Coral Lírico de Minas Gerais interpreta a icônica ária HABANERA, da ópera Carmen, em vídeo inédito

26/02/21

Exibição nas Redes Sociais da Fundação Clóvis Salgado | @fcs.palaciodasartes (Instagram) e facebook.com/fundacaoclovissalgado/

Reunidos de forma remota, os membros do Coral Lírico de Minas Gerais interpretam a ária L’amour est un oiseau rebelle (O amor é um pássaro rebelde), popularmente conhecida como Habanera, da ópera Carmen (1875), composta pelo francês Georges Bizet. O vídeo vai ao ar no dia 26 de fevereiro (sexta-feira), às 10h, pelas páginas da Fundação Clóvis Salgado no Instagram e no Facebook. A produção possui direção musical do Maestro Assistente do CLMG, Augusto Pimenta, da Maestrina Associada ao CLMG, Lara Tanaka, e solo pela mezzo-soprano e integrante do CLMG Bárbara Brasil.

 

Ambientada na Espanha em um enredo movimentado entre touradas, trabalhadores, prisões, militares e ciganos, Carmen carrega uma grande representação das classes sociais da época, especialmente das mais desfavorecidas. A caracterização dos membros do CLMG para o vídeo Habanera é inspirada em motivos vindos da cultura espanhola, especialmente da cigana, que tinha forte presença na região – lenços sobre os ombros, flores generosas nos cabelos e vestidos típicos da dança Flamenca foram incorporados pelos próprios músicos ao figurino, sugerindo o clima da ópera.

 

O amor é um pássaro rebelde – Segundo Augusto Pimenta, Maestro, a ópera Carmen é muito querida no repertório lírico, tanto pelo público quanto pelos coralistas. “Interpretar essa ária foi uma escolha muito natural para iniciar os trabalhos em 2021”, declara o maestro. “A Habanera, que compõe o primeiro ato da apresentação, é uma das mais famosas árias de todos os tempos. A personagem Carmen, cigana de personalidade indomável, canta uma canção cheia de rebeldia e sensualidade, em diálogo com as intervenções do coro”. Ainda segundo Pimenta, o maior desafio está presente na caracterização da solista. “Habanera exige um timbre vocal repleto de colorido e uma ação teatral capaz de exprimir o caráter voluntarioso, sensual e sedutor da personagem”, explica.

 

Responsável por interpretar a personagem Carmen no novo vídeo, a mezzo-soprano Bárbara Brasil encara o solo como uma oportunidade muito enriquecedora. “A ária Habanera é um desafio devido a sua importância popular e histórica. Carmen é uma personagem que exibe liberdade, poder e sensualidade. Interpretá-la é uma experiência maravilhosa”, declara Brasil. “Em tempos de isolamento social, fazer a gravação de uma música tão importante requer cuidado e atenção quanto a manutenção da qualidade sonora e de imagem. Participar dessa gravação foi uma experiência enriquecedora e gratificante, além de muito desafiadora”, conta a solista, que se amparou em técnicas de canto e de interpretação apuradas, para que as dificuldades de gravação não atrapalhassem o bom resultado do material final.

 

À frente de seu tempo – Ópera em quatro atos do compositor Georges Bizet, Carmen estreou em 1875 no Opéra-Comique de Paris. Em quatro atos, possui libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, baseado no romance homônimo de Prosper Mérimée. Devido ao forte caráter transgressor da protagonista, a produção foi, em um primeiro momento, severamente criticada. Após apresentação em Viena, alguns meses posteriores à estreia, a ópera recebeu elogios de diversos compositores e mestres eruditos, iniciando uma trajetória de enorme sucesso em todo o mundo.

 

A Habanera, nome popular dado para a ária L’amour est un oiseau rebelle (O amor é um pássaro rebelde), é um gênero musical e uma dança criada em Havana, (Cuba). É caracterizada por canções em compasso binário, com o primeiro tempo acentuado, seguido de duas partes de oito compassos cada uma, com modulação do tom de forma crescente. O ritmo foi algumas vezes aproveitado no repertório erudito, sendo o exemplo mais famoso o da ópera Carmen.

 

O vídeo Habanera é realizado pelo GOVERNO DE MINAS GERAIS / SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E TURISMO DE MINAS GERAIS e FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO e tem a APPA ARTE E CULTURA como correalizadora. Conta ainda com o patrocínio Master da CEMIG e INSTITUTO UNIMED-BH (viabilizado pelo incentivo de mais de 5,1 mil médicos cooperados e colaboradores), USIMINAS e INSTITUTO USIMINAS como patrocinadores.

 

 

Coral Lírico de Minas Gerais – O Coral Lírico de Minas Gerais é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Participa da política de difusão do canto lírico promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Lírico Sacro, Sarau ao Meio-dia e Lírico em Concerto, além de concertos em cidades do interior de Minas e capitais brasileiras, com entrada gratuita ou preços populares. Participa também das temporadas de óperas realizadas pela FCS. Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Sílvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes, Lincoln Andrade, Lara Tanaka e Hernán Sanchez. Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais tornou-se Patrimônio do Estado em 2018 e comemorou quarenta anos em 2019.

 

Bárbara Brasil – Mezzo-soprano natural de Pedra Azul/MG. Aluna do curso de Bacharelado em Canto na Universidade do Estado de Minas Gerais na classe da professora Daiana Melo. Iniciou seus estudos em canto em 2015 no CEFART – Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado, tendo como professoras Conceição Nicolau e Daiana Melo. Em 2019 venceu o VII Concurso Jovens Solistas OSMG. Em 2020 foi finalista do Concurso Maria Callas e participou do Toriba Música, em Campos do Jordão. Desde 2017 integra o Coral Lírico de Minas Gerais.

 

Informações

Local

Exibição nas Redes Sociais da Fundação Clóvis Salgado | @fcs.palaciodasartes (Instagram) e facebook.com/fundacaoclovissalgado/

Horário

10h