Imagine (e faça) um mundo melhor!

Um filme com poucos minutos, que nos convida a refletir sobre muitas questões! Assim é o curta-metragem indicado desta semana. Que tal pensarmos juntos sobre algumas delas? Assista “Imagine uma menina com cabelos de Brasil…”

Para acessar a versão do filme com audiodescrição, clique aqui.

Ficha Técnica

Filme: Imagine uma menina com cabelos de Brasil…

Local: Rio de Janeiro/Brasil  

Ano: 2010     

Duração: 10 min     

Roteiro, direção, animação e edição: Alexandre Bersot

Produção: Alexandre Bersot e Mônica Henze

Para refletir:

Ao ver o curta-metragem, você percebeu que ele não possui falas? Em vez disso, existe um outro tipo de som que se destaca durante todo o vídeo: as risadas. São risadas das colegas de escola da menina com cabelos de Brasil. As colegas riem dela, do seu cabelo e do seu lanche. Quando isso acontece, a menina com cabelos de Brasil se entristece. A reprovação das colegas em relação ao seu cabelo faz com que a menina não se aceite como é e tente, a todo custo, mudar o formato do seu cabelo. E isso é muito ruim! É preciso gostar de si mesmo e dos outros como são. Por isso é tão importante se lembrar de que não é certo rir ou zombar das pessoas, de suas características, quaisquer que sejam elas. Cada pessoa é única e todas merecem respeito, exatamente do jeito que são.

Imagem: Divulgação

Você reparou que cada menina do filme tem o cabelo com a forma do mapa de um país? Conseguiu identificar todos? Uma delas, no entanto, não representa um país, mas um continente inteiro: é a menina com cabelos de África! Embora muita gente pense que África é um lugar com uma mesma cultura, cada país tem suas características próprias, com diferentes línguas, costumes, tradições, alimentos típicos, entre outras coisas. O diretor do filme nos mostra, de forma proposital, uma série de “estereótipos” para nos fazer refletir sobre eles, como associar a África à pobreza e à fome e mostrá-la de forma unificada, sem reconhecer a diversidade de cada um de seus países. Estereótipos são características que associamos a um certo grupo de pessoas e que reduzem ou limitam essas pessoas a essa característica, na maior parte das vezes negativa, como dizer que meninos não podem brincar de casinha (já mostramos aqui que podem, sim), que mulheres são frágeis, que indígenas vivem no mato e não podem ter celular. Quando determinamos que certo grupo é inferior a outro por causa da cor da sua pele ou do seu tipo de cabelo, por exemplo, estamos agindo de forma preconceituosa e, nesses casos, esse tipo de preconceito é chamado de racismo. Muitas vezes os estereótipos nos impedem de nos aproximarmos das pessoas, para, assim, realmente conhecê-las. No caso do racismo, além dessa atitude nos afastar das pessoas, é uma ação criminosa.

Imagem: Divulgação

Curiosidade: 

Você conhece a música que faz parte da trilha do filme? Ela se chama “Imagine”, foi composta pelo músico John Lennon, que fez parte da banda The Beatles, e lançada no ano de 1971. A letra fala de um mundo em que não haveria fronteiras, religiões, ganância, fome, nem nada que separasse as pessoas, que enfim poderiam viver em paz, sem desigualdades, em verdadeira comunhão. Não é por acaso que o título do curta começa com “Imagine”… No filme vemos que as meninas vivem em conflito, e que no final terminam todas igualmente “descabeladas”. O que você entendeu desse final? E o que acha que podemos fazer para que o desejo por um mundo melhor, expresso na música “Imagine”, se torne mais próximo da realidade?

Para ouvir a música completa, clique aqui.

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Referência:

BRASIL, Natasha Fernandes Mendes. Imagine Uma Menina Com Cabelos de Brasil: a construção da identidade numa perspectiva multicultural. Apresentação de Trabalho/Comunicação. 2016. Disponível em: <https://www.cp2.g12.br/ojs/index.php/tramas/article/download/1100/803> Acesso em: out. 2020

Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.