INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

A mostra e seminário “Drummond e o cinema” se dedica a pensar as múltiplas relações entre vida e obra do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e o cinema,
brasileiro e estrangeiro, ao longo do século XX, reverberando no século XXI. Na juventude de Drummond, quando se muda para a moderna Belo Horizonte, nos anos 1920, o cinema era uma de suas grandes paixões. José Maria Cançado, biógrafo de Drummond, afirma que a sensibilidade e o sentimento do mundo do poeta foram colhidos pelas projeções de cinema nas salas de rua da capital mineira, nas décadas de 1920 e 1930. Frequentador assíduo dos lançamentos cinematográficos da época, Drummond se posicionava, desde jovem, nos debates candentes sobre a moral e a modernidade na sociedade. Vale lembrar que a primeira crônica que ele publicou em jornal é dedicada ao cinema, em 1920. O poeta itabirano escreveu poemas e crônicas apaixonados, ao longo de toda a sua obra, sobre figuras célebres do cinema como Charlie Chaplin e Greta Garbo. A mostra, aberta a diferentes perfis do público, revela-se relevante socialmente ao apresentar e discutir de modo detalhado a relação de um escritor mineiro, com sua visão cosmopolita do mundo, com o cinema, arte que é fundamental para a compreensão do mundo do século XX e XXI.
A obra poética de Drummond constitui, conforme avaliação de críticos, artistas e escritores,
um dos eixos centrais da literatura brasileira. Não bastasse a excelência estética, a
diversidade temática, a densidade reflexiva e o engenho rítmico encontrados em sua longeva produção, seus versos parecem cifrar a história da modernidade cultural brasileira no curso do século XX. Em sua escrita avolumam-se e implicam-se, sem ordenação aparente, mas em viés analítico, signos e imagens, discursos e personagens, paradoxos e rupturas decorrentes da consolidação do mundo moderno no cenário nacional. Ao longo da mostra, discutiremos a influente presença dominante de Drummond nos debates literários e sociais interessados em discutir nossa modernidade. Em outras palavras, esboçar elementos para uma questão que se revela hoje incontornável: por que Drummond? A poesia drummondiana, comparável às grandes obras do século se afirma não apenas como forma criadora original, servindo de parâmetro estético para a literatura brasileira, mas também como percepção alargada da história, sem, no entanto, se reduzir ao registro documental.

Programação

Quinta – 07/11/24. Drummond e o cinema.
17h30 – “O fazendeiro do ar” (1972, 9’), de Fernando Sabino; “Consideração do poema”
(2011, 70’), de Eucanaã Ferraz.
19h – Debate de abertura: Humberto Werneck. Mediação: Roberto Said

Sexta – 08/11. Drummond e o cinema clássico.
15h – “Ninotchka” (1939, 110′), de Ernst Lubitsch com Greta Garbo.
17h – “Tempos modernos” (1936, 86′), de Charlie Chaplin.
19h- Debate: Daniel Bonomo e Rafael Ciccarini. Mediação: João Barile.

Sábado – 09/11. Drummond e o cinema brasileiro.
15h – “Cabaré Mineiro” (1987, 68′), de Carlos Alberto Prates.
16h30 – “Amor natural” (1996, 76’), de Heddy Honigmann.
18h – “O padre e a moça” (1966, 90′), de Joaquim Pedro de Andrade.
19h30 – Debate: Sérgio Alcides e Cláudia Mesquita. Mediação: Glaura Cardoso.

Domingo – 10/11. Drummond e Bob Dylan.
18h – “Don’t look back” (1967, 96′), D. A. Pennebaker, sessão comentada por Fernando
Viotti.

Terça – 12/11. Drummond e o outro modernismo.
15h – “Limite” (1931, 120′), de Mário Peixoto.
17h30 – “Crônica da casa assassinada” (1971, 103’), de Paulo Cesar Saraceni, sessão
comentada por Denilson Lopes.

Quarta 13/11. Drummond e os outros.
14h – “Resíduo – Henriqueta Lisboa” (2023, 26’), de Marília Rocha; “Entre mundos: vida e
obra de Helena Antipoff” (2019, 70’), de Guilherme Reis, sessão comentada por Regina
Helena Campos e Marília Rocha
17h – “Lavra” (2021, 101’), de Lucas Bambozzi
19h – “A última floresta” (2020, 74’), de Luiz Bolognesi, sessão comentada por André Brasil.

Quinta 14/11. Drummond e as histórias do Brasil.
15h – “Conterrâneos velhos de guerra” (1991, 175’), de Vladimir Carvalho.
18h – “1930 – Tempo de revolução” (1990, 48’), de Eduardo Escorel.
19h – Debate: Wander Melo Miranda e Heloisa Starling. Mediação: Eduardo de Jesus.

Sexta – 15/11. Drummond vai ao cinema.
14h30 – “A aventura”, de Michelangelo Antonioni (1960, 145’)
17h – “Ivan, o terrível” (1944, 99′), de Serguei Eisenstein.

19h – “Morangos silvestres” (1957, 91′), de Ingmar Bergman, sessão comentada por Ana
Lúcia Andrade.

Sábado – 16/11. Drummond e a maquinação do mundo.
15h – “Miguel Burnier”, de João Dumans (work in progress), sessão comentada por João
Dumans.
17h30 – Sessão de curtas: “Vitor recita José” (2016, 3’);; “Nunca é noite no mapa” (2017, 5’),
de Ernesto Carvalho; “Máquinas do mundo”, (2019, 5’) de Laura Vinci e Mundana Cia;”Terras
remotas” (2019, 10’), de Simone Cortezão; “O maior trem do mundo (2019, 6’), de Julia
Pontes “Erosões” (2012, 36’), de Oswaldo Teixeira.
19h – Debate: José Miguel Wisnik e Laura Vinci. Mediação: César Guimarães.

Domingo – 17/11. Drummond vai ao cinema.
17h – “O ano passado em Marienbad” (1961, 94’), de Alain Resnais.
19h – “Metropolis” (1927, 148’), de Fritz Lang.

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