INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Uma das manifestações artísticas mais antigas da história, os retratos são a fonte de inspiração para a exposição “Sou aquilo que se vê”. Com obras produzidas em desenho, pintura e fotografia, a mostra reúne retratos de autoria de diversos artistas que decidiram doar algumas de suas obras para o Acervo de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, em um movimento colaborativo de extrema importância para a memória expositiva de Minas Gerais.
O público tem acesso a diferentes faces e vivências presentes nos trabalhos de nomes como Ártemis, Cyro Almeida, Daniel Moreira, Gustavo Lacerda, Humberto Guimarães, Genesco Murta, Sérgio Nunes, Tiago Aguiar e Pedro Neves.
O recorte curatorial dos retratos teve início no ano 2021, na PQNA Galeria Pedro Moraleida, no Palácio das Artes. Ao longo do tempo, a curadoria foi se tornando mais robusta com as novas doações que integraram o Acervo da FCS. Em 2023, “Sou aquilo que se vê” participou da 12° edição do Festival de Fotografia de Tiradentes em uma ação inédita junto ao Foto em Pauta, retomando o processo de circulação do acervo da instituição para o interior. Em sua última montagem, a exposição ocupou a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, em sua versão mais completa, no início do ano de 2024.
Para a montagem em Nova Lima, trazemos uma obra inédita do artista Pedro Neves. Os rostos, em diferentes suportes, cores e figurações, têm o objetivo de instigar a reflexão acerca do processo de construção artística do retrato: o que se vê na representação do outro? Reunidas, obras que atravessaram o século 20 entram em sintonia com a arte produzida pela nova geração, e se encontram na capacidade não só de serem observadas, mas de nos observarem de volta.
Temáticas discutidas na exposição: Retrato, individualidade, identidade, cultura, raça, construção social.

Texto Curatorial
“Um rosto cuja palavra é um silêncio inexpressivo, todos os retratos de pessoas são um retrato de Mona Lisa.” (LISPECTOR, 1920/1977)
Captura. Tirar para si. Olhar, guardar, roubar, emoldurar. Fazer a efígie de uma pessoa. Por tradição, o retrato é uma cópia. Existe um enquadramento único no retrato, um plano figurativo, ideia de rosto, composição e volumetria. A fotografia, prima de primeiro grau, pegou de muito perto grande parte dessas configurações estéticas. Mas sem engano, retrato e fotografia não são sinônimos.
Ao reunir os rostos, em diferentes suportes e técnicas, pensamos na regra do terço, da origem da pintura e o que o retrato tem a ver com o poder.
Sair do ponto do que é entregue de um rosto até a abstração, o “Sou aquilo que se vê” nos coloca como protagonistas de uma própria percepção visual, que parte mais de nós mesmos do que de fato está estampado em um rosto. Mesmo através do espelho, somos moldados pela imagem que projetamos no mundo e pela imagem que o mundo reflete de volta para nós.
Ao navegar entre vários meios, o retrato se beneficia da riqueza de possibilidades artísticas, abre espaço para a exploração criativa de cada um. A dualidade entre o realismo da fotografia e a expressividade da pintura, por exemplo, apresenta para quem se propõe a olhar um terreno fértil para a evolução contínua da linguagem visual no contexto dos retratos.

Curadoria: Renata Fonseca e Uiara Azevedo

Os artistas: Genesco Murta, Humberto Guimarães, Daniel Moreira, Ártemis Garrido, Cyro Almeida, Gustavo Lacerda, Tiago Aguiar, Pedro Neves.

