Sinfônica em Concerto | Concertos da Liberdade: DIA INTERNACIONAL DA MULHER

07/03/23 - 08/03/23

Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

 

A primeira mulher a tornar-se Regente Titular em todas as orquestras em que ocupou este cargo, e em grande parte das orquestras onde regeu como convidada, também foi a primeira mulher.

 

Não é diferente com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, que em seus 46 anos de existência recebe sua primeira maestra titular: Ligia Amadio, uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade. Sua estreia à frente da OSMG acontece nas próximas edições da série Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, com um programa especial que inclui obras de grandes compositoras pioneiras na história da música, como Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935), Dinorá de Carvalho (1895 – 1980) e Amy Beach (1867 – 1944), além de solo de piano realizado pela convidada Linda Bustani, que interpreta Sergei Rachmaninoff (1873 – 1943).

A apresentação de gala acontece no dia 8 de março (quarta-feira), Dia Internacional da Mulher, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Os ingressos já estão à venda com preços populares, pelo site da Fundação Clóvis Salgado ou Bilheteria do Palácio das Artes. No dia 7 de março (terça-feira), ao meio-dia, o Corpo Artístico se reúne para interpretar trechos do concerto, de forma gratuita. Para o concerto de terça-feira (07/03), não é necessário retirar ingresso.

 

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o concerto da série Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto – Concertos da Liberdade, que têm correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, AngloGold Ashanti e Usiminas, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura.

 

Maestra Amadio – Ligia Amadio notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Sua atuação estende-se pela América, Europa e Ásia. Dentre os prêmios que recebeu, destacam-se o Concurso Internacional de Tóquio (1997), II Concurso Latino-Americano em Santiago do Chile (1998), APCA (2001), Prêmio Carlos Gomes (2012), Ordem de Rio Branco (2018), Prêmio Alumni USP (2022).

 

Amadio celebra com boas-vindas a Regência Titular e Direção Artística da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. “Me sinto honrada pela confiança em mim depositada pelo presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, pelo Secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, pela diretora artística, Cláudia Malta, e pelos músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, que indicaram o meu nome com o desejo de que eu fosse a nova regente titular da Orquestra”, declarou. “Espero fazer o melhor pela Orquestra, maximizar o seu potencial artístico, ganhar novos públicos e tornar cada vez mais a música clássica e a música realizada pela OSMG acessível e democrática para todas as pessoas”, concluiu a maestra.

 

Amadio atuou como regente titular e diretora artística das orquestras no Uruguai, da Filarmônica de Montevidéu; na Colômbia, da Filarmônica de Bogotá; na Argentina, da Filarmônica de Mendoza e da Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo; no Brasil, da Orquestra Sinfônica Nacional, da Sinfônica de Campinas e da OSUSP. A Maestra acaba de ser convidada para assumir o mesmo cargo à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, e fará seu primeiro concerto no emblemático dia 8 de março.

 

Amadio lidera o Movimento Mulheres Regentes, que realizou 3 Simpósios Internacionais desde 2016, e organiza neste momento sua 4ª. edição, que terá lugar em Buenos Aires. Sua discografia reúne 11 CDs e 5 DVDs. Completou graduação na POLI-USP e na UNICAMP, mestrado na UNICAMP, e doutorado na UNESP. Sua formação também incluiu os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral na Áustria, Holanda, Hungria, Itália, República Tcheca, Rússia e Venezuela.

 

As pioneiras: ineditismo e dedicação à música – O concerto tem início com o brilhantismo de composições da carioca Chiquinha Gonzaga, compositora e pianista. Gonzaga foi a primeira pianista de choro e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, mesclando o som do piano à música popular e se tornando a primeira compositora popular do país. O sucesso começou no ano de 1877, com a polca (dança popular da Chéquia, da região da Boêmia) “Atraente”.

 

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais dá início ao seu concerto histórico interpretando “Atraente”, nascida de improvisação em roda de choro na casa do compositor Henrique Alves de Mesquita, em uma mescla com a canção “Gaúcho”, popularizada pelo nome “Corta-jaca”, uma das músicas mais gravadas e conhecidas de Gonzaga. Por conseguinte, a OSMG interpreta a composição “Alerta”, considerada uma das melhores já feitas pela compositora.

 

O programa segue com “Noite de São Paulo”, composta pela primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Música e primeira maestra brasileira, Dinorá de Carvalho. Como pianista mineira de Uberaba, Carvalho apresentou-se no Brasil e em várias capitais europeias, tendo fundado uma orquestra só de mulheres, a Orquestra Feminina de São Paulo. Suas obras foram executadas por grandes nomes como Guiomar Novaes, Bidu Sayão e Eleazar de Carvalho. Com uma vida dedicada à música, Dinorá de Carvalho tem sido estudada nos meios acadêmicos e resultou em publicações científicas que abordam estudos aprofundados sobre a sua produção artística. Sua obra “Noite de São Paulo” é uma ode à cidade na qual a compositora morou durante grande parte de sua vida.

