História Permanente do Cinema Especial | Clássicos

16/06/21 - 30/06/21

Plataforma cinehumbertomauroMais (www.cinehumbertomauromais.com) | YouTube da Fundação Clóvis Salgado (YouTube.com/palaciodasartesmg)

Cena de “Jejum de Amor”, de Howard Hawks.

O projeto História Permanente do Cinema Especial está de volta. Dessa vez, serão analisados cinco filmes norte-americanos de diferentes diretores fundamentais para a história do cinema. O público terá a oportunidade de assistir e acompanhar os debates sobre os filmes “Jejum de Amor”, de Howard Hawks; “Amor à Terra”, de Jean Renoir; “Almas Perversas”, de Fritz Lang; “O Mundo Odeia-Me”, de Ida Lupino; e, por fim, “Rebecca, a Mulher Inesquecível”, de Alfred Hitchcock.

As cinco obras estarão disponíveis na plataforma CineHumbertoMauroMais a partir do dia 15 de junho de 2021. Já os debates, com pesquisadores e pesquisadoras de cinema, serão ao vivo nos dias 15, 17, 22, 24 e 29 de junho de 2021, sempre às terças e quintas-feiras, às 19h, pelo canal da FCS no YouTube e pela plataforma CineHumbertoMauroMais. Durante os bate-papos, o público poderá interagir com comentários e perguntas, que serão respondidas pelos debatedores. Além disso, os bate-papos também ficarão disponíveis nas plataformas após as transmissões.

A primeira obra analisada será Jejum de Amor, de Howard Hawks, no dia 15/06. O autor, que já teve uma retrospectiva integral no Cine Humberto Mauro em 2014, é conhecido pela sua versatilidade em transitar por diversos gêneros cinematográficos, pela construção de seus heróis e também pelo desenvolvimento coletivo dos personagens. Jejum de Amor é uma das mais conhecidas screwball comedies de seu repertório, subgênero da comédia muito popular nos anos 30 e 40, com diálogos rápidos e espirituosos, estrelada por Cary Grant e Rosalind Russell.

Cena de “Amor à Terra”, do diretor francês Jean Renoir.

O segundo debate, no dia 17/06, será sobre Amor à Terra, do diretor francês Jean Renoir. Essa obra é a mais bem sucedida das realizadas em Hollywood durante o seu exílio da França ocupada por Hitler, na Segunda Guerra Mundial, e rendeu a sua única indicação ao Oscar de ‘Melhor Diretor’ em sua carreira. Conhecido pela sua contribuição para a linguagem cinematográfica e por um trabalho impressionante de câmera, Renoir, em Amor à Terra, faz um filme realista em um contexto rural, abordando a grande ilusão do sonho norte-americano e a resiliência dos trabalhadores diante de um contexto social excludente.

O terceiro bate-papo, no dia 22/06, será sobre outro trabalho fundamental de um diretor europeu exilado em Hollywood: Almas Perversas, do austríaco Fritz Lang. Remetendo ao Expressionismo Alemão, movimento que Lang é um dos principais expoentes, os filmes noir foram uma constante no trabalho do diretor em solo norte-americano. Explorando a fotografia preta e branca e a iluminação dramática, com roteiros marcados por conflitos urbanos, gângsters, corrupção e anti-heróis, foi um dos gêneros mais populares dos anos 40 e 50.

O Mundo Odeia-me, de Ida Lupino, tema do quarto tema do bate-papo a ser realizado no dia 24/06, também faz parte dos filmes noir. Considerada uma das precursoras no cinema dirigido por mulheres, era atriz, produtora, roteirista e diretora inglesa. Foi a primeira mulher a dirigir um filme noir e a segunda a ser filiada ao Sindicato de Diretores de Hollywood.

O último comentário, no dia 29/06, será sobre o filme Rebecca, a Mulher Inesquecível, suspense psicológico e romance gótico dirigido por Alfred Hitchcock em seu primeiro projeto norte-americano. Estrelado por Joan Fontaine e Laurence Olivier, o filme é um conto gótico sobre as memórias persistentes da personagem-título, que, mesmo depois de sua morte, ainda afeta os personagens principais.

Governo de Minas Gerais / Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam História Permanente do Cinema Especial: Clássicos, que tem a correalização da APPA – Arte e Cultura e patrocínio master da Cemig e Unimed-BH / Instituto Unimed-BH¹, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, além do patrocínio ouro da Codemge.

¹ O patrocínio da Unimed-BH e do Instituto Unimed-BH é viabilizado pelo incentivo de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores.

 

PROGRAMAÇÃO | DEBATES

 

 

Jejum de Amor, de Howard Hawks (His Girl Friday, EUA, 1940) | 12 anos | 92’

Sinopse: Rosalind Russel (Hildy Johnson) é uma repórter debochada e que não resiste a um bom furo jornalístico. Ela trabalha para o seu ex-marido que é editor do jornal, mas decide largar o trabalho para se casar com um corretor de seguros sem graça. Decidido a prender a ex-esposa por mais um tempo na redação, o cheio de ciúmes Walter Burns (Cary Grant) coloca nas mãos dela uma grande história jornalística, ao qual ele sabe que ela não resistirá. Assim ela acaba se estendendo no trabalho e os dois travam verdadeiros duelos verbais, sendo assistidos por figuras caricatas de redação de jornal: Mascadores de chicletes, fumantes inveterados e jogadores de pôquer.