Ártemis Graduada em artes plásticas com habilitação em pintura na Escola Guignard (UEMG/2020) e especializanda em Saúde do Adolescente na Faculdade de Medicina (UFMG/2020). Atua como arte-educadora no Programa de Fortalecimento de Vínculos Projovem Adolescente. É redutora de danos e psicanalista por livre formação. Trabalha com pintura, fotografia, vídeo, colagem, performance e desenho. Tem experiência nas áreas Arte-educação com crianças e adolescentes, Saúde Mental Álcool e Drogas, Redução de Danos e como professora de arte.
Fonte: Ártemis Garrido Dias | Escavador
Perfil instagram: https://www.instagram.com/eaiartemis/

Cyro Almeida Araxá-MG, 1984. É artista, produtor cultural e mestre em comunicação social. Interessa-se pela vida urbana e as dinâmicas com o outro na construção da imagem. Por sua pesquisa sobre o território nas periferias de Belém do Pará foi contemplado com o XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (2015). Na mostra individual mais recente, Deslimites da memória (Museu Mineiro, 2020), dedicou-se, em coautoria com Mestre Júlio Santos, à figuração de jovens e adolescentes da atualidade, utilizando a tradicional técnica da fotopintura. Sua trajetória criativa é marcada pela convivência na ocupação Dandara, em Belo Horizonte, o que levou à publicação do livro Os dentros (2022) e à exposição Dandara (Palácio das Artes, 2014). Vive em Belo Horizonte.
Fonte: https://www.cyroalmeida.com/biografia/
Instagram: https://www.instagram.com/cyro.almeida/

Gustavo Lacerda “Caçula e quarto filho de uma mineira e um pernambucano, nasci em Belo Horizonte, em 1970. Na infância espiava meu pai, um cirurgião que amava música, assobiando e simulando com as mãos os movimentos da batuta do maestro… acho que essas são as primeiras imagens ligadas à arte, das quais me recordo. Minha mãe, embora sensível, tinha os pés no chão. Ficou viúva jovem, mas persistente, sempre deu conta dos trancos da vida. Na adolescência me interessava por psiquiatria, amava livros e vivia no cinema. Mais tarde veio a faculdade de Jornalismo e, daí, a fotografia. As primeiras fotos, nos anos 90, foram no jornalismo, mas logo migrei para a fotografia de publicidade. Em 2000, tomei a decisão que mudaria meus rumos; voltei a ser assistente e passei a viver em São Paulo. Fiz bons amigos, tive vários mestres e, também, resiliência. Digo que São Paulo foi uma cidade generosa comigo, o horizonte expandiu. Atualmente atuo em projetos comissionados, tanto em publicidade quanto em editoriais e ensaios documentais no jornalismo. Sigo, a todo tempo, refletindo também sobre questões que me inquietam e, através de séries fotográficas, busco me expressar sobre elas. Parte dessas séries já foram apresentadas em bienais, festivais e feiras de arte contemporânea e algumas delas integram acervos de museus, galerias e coleções no Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Alemanha, Itália e Colômbia.”
Fonte: https://www.gustavolacerda.com.br/bio
Perfil instagram: https://www.instagram.com/gulacerda/

Humberto Guimarães – Sabará, 1947. É um artista plástico brasileiro, graduado pela Escola Guignard em Belo Horizonte, onde atualmente é professor de Desenho. Humberto foi ilustrador de diversos livros infantis, dentre os quais, dois escritos por Paulinho Pedra Azul. Possui também diversas obras no acervo da Fundação Clóvis Salgado em Belo Horizonte. Fonte: https://amgaleria.com.br/artista/humberto-guimaraes/
Genesco Murta – (Minas Novas, Minas Gerais, 1885 – Belo Horizonte, Minas Gerais, 1967). Pintor, desenhista, caricaturista, professor. Muda-se para Belo Horizonte em 1910, e destaca-se como pintor e caricaturista. Em 1912, viaja para a Europa com pensão concedida pelo Governo de Minas Gerais. Em Paris, freqüenta a Académie de la Grande Chaumiére e a Académie Colarossi, na qual estuda com Mauricet, com Reynold, com Charles Guérin e com Bernard Naudin. De volta para o Brasil em 1915, cria, em Belo Horizonte, uma escola noturna de desenho, escultura e gravura, junto com o gravador Luís de Soto. Viaja de novo para a Europa em 1922, patrocinado pelo Governo de Minas Gerais. Visita vários países e fixa-se em Munique, Alemanha, onde faz estágio na Academia Hoffman. Retorna para o Brasil em 1924, realiza uma série de viagens por cidades mineiras, produz murais, pinta paisagens e retratos.
Fonte: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10427/genesco-murta#:~:text=Genesco%20Lages%20Murta%20(Minas%20Novas,%2C%20Minas%20Gerais%2C%201967).