 

Na sequência, a grande pianista convidada Linda Bustani empresta seu talento na peça “Rapsódia sobre um tema de Paganini”, de Sergei Rachmaninoff. Uma das mais importantes pianistas sul-americanas de projeção internacional, Linda Bustani foi discípula de Arnaldo Estrella, no Rio de Janeiro. Premiada aos quinze anos de idade no Concurso Internacional Vianna da Mota, de Lisboa – e havendo anteriormente vencido os Concursos Nacionais de Salvador e do Rio de Janeiro – Linda Bustani foi convidada por Iakov Zak para trabalhar sob sua orientação no Conservatório Tchaikovsky, em Moscou, onde também foi aluna de Elisso Virsaladze. Com uma trajetória primorosa, Bustani interpreta ao lado da OSMG a obra de Rachmaninoff considerada de dificílima execução.

 

A segunda parte do concerto é inteiramente dedicada a Amy Beach, compositora e pianista americana pioneira na música artística em grande escala. Sua sinfonia “Gaelica”, estreada pela Orquestra Sinfônica de Boston em 1896, foi a primeira sinfonia composta e publicada por uma mulher americana. Com essa composição, a OSMG encerra a edição especial do Concertos da Liberdade, celebrando e exaltando toda a força da composição para orquestra feita por mulheres. Beach foi uma das primeiras compositoras americanas a ter sucesso sem o benefício do treinamento europeu e uma das compositoras americanas mais respeitadas e aclamadas de sua época, sendo aclamada pelos concertos que deu com sua própria música nos Estados Unidos e na Alemanha.

 

Programa

I PARTE

 

CHIQUINHA GONZAGA (1847 – 1935)

(Arranjos de Vinícius Louzada)

“Gaúcho / Atraente” (3)

Alerta! (3)

 

DINORÁ DE CARVALHO (1895 – 1980)

Noite de São Paulo (7’)

 

SERGEI RACHMANINOFF (1873 – 1943)

Rapsódia sobre um tema de Paganini, op.43 (22’)

Solista: Linda Bustani

 

II PARTE

 

AMY BEACH (1867 – 1944)

Sinfonia n.2, op.32, em. Mi menor “Gaelica” (41`)

Allegro con fuoco

Alla Siciliana

Lento con molta espressione

Allegro di molto

 

Ligia Amadio – Uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade. Notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Sua atuação estende-se por América, Europa e Ásia. Dentre os prêmios que recebeu, pode-se destacar: Concurso Internacional de Tóquio (1997), II Concurso Latino-Americano em Santiago do Chile (1998), APCA (2001), Prêmio Carlos Gomes (2012), Ordem de Rio Branco (2018), Prêmio Alumni USP (2022). Ligia Amadio atuou como regente titular e diretora artística das seguintes orquestras: no Uruguai, da Filarmônica de Montevidéu; na Colômbia, da Filarmônica de Bogotá; na Argentina, da Filarmônica de Mendoza e da Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo; no Brasil, da Orquestra Sinfônica Nacional, da Sinfônica de Campinas e da OSUSP. A Maestra Amadio acaba de ser convidada para assumir o mesmo cargo à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e fará seu primeiro concerto no emblemático dia 8 de março. Ligia Amadio lidera o Movimento Mulheres Regentes, que realizou 3 Simpósios Internacionais desde 2016, e organiza neste momento sua 4ª. edição, que terá lugar em Buenos Aires. Sua discografia reúne 11 CDs e 5 DVDs. Completou graduação na POLI-USP e na UNICAMP, mestrado na UNICAMP, e doutorado na UNESP. Sua formação também incluiu os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral em: Áustria, Holanda, Hungria, Itália, República Tcheca, Rússia e Venezuela.

Linda Bustani – Umas das mais destacadas pianistas da história do piano brasileiro. Seu repertório é composto por mais de 40 concertos para piano e orquestra, além de uma extensa lista de obras camerísticas e, naturalmente, para piano solo. Nascida em Rondônia, Linda se mudou ainda criança para o Rio de Janeiro, onde foi uma brilhante aluna de Arnaldo Estrella e de Antônio Guedes Barbosa. Premiada aos 15 anos no Concurso Internacional Vianna da Mota, em Lisboa, foi convidada por Iakov Zak para trabalhar sob sua orientação no Conservatório Tchaikovsky de Moscou, onde também foi aluna de Elisso Virsaladze. Ganhou prêmios em competições internacionais no Rio de Janeiro e em Bratislava, mas foi sua aclamada participação no Concurso Internacional de Leeds, em 1974, que lançou sua carreira internacional. Seguiu-se uma séries de concertos e recitais em Portugal, Holanda, Bélgica, República Tcheca, Hungria, Rússia, Reino Unido, Japão, Estados Unidos e também na América Latina. Apresentou-se com orquestras como a Concertgebouw, New Philharmonia, Bournemouth Symphony, City of Birmingham Symphony, Royal Liverpool Philharmonic, BBC Welsh, BBC Scottish, Hallé e Bratislava Symphony, sob a direção de maestros como Simon Rattle, Charles Groves, William Tausky, Anatoli Fistoulari, Louis Frémaux, Okko Kamu, Gunther Herbig, John Neschling, Isaac Karabtchevsky, Eleazar de Carvalho, Roberto Duarte, Henrique Morelenbaum, Alceo Bocchino, Roberto Tibiriçá e Lígia Amadio. 

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-Dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas e André Brant ocupa a função de regente assistente.

 

Informações

Local

Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

Horário

20h

Classificação

Livre

Informações para o público

3236-7400