Data: 15/06

Horário: 19h

Transmissão: Plataforma on-line do Cine Humberto Mauro e Canal da FCS no YouTube

Comentarista: curador, pesquisador, jornalista e crítico de cinema Diego Souza Silva. Em 2020, ele compôs o Júri Jovem da Mostra Olhos Livres da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes e atualmente faz parte da curadoria do 9° CineCipó – Festival de Filme Internacional de Filme Insurgente e da Comissão Julgadora da 2ª Mostra de Curtas Cinecubo.

 

 

 

Amor à Terra, de Jean Renoir (The Southerner, EUA, 1945) | 12 anos | 92’

Sinopse: Sam Tucker (Zachary Scott) trabalha na colheita de algodão e tenta buscar um futuro melhor para sua família. Assim, ele decide cultivar em seu próprio pedaço de terra, mas tem que enfrentar as condições adversas da natureza, uma doença e um vizinho invejoso.

Data: 17/06

Horário: 19h

Transmissão: Plataforma on-line do Cine Humberto Mauro e Canal da FCS no YouTube

Comentarista: Larissa Muniz atua nas áreas de montagem, realização, pesquisa, fotografia e crítica/curadoria. A curadora, crítica e cineasta dirigiu os curtas-metragens “ela viu aranhas” e “eu vi nos seus olhos, da janela, eu vi, que era o fim”, contemplado pelo 6º Prêmio BDMG Cultural/FCS. É mestranda em Comunicação Social pela UFMG, onde desenvolve um projeto sobre performance e ficção feminista no cinema. É co-fundadora do Coletivo Zanza, onde publica ensaios e críticas.

 

 

 

 

Almas Perversas, de Fritz Lang (Scarlet Street, EUA, 1945) | 14 anos | 103’

Sinopse: Um homem na crise da meia idade se aproxima de uma mulher mais nova, e o noivo dela a convence a enganá-lo de forma que ambos consigam um pouco da suposta fortuna dele.

Data: 22/06

Horário: 19h

Transmissão: Plataforma on-line do Cine Humberto Mauro e Canal da FCS no YouTube

Comentarista: crítico, pesquisador e programador de cinema João Campos. Estuda as aparições das cidades do DF nos filmes de Adirley Queirós na FFLCH-USP. Entre 2016 e 2020, foi redator da revista de cinema Rocinante (MG). Atualmente integra o grupo de programadores do cinecubo IAB-SP, cineclube do Instituto dos Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo. É pesquisador associado ao Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (NAPEDRA-USP) e faz parte do coletivo Zagaia (SP), colaborando na edição e redação da Zagaia em Revista – periódico dedicado a discussões sobre arte e política.

 

 

 

O Mundo Odeia-Me, de Ida Lupino (The Hitch-Hiker, EUA, 1953) | 14 anos | 71’

Sinopse: Roy Collins (Edmond O’Brien) e Gilbert Bowen (Frank Lovejoy) saem para pescar nas montanhas da Califórnia, mas acabam mudando de planos e decidem ir ao México. No caminho, oferecem carona para um estranho, sem imaginar tratar-se de Emmett Myers (William Talman), um perigoso facínora procurado nos EUA e conhecido como “o caronista assassino”

Data: 24/06

Horário: 19h

Transmissão: Plataforma on-line do Cine Humberto Mauro e Canal da FCS no YouTube

Comentarista: Duda Gambogi, cineasta, crítica e atriz graduada na Escola Livre de Cinema/BH e em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense. Trabalha em produções audiovisuais independentes desde 2014 e também integra o coletivo Elviras de mulheres críticas, tendo colaborado com diversas revistas virtuais de cinema. Seus últimos dois curtas, Endless Love (2020) e Último Gás (2020) se encontram atualmente em distribuição, tendo recebido prêmios e circulado por mais de 40 festivais nacionais e internacionais.

 

 

 

Bruno Hilário | Cine Humberto Mauro.

Rebecca, a Mulher Inesquecível, de Alfred Hitchcock (Rebecca, EUA, 1940) | 14 anos | 130’

Sinopse: Uma jovem de origem humilde (Joan Fontaine) se casa com um riquíssimo nobre inglês (Laurence Olivier), que ainda vive atormentado por lembranças de sua falecida esposa. Após o casamento e já morando na mansão do marido, ela vai gradativamente descobrindo surpreendentes segredos sobre o passado dele.

Data: 29/06

Horário: 19h

Transmissão: Plataforma on-line do Cine Humberto Mauro e Canal da FCS no YouTube

Vitor Miranda | Cine Humberto Mauro.

Comentaristas: Bruno Hilário e Vitor Miranda. Bruno Hilário é graduado em Cinema e Audiovisual. É gerente curador do Cine Humberto Mauro, trabalhando na curadoria e produção de mostras de Cinema. Participa desde 2009 da equipe de produção do Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (FESTCURTASBH), sendo coordenador geral do evento, que chega à sua 22ª edição em 2020. Já Vitor Miranda atua nas assistências de produção, curadoria e programação das mostras recorrentes do Cine Humberto Mauro desde novembro de 2014, assumindo a produção de diversas mostras de extrema relevância para a cidade, como: 16º, 17º, 18º e 19º e 20ºFESTCURTASBH; Tarkovski – Eterno Retorno; Retrospectiva Jean-Luc Cinema Godard; Ida Lupino; Joaquim Pedro de Andrade; Clássicos Franceses Restaurados, entre outras.

Informações

Local

Plataforma cinehumbertomauroMais (www.cinehumbertomauromais.com) | YouTube da Fundação Clóvis Salgado (YouTube.com/palaciodasartesmg)

Horário

19h