INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Com o objetivo de trazer a Minas Gerais as figuras mais relevantes da produção fotográfica brasileira, o Foto em Pauta é uma iniciativa que nasceu em Belo Horizonte em 2004 e fomenta o diálogo entre público e autores. Produzimos encontros, palestras, exposições, oficinas e, desde 2011, o Festival de Fotografia de Tiradentes, referência nacional na difusão da fotografia brasileira, que coloca anualmente milhares de pessoas em contato com grandes obras e artistas, num intercâmbio de ideias, experiências, vivências que levam ao crescimento individual, cultural e artístico. Reiterando a parceria entre a Fundação Clóvis Salgado e o Foto em Pauta, a exposição que aconteceu em Tiradentes, no espaço expositivo do IEPHA, itinera para Belo Horizonte, na Casa da Fotografia de Minas Gerais – CâmeraSete. 

A exposição reúne trabalhos provenientes de diversas partes do mundo, de distintas épocas, formatos e objetivos. Tem em comum a base da fotografia e a preocupação com o registro, a interpretação e o envolvimento com questões relativas à organização dos agenciamentos terrestres.”

A escrita de “eztetyka se dá inspirada em manifestos e pensamentos de Glauber Rocha, e se desdobra: 

[…] essa estética não é sobre a terra, mas efetivamente da terra. A Terra não é um tema, ela se instala na própria forma das imagens, no seu fazimento, na sua construção, no seu devir. 

Texto Curatorial:

Algumas palavras sobre o título são necessárias para trazer a discussão ao ponto de partida desta exposição. Grafamos a palavra “estética’ como fez Glauber Rocha em seu seminal texto-manifesto de 1965. arrancando-a de sua raiz originária, contaminando-a na tentativa de criar uma língua dentro da língua. a fundimos com outro título de Glauber, o apocalíptico “A idade da Terra”, seu último filme, de 1980. 

Importante acrescentar que essa estética não é sobre a terra, mas efetivamente da terra. A Terra não é um tema. ela se instala na própria forma das imagens, no seu fazimento, na sua construção, no seu devir. 

A exposição reúne trabalhos provenientes de diversas partes do mundo, de distintas épocas, formatos e objetivos. Tem em comum a base da fotografia e a preocupação com o registro, a interpretação e o envolvimento com questões relativas à organização dos agenciamentos terrestres. Como a terra é tornada habitável, propicia a vida. De que modo vem sendo ocupada por humanos e por uma infinidade de outros seres. Como as diversas multiplicidades que a compõem se organizam para produzir o vivo e o não vivo. Como se formam as rochas, animais, plantas, organismos moleculares, grandes fenômenos micro e macroscópicos. 

A terra é um sistema interconectado, cujos habitantes estão em permanente colaboração e fricção. Simbioses e compartilhamento entre as infinitas espécies companheiras ocorrem através de longuíssimos espaços de tempo. Nessas interações, cada ser vai se singularizando, se diferenciando, se fazendo e desfazendo. Transformando-se. 

Se por um lado, a idade da Terra encerra muitos fins, e abre-nos os olhos para que vejamos os caminhos que nosso modo de vida nos tem levado, por outro tem a capacidade de desestabilizar algumas das certezas mais arraigadas sobre o que chamamos civilização. Ideias como a de desenvolvimento e progresso, pilares da modernidade – que, em todo sul global, insistem em figurar como mais uma promessa não cumprida – são colocadas em xeque. A espiral contínua dos cosmos nos envolve, nos mostra pontos de vista circulares, afeitos ao recomeço, à possibilidade de novos olhares e sentidos, carregando-se de experiências e conhecimentos. Somos impelidos a abandonar a diferenciação entre natureza e cultura, que suspeitamos ser mais um estratagema colonialista do que qualquer distinção real, verificável. 

Uma eztetyka assim grafada, assim arquitetada, leva-nos a abraçar o mundo como um denso conjunto de relações; a articular os diversos ecossistemas, em estreita conexão para manter o planeta vivo. No momento em que nossa própria existência se encontra ameaçada por diversas mudanças, temos a oportunidade de ativar essa eztetyka e fazer valer as forças de ruptura, junção e mutação, que possibilita a continuidade da vida na Terra. 

João Castilho e Pedro David.

Foto em Pauta  [Eztetyka da Terra] – Tiradentes, MG.

Artistas: 

Cuia Guimarães (MG)

Daniela Balestrin (SC)

Gustavo Moura (PB)

Isadora Romero (EQUADOR)

Janelle Lynch (EUA)

Luciana Alt e Vítor Moura (MG)

Luciano Candisani (SP)

Marc Ferrez (RJ) 

Marcela Magno (ARGENTINA)

Pedro Motta (MG)

Peter Fischli & David Weiss (SUÍÇA)

Foto em Pauta  [Eztetyka da Terra] – Tiradentes, MG.

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