"De Corpo e Alma” | Cine Humberto Mauro e Cia. de Dança Palácio das Artes

10/08/22 - 17/08/22

Cine Humberto Mauro - Av. Afonso Pena, 1537 - Centro, Belo Horizonte

Billy Elliot (2000)

 

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro e da Cia. de Dança Palácio das Artes, apresenta a mostra “De Corpo e Alma”, que exibe gratuitamente sete filmes cujo elemento principal é a dança. As sessões acontecem na próxima semana, de 10 a 17 de agosto, no Cine Humberto Mauro, e integram a celebração dos 50 anos da companhia, completados em 2022. Além dos longas-metragens, serão exibidos vídeos de performances realizadas pela Cia. Dança Palácio das Artes durante a pandemia. O primeiro dia da mostra traz ainda um debate com Cristiano Reis, diretor do grupo, e os bailarinos Anahí Poty, Maíra Campos e Ivan Sodré. Na conversa, que ocorre às 19h30, serão abordados os processos de criação e o dia-a-dia da Cia.

 

CONFIRA A SINOPSE DOS FILMES E A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA MOSTRA

 

O recorte de filmes selecionados na curadoria da mostra “De Corpo e Alma” é focado em narrativas nas quais as personagens desejam ser profissionais da dança ou já têm uma trajetória de sucesso na profissão. Do musical ao horror, passeando por produções europeias e estadunidenses, a mostra traz tanto longas-metragens clássicos dos anos 1940 e 50 quanto filmes de dança muito populares da década de 80, passando ainda pela reimaginação recente de uma cultuada obra italiana de terror dos anos 70.

 

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra de cinema De Corpo e Alma, que tem patrocínio master da CemigArcellorMittalAngloGold Ashanti e Usiminas por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini. A correalização é da APPA – Arte e Cultura.

 

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

Sapatinhos Vermelhos (1948)

Movimentos dos corpos e das imagens – Dos sete filmes que compõem a curadoria, três deles destacam o universo do balé clássico: De Corpo e Alma (2003), que dá nome à mostra, Billy Elliot (2000) e Sapatinhos Vermelhos (1948). No caso do último, trata-se de um clássico inglês que é aclamado tanto por sua fotografia exuberante em Technicolor quanto pelo longo e complexo número de dança principal, que faz uso de recursos cinematográficos (planos fechados e efeitos especiais, por exemplo) de modo a se destacar da teatralidade do balé e potencializar a sequência de dança. É ainda uma das mais bem-sucedidas parcerias da reconhecida dupla de diretores britânicos Michael Powell e Emeric Pressburger.

 

Já o marco oitentista Flashdance – Em Ritmo de Embalo (1983) tem elementos de dança moderna e de jazz, além de dança contemporânea. A Roda Fortuna (1953), por sua vez, apresenta aquele que é considerado o rei do sapateado Fred Astaire contracenando com sua igualmente celebrada parceira Cyd Charisse. O astro do pop Michael Jackson era um grande fã do filme dirigido pelo cineasta Vincent Minelli, e o musical da Metro-Goldwyn-Mayer, tido como um dos maiores de todos os tempos, foi inclusive a inspiração confessa do cantor e dançarino em alguns de seus clipes.

 

Suspíria: A Dança do Medo (2018)

 

Filme mais recente da lista, o remake Suspíria: A Dança do Medo (2018) apresenta a dança contemporânea em um universo do terror. O filme, que aposta no horror corporal, é uma releitura do longa homônimo lançado pelo cineasta italiano Dario Argento em 1977 e, como o original, se passa em uma prestigiada escola alemã de dança que esconde diversos segredos obscuros. Das terras germânicas para um centro urbano americano, a obra Na Onda do Break (1984) é um dos primeiros filmes a apresentar a cultura do hip hop na cidade de Nova Iorque.

 

Produções audiovisuais da Cia. de Dança Palácio das Artes – Além dos filmes, uma outra chave da programação são os vídeos de performances da Cia. de Dança realizados entre 2020 e 2021, sendo este último ano o marco de cinco décadas de existência do corpo artístico. São, no total, 13 vídeos curtos (entre 2 e 9 minutos) que contêm coreografias concebidas e realizadas pelos bailarinos da Companhia e serão exibidos antes de cada longa-metragem, em uma conversa entre artes. Em comum com os filmes, os registros trazem o olhar sobre a vida e o corpo que são atravessados por questões contemporâneas da existência, explicitando como essa conjunção é transmutada em arte e privilegiando a forma de criação que dialoga com o contemporâneo, própria da Cia. de Dança Palácio das Artes.

