola, nas disciplinas de Acervo e Curadoria. Pensando nisso, a proposta de atividade desta semana é elaborar uma exposição feita por você e que poderá ser acessada virtualmente!
É bem comum encontrarmos pessoas que colecionam alguma coisa, não é mesmo?! Você é uma dessas pessoas? O que você coleciona? Quantas peças compõem seu acervo? Qual critério você usa para escolher as peças da sua coleção? Quais cuidados você precisa ter com elas? Você já expôs seu acervo? Qual importância ele tem para você? Os objetos desse acervo contam alguma história? Se sim, qual?
Convidamos você para montar uma mini exposição, aí na sua casa, com a coleção que tiver. Depois de montada, fotografe e compartilhe sua coleção, comentando um pouco sobre ela, explicando os motivos que te levaram a criá-la e informando quais cuidados ela exige. Aproveite e conte também qual foi o primeiro item da sua coleção. Para isso, use as nossas hashtags #educativofcs, #criarte e também @fcs.palaciodasartes.
Sobre os autores:
Nathália Bruno é bacharel e licenciada em Artes Plásticas, especialista em Ensino de Artes Visuais e Tecnologias Contemporâneas, artista visual, professora e mediadora cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.
Giovane Diniz é licenciado em Artes Plásticas, mestrando em Artes Visuais, artista plástico, professor e mediador cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.