Aliç n’país d’jogo d’bich | Espetáculo de Formatura da Escola de Teatro do Cefart

11/11/21 - 14/11/21

Canal do Youtube da FCS

 

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), estreia o espetáculo Aliç n’país d’jogo d’bich, que marca a formatura do Curso Técnico de Teatro.

 

A obra é uma adaptação do clássico “Alice no País das Maravilhas”, criada originalmente pelo inglês Lewis Carroll, que se passa no hipercentro de Belo Horizonte.

 

Sob a direção de Thálita Motta e Thales Brener Ventura, e dramaturgia de Idylla Silmarovi, o espetáculo tem classificação indicativa de 16 anos e poderá ser visto gratuitamente no período de 11 a 13 de novembro, às 20h, e 14 de novembro, às 19h, pelo Canal da FCS no Youtube.

 

Créditos: Paulo Lacerda

Com um título explicitamente inspirado na sonoridade do sotaque mineiro, Aliç n’país d’jogo d’bich leva protagonismo ao baixo-centro belo-horizontino e entrelaça o enredo com diversos jogos populares. A partir da pergunta “Jogamos: a que será que se destina?” e baseando-se no conceito de teatro enquanto jogo, o espetáculo investiga jogos que compõem o imaginário brasileiro, como o truco, o buraco, o futebol e, sobretudo, o “Jogo do Bicho”.

 

Considerado ilegal, mas fortemente presente nas tradições periféricas do Brasil, o “Jogo do Bicho” é visto por muitos como um jogo de azar, no qual a vitória do apostador geralmente está vinculada ao sonho com algum animal, entre eles, o coelho, um dos principais personagens da história original de “Alice no País das Maravilhas”.

 

Formato Experimental

 

O espetáculo utiliza-se de um formato experimental, que transita entre o audiovisual e o teatro. “Optamos por uma linguagem mais cinematográfica, mas com um processo todo teatral, tanto na preparação dos atores quanto na configuração do texto. No final, transmutamos esse texto dramatúrgico para um roteiro cinematográfico e a câmera foi adaptando-se a nossa linguagem. Assim, a Alice é a própria câmera”, explica a diretora Thálita Motta.

 

A partir de uma narrativa informal, a obra conta com gravações em tradicionais locais de Belo Horizonte, como o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, além de espaços vivos da memória do centro da capital mineira que dialogam com o ambiente suburbano.

 

Créditos: Paulo Lacerda

Desta forma, o Viaduto Santa Tereza, a Praça da Estação, a Praça Sete e a Rodoviária se transformam em elementos essenciais da narrativa. “O espetáculo possui um tom muito suburbano. A chegada da Alice é através do metrô central de Belo Horizonte, com uma perspectiva de quem vem da periferia”, conta o diretor Thales Brener Ventura.

 

Para o aluno e ator Álisson Valentim, o processo de atuar na rua é uma experiência marcada pela naturalidade e muitas vezes pela imprevisibilidade, ainda que se busque certo controle.

 

“Tudo pode acontecer durante a gravação. A rua é viva e é o local do inesperado. Por exemplo, um pedestre pode entrar em cena, um cachorro pode aparecer, carros podem passar ou algum barulho pode sobressair-se. O jogo com a rua e a câmera, ao mesmo tempo, deixa tudo mais orgânico. A experiência de gravar cenas em locações pelo hipercentro de BH oferece outra camada para a atuação”, pontua.

 

Ação pedagógica habitual nos processos de criação dos espetáculos de formatura do Cefart, mais uma vez, os atores participaram também do processo de criação do texto, assinando o roteiro do espetáculo, juntamente com a roteirista Idylla Silmarovi. “Foi um processo coletivo, no qual os alunos são atores-criadores da obra, característica comum do teatro contemporâneo”, observa Thálita.

 

 

Sinopse:

Onça-pintada, mico-leão-dourado, lobo-guará! Aliç maravilha perdida n’país d’jogo d’bich na cidade do foto-na-hora-foto bem no centro dos fundos do fim do mundo.

Truco!

Aliç não sabe quando o jogo vira guerra, se é bich ou gnt. Aliç segue um maluco de quebrada sem saber onde td vai dar. Aliç ni rua e nu teatro é câmera. N’país do jogo quem construiu a raç? Cê é bich ou gent?

 

 

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o espetáculo Aliç n’país d’jogo d’bich. A peça tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio máster da Cemig, AngloGold Ashanti e Unimed-BH / Instituto Unimed-BH¹, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, e patrocínio ouro da Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais.

 

O patrocínio da Unimed-BH / Instituto Unimed-BH é viabilizado pelo incentivo de mais de cinco mil médicos cooperados e colaboradores.

 

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

CONFIRA O RELEASE NA ÍNTEGRA

Informações

Local

Canal do Youtube da FCS

Classificação

16 anos

Informações para o público

(31) 3236-7400