Semana Lixo Zero

Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte

Com o objetivo de sensibilizar funcionários e o público frequentador do Palácio das Artes sobre a produção de resíduos e lixo em geral, além da preservação do meio ambiente, a Fundação Clóvis Salgado integrará a Programação da Semana Lixo Zero, de 21 a 25 de outubro, com programação gratuita, no horário de almoço.

Estão programadas exibições de filmes sobre sustentabilidade, palestras com representantes de ONG’s socioambientais, oficinas, caminhada ecológica e meditação guiada, além da brincadeira lúdica, o Jogo da Carta da Terra, baseado no texto divulgado pela UNESCO em 2000 – Carta da Terra, contendo valores e princípios para um futuro sustentável.

Acesse a PROGRAMAÇÃO.

Os setores administrativo e artístico da FCS foram convidados a definir ações que promovam a redução interna de resíduos, que serão apresentadas no encerramento do evento.

Iniciativa sustentável – A Semana Lixo Zero é promovida anualmente pelo Instituto Lixo Zero Brasil em diversas cidades do país, buscando conscientizar comunidades e empresas a adotarem práticas de sustentabilidade para uma sociedade livre de descartes, em que todos os materiais são projetados para sua recuperação e uso pós-consumo.

Em 2019, mais de 100 cidades brasileiras aderiram ao projeto, e a FCS não ficou de fora. “A ideia é conscientizar a todos e atuarmos com espírito de coletividade e pragmatismo para fazermos escolhas de forma sustentável e melhorarmos a qualidade de vida para a atual e as futuras gerações”, explica Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado.

Segundo Parreiras, a inciativa de realizar a Semana Lixo Zero reafirma o compromisso da Instituição em contribuir com o alcance de metas socioambientais ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, parte da agenda 2030 da Organização das Nações Unidas – ONU. “Nesse momento, é importante nos voltamos para atividades que promovam o consumo e produção responsáveis, o combate às alterações climáticas que têm ocorrido em todo o planeta e a construção de cidades e comunidades sustentáveis”, destaca Eliane Parreiras.

Durante o evento, serão difundidos conceitos centrais da meta lixo zero: REPENSAR, para mudar a ideia de que resíduos são sujos e não descartar ou misturar materiais que poderiam ser reciclados com lixo comum; REUTILIZAR objetos e materiais de outras maneiras antes de encaminhá-los para a reciclagem; REDUZIR, gerando o mínimo possível de lixo e substituindo lixeiras por residuários e contentores; RECICLAR, aproveitando a matéria prima do resíduo para fabricar outros produtos, sem encaminhá-lo para aterros.

Programação variada – Na abertura da programação da Semana Lixo Zero, dia 21, haverá apresentação do Programa Ser Melhor Com Você e Com o Mundo, conjunto de diretrizes da Fundação Clóvis Salgado que incentivam os funcionários a buscarem sempre o melhor para si mesmos, para o outro e para o ambiente: criação de novos hábitos, empatia, acolhimento, inovação e integração.

Em seguida, Elena Ciciliotti e Clarissa Cruz, representantes do Instituto Lixo Zero Brasil, ministrarão a palestra Como eu impacto o mundo?, que abordará a urgência de repensarmos nosso estilo de vida enquanto sociedade, provocando reflexões sobre qual o impacto causado por cada indivíduo ao habitar o planeta e como é possível fazer melhores escolhas no cotidiano.

O cinema será o destaque da programação nos dias 22 e 24, com a exibição de documentários e curtas-metragens, para adultos, com temas como produção de lixo e sustentabilidade (veja detalhamento abaixo). Para contribuir com a sensibilização das crianças, será realizado o Cine Escola Especial Semana Lixo Zero no dia 23, com a exibição de curtas-metragens infantis que abordam temas sobre infância e natureza, com agendamento específico para Escolas.

Um bate-papo no Cine Humberto Mauro abre a programação do dia 23. A conversa será com a jovem Julia Macedo que em 2013, com apenas nove anos de idade, começou a juntar lacres de latinhas de alumínio para comprar e doar uma cadeira de rodas. Hoje, aos 15 anos de idade, ela já conseguiu transformar a campanha “Lacre do Bem” na Associação Lacre do Bem, que tem como missão promover a reciclagem e a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida nos diversos setores da sociedade. Reciclou até o momento 49 toneladas de lacres de alumínio e doou 510 cadeiras de rodas, em 5 estados do Brasil. Julia Macedo foi vencedora do Prêmio Bom Exemplo 2014 na categoria Cidadania e Gentileza Urbana.

