Criarte: Frotagens!

Atenção: por utilizar objetos pequenos, recomenda-se o acompanhamento de um adulto durante a realização da atividade.

 

Frotagem é uma técnica que consiste em captar desenhos e texturas de uma superfície. Os resultados podem ser bastante inusitados e interessantes se você variar a força aplicada sobre o giz ou sobre o lápis, e variar, também, as texturas usadas para compor o trabalho. Trata-se de esfregar lápis ou giz de cera sobre uma superfície áspera ou com textura para “provocar” resultados aleatórios de imagens. Essa técnica foi usada por artistas do Movimento Surrealista, movimento artístico que explorava o irracional, o inconsciente, o mundo dos sonhos.

 

Materiais necessários: giz de cera ou lápis de cor, folhas de papel, folhas de árvore ou plantas, moedas e outras superfícies com textura.

 

Passo-a-passo:

1) Separe gizes de cera coloridos ou lápis de cor, folhas de papel A4, folhas de alguma planta ou árvore, moedas e outras superfícies com textura.

 

Figura 1: Fotografia Giovane Diniz. Materiais: folha de papel A4, giz de cera, folhas e moedas

 

2) Coloque o papel A4 (papel sulfite) sobre a folha, o objeto ou a superfície escolhida por você.

 

Figura 2: Fotografia Giovane Diniz

 

3) Friccione o giz de cera ou o lápis de cor sobre a folha de papel, de modo a registrar a textura do elemento escolhido.

 

Figura 3: Fotografia Giovane Diniz

 

4) Acrescente outros elementos sob a folha de papel, distribuindo-os até criar uma composição.

 

Figura 4: Fotografia Giovane Diniz

 

Figura 5: Fotografia Giovane Diniz

 

Figura 6: Fotografia Giovane Diniz

 

Figura 7: Fotografia Giovane Diniz

 

As variações de cores e formas podem fazer o trabalho ficar mais interessante. Solte a imaginação e exercite sua criatividade!  E não se esqueça de fotografar sua produção e publicar a foto usando as nossas hashtags: #educativofcs e #criarte.

 

Figura 8: Fotografia Giovane Diniz. Composição

 

Curiosidade: Em 2019, o Palácio das Artes recebeu a exposição Narrativas em Processo: Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural, na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard. Dentre as obras expostas, havia diversas gravuras, sendo que algumas delas eram xilogravuras.

A xilogravura, nome dado também à técnica, é uma imagem produzida a partir de uma matriz de madeira, que é gravada, entintada e impressa em papel ou outros suportes, o que possibilita, inclusive, a reprodução da imagem. Algumas dessas gravuras eram de Antonio Henrique Amaral, do álbum O Meu e o Seu – Impressões de Nosso Tempo de 1967. A técnica de frotagem que utilizamos se aproxima da xilogravura por também captar imagens de superfícies com relevo.

 

Figura 9: Antonio Henrique Amaral, Um + Um = Dois?, xilogravura, (Do álbum O Meu e o Seu – Impressões de Nosso Tempo), 32.20 x 42.50 cm. 1967. Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural. (Acervo Banco Itaú). http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra33323/um-um-dois

 

 

 

Giovane Diniz é licenciado em Artes Plásticas, mestrando em Artes Visuais, artista plástico, professor e mediador cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

 

Nathália Bruno é bacharel e licenciada em Artes Plásticas, pós-graduada em Ensino de Artes Visuais e Tecnologias Contemporâneas, professora e mediadora cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.