 

Entre os vídeos está, por exemplo, Abraço, primeiro a ser publicado pela Companhia em meio ao distanciamento – ainda em abril de 2020 – e que abre a mostra “De Corpo e Alma”. A performance levanta questões sobre como definir o significado de um abraço, como viver sem essa interação no período de isolamento social e se é possível sentir, mesmo que à distância, a sensação e o conforto que um abraço forte pode causar, trazendo respostas corporais afirmativas para essas inquietações pandêmicas. Pensado a partir da importância vital que a energia de um abraço transmite, o registro traz 20 bailarinos da Cia. de Dança interpretando os diversos sentimentos que o ato pode causar nas pessoas. Ao lado de Abraço, os vídeos A Saudade e Presente formam a Trilogia do Afeto, lançada nos primeiros meses da pandemia e que traz ausências, sentimentos e posicionamentos próprios do período de confinamento.

 

Além destes, a programação conta ainda com vídeos feitos para o projeto Palácio em sua Companhia, trabalhos inspirados em espetáculos importantes dentro do repertório do corpo artístico (como lalangue: carta à mãe e PRIMEIRAPESSOADOPLURAL) e performances comemorativas do Dia Internacional da Dança, Dia das Crianças e do próprio cinquentenário da Cia. de Dança Palácio das Artes.

 

Cia de Dança Palácio das Artes – A Cia. de Dança Palácio das Artes é reconhecida nacionalmente, sendo referência para a história da dança em Minas Gerais. Foi institucionalizada pela Fundação Clóvis Salgado, por meio da fusão dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite. Atualmente, desenvolve repertórios de dança contemporânea e atua também nas óperas da FCS. Tendo a cocriação e a transdisciplinaridade como pilares, a Cia. de Dança desenvolve pesquisas quanto à diversidade do intérprete na cena artística contemporânea, estabelecendo frutífero diálogo entre tradição e inovação. Seu atual diretor é Cristiano Reis. Em sua trajetória, já se apresentou em várias cidades de Minas Gerais, capitais do Brasil e países como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal.

 

Cristiano Reis – Diretor artístico da Cia. de Dança Palácio das Artes. Mestre em Artes Cênicas pela UFMG. Gestor Cultural pela Fundação Clóvis Salgado. Coreógrafo. Professor de Dança Contemporânea.

 

Anahí Poty – Atua como bailarina intérprete criadora na Cia de Dança Palácio das Artes (2018 – 2022). É graduada no curso de licenciatura em Artes Plásticas com habilitação em cerâmica, pela Escola Guignard – UEMG (2022). Tem formação em dança contemporânea pela Escola do Teatro Bolshoi (2014). Sua pesquisa artística percorre entre as linguagens híbridas da dança, performance, fotografia, vídeo, cerâmica e música. Participou das exposições Mostra Perplexa (2017, 2019) e XIX Mostra Interna Escola Guignard (2019). Integrou os grupos Residência Artística – CEFART (2016-2017), Ballet Jovem Minas Gerais (2017) e Grupo Hybris (2016).

 

Ivan Sodré – Integrou a Cia de Balé da Cidade de Niterói (Niterói-Rj) de 1995 a 1998. Em 1999 ingressa na Cia de Dança Palácio das Artes, onde permanece até hoje. Graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (Niterói/Rj). Mestrado em Comunicação Social, Semiótica (PUC – Minas). Parecerista da COPEFIC (Colegiado dos Pareceristas da Secretaria Estadual de Cultura de MG).

 

Maíra Campos – Bailarina e graduada em Cinema e Audiovisual. Integrou algumas companhias brasileiras, entre elas Cia. Sesc de Dança e Cia. Borelli. Atualmente faz parte da Cia. de Dança Palácio das Artes. No cinema atua como diretora, roteirista e uma das criadoras da produtora “Filme com Fome”. Possui 4 produções de curta-metragem que tem rodados alguns importantes festivais pelo país. Seu último filme “Fronteira” é um filme-dança em que as duas linguagens artísticas a que se dedica se encontram.

Informações

Local

Cine Humberto Mauro - Av. Afonso Pena, 1537 - Centro, Belo Horizonte

Informações para o público

(31) 3236-7400