Conversa sobre a exposição Wilson Baptista resgata importância do fotógrafo para a história de BH

publicado em 10 de maio 2019

Como parte da programação da exposição Wilson Baptista – Urbano Fotográfico, será realizada uma conversa especial sobre a produção artística de Wilson Baptista e seu legado, na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais. O debate terá a participação do curador, fotógrafo, professor da UFMG e filho de Wilson, Paulo Baptista, e do galerista da Periscópio Arte Contemporânea, Rodrigo Mitre. A mediação ficará por conta da professora da Escola de Artes Visuais do Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado – Cefart, Mara Tavares. O evento acontecerá na terça-feira, 21 de maio, com entrada gratuita.

Mara Tavares destaca que o bate-papo será um local para abordar memórias e nuances de Belo Horizonte. “Será um momento para conhecer e reconhecer a cidade. Um lugar de memória para quem conheceu os registros de Wilson Baptista e de conhecimento para as novas gerações. Atravessar a obra do artista, resgatar sua memória e seu legado com a presença de alguém que esteve com ele, que é o caso do Paulo é um grande diferencial”, salienta a professora.

O trabalho de Wilson Baptista captura momentos-chave da história de Belo Horizonte, como a abertura da Avenida Amazonas, flagrantes do Parque Municipal, procissões, a construção do Edifício Acaiaca e até um acidente de bonde no viaduto Santa Tereza. Essa narrativa histórica e fotográfica é uma viagem ao tempo em que a capital se modernizava passando pelo processo de verticalização e aumento populacional. A exposição conta com um recorte de 44 fotografias em preto e branco do acervo do artista, estimado em cerca de trinta mil negativos.

A exposição fica em cartaz até 25 de maio, de terça a sábado, das 9h30 às 21h, com entrada gratuita.

Wilson Baptista – Wilson Baptista (1913-2014), natural de Belo Horizonte, produziu uma das mais ricas obras da fotografia moderna brasileira, composta por imagens que vão do registro factual, sempre personalíssimo, de cenas urbanas, à pura composição geométrica, em visões abstratas de objetos do cotidiano.  Foi um dos fundadores e o primeiro presidente do Foto Clube de Minas Gerais, na década de 1950, organizando e participando de exposições e de salões nacionais e internacionais de fotografia até meados dos anos sessenta, tendo sido premiado diversas vezes. A partir dos anos oitenta, fotografias suas ilustraram diversas publicações nas áreas de arquitetura, urbanismo e história da capital mineira. Seu trabalho fez parte de exposições coletivas como Cartografia imaginária (SESC Palladium, 2018), Habitáculo (Cine Theatro Brasil Vallourec, 2015), Horizonte Moderno (Minas Tênis Clube, 2015), Escavar o Futuro (Fundação Clóvis Salgado, 2013) e Segue-se ver o que quisesse (Fundação Clóvis Salgado, 2012), além das retrospectivas Projeto Wilson Baptista (Periscópio Arte Contemporânea, 2017), Diálogos nos tempos da Fotografia (Casa do Baile, 2007) e Wilson Baptista: Fotografias (Instituto de Arquitetos do Brasil/MG, 2000).

Este evento tem correalização da APPA – Arte e Cultura.