Em seguida, no Jardim Interno, o público poderá participar de oficinas de material reciclado com os professores do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart. No mesmo dia, será realizada a oficina Casa Limpa Natural, ministrada por Letícia Pires, graduada em Economia Doméstica pela Universidade Federal de Viçosa e pós-graduada em arte terapia e educação ambiental. A economista ensinará como fazer sabão líquido a partir de uma barra de sabão de coco, produzindo três litros de sabão que podem ser utilizados para lavar roupas, louças e até as mãos, sem o uso de substâncias químicas sintéticas que agridem a saúde humana, animal e o meio ambiente.

Outra atividade no dia 23 é o Jogo da Carta da Terra, conduzido por Cláudio Casaccia, co-criador da brincadeira, e Mazza Pena, educadora ambiental. O jogo tem como princípio a cooperação entre os participantes e dispõe no tabuleiro um mosaico de biomas que representa a vasta diversidade biológica e cultural do planeta. O jogo tem metodologia lúdica, possibilitando que crianças, jovens e adultos compartilhem seus saberes em fluxo constante a partir do ganho, perda ou troca de energia, ocasionando fortalecimento ou enfraquecimento do grupo.

No dia 24 teremos novamente uma Oficina de material reciclado com os professores do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, nos Jardim Interno da Fundação

Para encerrar a Semana do Lixo Zero, no dia 25, será realizada a Guerrilha Verde, uma oficina com argila e sementes que busca experimentar, de maneira lúdica, o semear para ressignificar a ideia de “guerrear”. Em seguida, o público será convidado para uma Caminhada Ecológica de sensibilização pelas áreas externas do Palácio das Artes, acompanhada de roda de conversa mediada sobre a percepção do que é lixo e sobre programas de conscientização ambiental em órgãos públicos. No fim da atividade, os funcionários da FCS vão apresentar as ações definidas em cada setor para reduzir a produção de resíduos no cotidiano do trabalho.

 Audiovisual para repensar o lixo e a natureza – O Cine Humberto Mauro tem participação de destaque na programação da Semana Lixo Zero. No dia 22, serão exibidos os curtas: Que se lixe o lixo! (2015), com direção do Instituto Superação e de Cacinho; Tô pouco me lixando (2016), de Priscila Ruzzante, Bárbara Lacerda e Maria Nilo, e A natureza do lixo (2016), de Cassandra Oliveira e Roberto Zanin.

 Que se lixe o lixo! conta duas trajetórias possíveis para uma folha de papel, desde o momento em que é descartada até o seu destino final. Já o curta Tô pouco me lixando apresenta a problemática dos resíduos sólidos urbanos no Brasil, por meio de imagens e dados que expõem o descaso da população e do governo com o tema. O terceiro filme, A natureza do LIXO, foi pensado originalmente para agregar pessoas interessadas na linguagem cinematográfica como meio de reflexão, representação e construção de realidades individuais ou coletivas, tratando da questão dos resíduos sólidos e sua influência no cotidiano dos municípios brasileiros.

No dia 24 é a vez do longa-metragem Água mole pedra dura (2017), de Flavia Angélico e James Lloyd, documentário que retrata a mais crítica crise urbana de água, em São Paulo, metrópole com população explosiva de mais de 20 milhões de pessoas.

Para contribuir com a sensibilização dos pequenos, o Cine Escola Especial Semana Lixo Zero exibe curtas-metragens infantis que abordam os temas da infância e natureza. Naiá e a Lua (2010), acompanha a jovem índia Naiá, que se apaixona pela lua ao ouvir da anciã de sua aldeia uma história sobre o surgimento das estrelas no céu; no filme Bá (2015), o menino Bruno é obrigado a lidar com as mudanças que ocorrem em sua vida, quando sua avó é trazida para morar em sua casa; já Disque Quilombola (2012) retrata crianças do Espírito Santo em conversas sobre como é a vida em uma comunidade quilombola e em um morro da cidade de Vitória. Por meio de uma brincadeira, os grupos falam de suas raízes e desvelam o quanto as vivências da infância têm mais semelhanças do que diferenças.

Meditação guiada – A programação conta, também, com meditações guiadas, abertas ao público, nos dias 21, 23 e 25.

Este evento tem correalização da APPA – Arte e Cultura.