Tiago Aguiar – nasceu em Serro (MG) e passa o ano entre estúdio fotográfico em BH e a construção civil nos EUA. Pesquisa a ação performática ritual como processo de gerar afetos em si e nos outros, usando o trabalho laboral como linguagem e estruturação. É Bacharel Artes Plásticas pela Escola Guignard Belo Horizonte (MG), com especialização em fotografia no Hallmark Institute of Photography, Turner Falls (MA, EUA). É presidente da ONG Movimento Áurea, que realiza ações de arte e cultura na cidade de Serro. Pesquisou a Festa do Rosário do Serro entre 2010 e 2020, tendo coordenado o projeto Retrato Cultura e Identidade com verba do Fundo Estadual de Cultura do Estado de Minas Gerais. Rescentemente participou da residência IA Ouro preto 2022, que resultou na Exposição coletiva O Corpo Invisível Da Memória (2023) na Semana de Arte de Ouro Preto com a ação Ritual Promessa Pras Alma 2022.

Daniel Moreira – Nasceu em Belo Horizonte em 1978. Graduado em Comunicação, vem realizando trabalhos que transitam entre a fotografia documental e as artes visuais. Realizou diversas exposições individuais: Centro de Fotografía de Montevideo – Uruguai; Palácio das Artes – Belo Horizonte; Centro Cultural Fiesp – São Paulo; Centro de Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado – Belo Horizonte, além de participar de diversas coletivas como “Terra em Transe” – Dragão Do Mar – Fortaleza; “Narrativas Polifônicas” – Palacete das Artes – Salvador e “Fique Atento aos Sinais” – Museu da Fotografia Fortaleza – Fortaleza. ​Ganhou importantes prêmios de fotografia. Dentre eles destacam-se: Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger; XIV Prêmio Nacional Funarte Marc Ferrez de Fotografia; Prêmio Projetos de Exposições Culturais do Tribunal de Contas da União, (TCU) / Galeria Marcântonio Vilaça. ​Possui obras em acervos públicos e particulares como Museu Da Fotografia Fortaleza, Centro Cultural Dos Correios – Rio de Janeiro, Fundação Clóvis Salgado – Belo Horizonte e Museu de Arte Moderna do Rio De Janeiro / Coleção Joaquim Paiva.

Pedro Neves – Artista Visual, Performer e Fotógrafo. Natural de Imperatriz – Maranhão, viveu boa parte da vida em Minas Gerais. Autodidata, o artista vem consolidando um corpo de pinturas em diferentes dimensões e suportes, onde desenvolve suas obras partindo do conceito de mestiçagem cultural, atendo-se ao ponto de encontro de diferentes culturas: as expressões da natureza e a complexidade dos sentimentos humanos. Pedro acredita que o seu processo artístico está diretamente vinculado a sua construção identitária e que ambos estão em constante transformação. É Pessoa de tradição, praticante de Capoeira Angola em Minas Gerais. Investiga e transpõe as relações imagéticas das Corporeidades Negras em suas obras, interpretando as Identidades Brasileiras em contraponto com os resquícios e dívidas sociais oriundas do processo de Colonização. Em seus trabalhos, se destacam as referências das Cosmopercepções Bantu, que constituem o contexto das tradições no qual o artista está inserido e praticante.

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