INGRESSO

INTEIRA R$ 30

MEIA R$ 15

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

O racismo, enquanto um fenômeno que atravessa esferas políticas, sociais, econômicas, culturais e históricas, funciona de maneira contínua na violação de direitos e na perpetuação de violências contra grupos humanos marginalizados. Esses grupos são frequentemente afastados do acesso a direitos, posições de poder e oportunidades, ficando mais vulneráveis às exclusões, discriminações e preconceitos. O racismo, ao construir e reforçar barreiras para as comunidades marginalizadas racialmente, garante a manutenção de privilégios e vantagens para o grupo racial dominante. Essa realidade, profundamente marcada por séculos de escravidão, deixou uma cicatriz colonial que, ainda hoje, impede e dificulta o acesso de negros, indígenas e outros grupos sociais subalternizados a direitos e oportunidades.
Diante dessa complexidade das dinâmicas étnico-raciais, torna-se imperativo reconhecer e enfrentar os múltiplos efeitos do racismo no contexto brasileiro, como passo essencial na construção de uma sociedade mais justa, livre e solidária. A música, como uma poderosa forma de expressão cultural, desempenha um papel crucial nesse processo, pois tem o poder de provocar reflexões profundas e criar diálogos sobre temas relevantes para a sociedade.
Propor concertos com temáticas antirracistas é, portanto, uma ação de grande relevância. A música, ao ser um veículo de expressão artística e de identidade cultural, pode ser utilizada como uma ferramenta poderosa na sensibilização da sociedade para as questões raciais e na promoção da igualdade e justiça social. Esses concertos não apenas celebram a cultura e as contribuições dos grupos historicamente marginalizados, mas também desafiam as estruturas racistas ao questionar narrativas tradicionais e promover o reconhecimento da dignidade e do valor de todas as pessoas.
Nos dias 5 e 6 de novembro, apresentaremos a ópera Porgy and Bess, de George Gershwin, que, embora seja uma obra icônica da cultura americana, carrega em sua temática aspectos complexos e controversos relacionados ao racismo. A obra, ao retratar a vida de uma comunidade afro-americana, aborda questões como a pobreza, a marginalização e a luta pela dignidade em um contexto de segregação racial. Este concerto será regido pelo maestro Hernán Sánchez Arteaga, contará com a participação de dois cantores negros como solistas, Andreia de Paula (soprano) e Davi Marcondes (barítono), o Coral Lírico de Minas Gerais e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Programa
O concerto começará com a vibrante obra “Maracatu de Chico Rei”, de Francisco Mignone, uma composição que celebra a riqueza da cultura afro-brasileira. Maracatu Chico Rei é uma peça que exemplifica a genialidade de Francisco Mignone na integração de elementos populares e eruditos. Através dessa composição, Mignone não apenas homenageia a rica tradição do maracatu, mas também contribui para a construção de uma identidade musical que celebra a diversidade e a riqueza cultural do Brasil. Essa obra continua a ser um marco importante na música clássica brasileira, inspirando músicos e ouvintes até os dias de hoje.

Em seguida, o concerto apresentará a adaptação “Porgy and Bess: A Concert of Songs”, de George Gershwin, uma das mais icônicas da música americana. Esta obra-prima combina elementos de jazz, blues e música clássica para contar a história comovente da comunidade afro-americana na fictícia Catfish Row. A seleção de canções, que inclui clássicos como “Summertime” e “It Ain’t Necessarily So”, será interpretada pelos solistas Andréia de Paula e Davi Marcondes, proporcionando uma experiência musical inesquecível.

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