Debate On-line: Ópera, Cinema e Cultura Popular | História Permanente do Cinema Especial

08/10/21

Plataforma cinehumbertomauroMais e Canal da FCS no YouTube

 

A Fundação Clóvis Salgado e o Instituto Unimed BH apresentam uma edição especial da tradicional série de debates História Permanente do Cinema. Nesta sexta-feira (8), às 19h, a mesa-redonda inaugura a série de debates que compõem a Mostra Cinema e Ópera. Com o tema Ópera, Cinema e cultura popular, o debate contará com a participação da professora titular da UFRJ do Curso de Direção Teatral e Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena, Carmen Gadelha, da pianista e produtora cultural à frente da Vlaanderen Produções Culturais e membra do Advisory Board da Ópera Co-Pro, Flávia Furtado, e da Doutora em Ópera Barroca, vencedora do Prêmio Flaiano (2018) e diretora e apresentadora do podcast do Theatro Municipal de São Paulo, Ligiana Costa. O debate terá mediação da diretora cênica e curadora da mostra Julianna Santos e será transmitido de forma gratuita pelo Canal da FCS no YouTube e pela plataforma CHM+ através de link disponibilizado na aba “ao vivo”.

Segundo Julianna Santos, curadora da mostra, a ópera sempre foi uma forma de arte muito inspiradora como fonte temática de memoráveis momentos. “Frequentemente, o primeiro contato de uma pessoa com a ópera se dá através de um filme, da televisão, do desenho animado, e mais recentemente, pelo vídeo game”, ressalta a curadora, que ainda destaca que, por questões diversas, a ópera é confrontada em alguns momentos de sua história com alegações de ser um gênero elitista. “Para este debate, trazemos convidados para falar da história da cultura popular e sua relação com a ópera, bem como a ópera, enquanto arte viva, busca como todas as outras artes uma conexão com o seu tempo”, conta.

Na mostra, alguns filmes em cartaz ilustram esta relação, seja através de sua exemplificação na trajetória de um compositor específico, como é o caso da série televisiva A Vida de Verdi, seja ao trazer registros de óperas apresentadas no Brasil em espaços não convencionais, como a montagem de Sonho de Uma Noite de Verão, apresentada no Parque Lage (RJ). Também serão nortes para o debate os filmes que contam com a presença da ópera em suas narrativas –  nos quais ela é utilizada com o objetivo de ressaltar determinado momento ou mesmo como forma de ajudar a contar uma história a partir do entrecruzamento de temas entre a ópera e o próprio filme – como é o caso dos selecionados Closer – Perto Demais (Cosi Fan Tutte), Os Intocáveis (Pagliacci) e Atração Fatal (Madame Buttlerfly).

 

Convidados:

Carmem Gadelha – Professora Titular da UFRJ (Curso de Direção Teatral e Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena). É autora de “História do Teatro Brasileiro – de Anchieta a Nelson Rodrigues” (FUNARTE/UFRJ, 1996) e de “Corpo, espaço, tempo – investigações sobre poética do teatro” (Aretê, Rio, 2013). Atualmente, estuda o trágico na cena contemporânea.

 

 

 

 

Flávia Furtado – Pianista de formação, estudou no Brasil com Linda Bustani e na Bélgica com Heidi Hendricks. Mais tarde, formou-se em Comércio Exterior e, desde então, vem gerindo e desenvolvendo trabalhos com a economia da cultura em diversos âmbitos, junto a Ópera Latinoamérica e ao Festival Amazonas de Ópera. Em 2006, cria a Vlaanderen Produções Culturais, empresa especializada em grandes eventos de música clássica com mais de 70 produções no currículo, entre óperas, teatro, concertos e festivais, trabalhando com algumas das instituições mais importantes do país, como Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Theatro Municipal de São Paulo, Theatro São Pedro, Teatro Amazonas, Centro Cultural Banco do Brasil, Fundação Clóvis Salgado, Universidade Federal do Paraná, Palácio das Artes e Theatro da Paz. Em 2020 foi uma das 10 finalistas ao prêmio Classical Next – Innovation Award na Holanda, pelo seu trabalho em divulgar todos os aspectos econômicos e sociais da indústria da ópera no Brasil. É fundadora e uma das Diretoras do Fórum Brasileiro de Ópera, Dança & Música de Concerto. Em 2021 assume a cadeira de Novos Mercados dentro do Advisory Board da Opera Co-Pro, organização internacional sediada em Londres.

 

Ligiana Costa –  Mestre em filologia musical de textos da renascença e idade média pela Faculdade de Musicologia de Cremona (Itália), doutora em ópera barroca pelas Universidades de Tours (França) e Milão (Itália). Concluiu em 2016 pós doutorado pela USP (Brasil). Foi vencedora do Prêmio Flaiano de 2018 na Itália com a publicação do livro O Corego pela Edusp. Atualmente dirige e apresenta o podcast do Theatro Municipal de São Paulo.

 

Os debates da série História Permanente do Cinema Especial integram a mostra Cinema e Ópera, que faz parte da Temporada de Ópera on-line 2021 da Fundação Clóvis Salgado, realizada pelo Governo de Minas Gerais / Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, pela Fundação Clóvis Salgado, e correalizada pela Appa – Arte e Cultura. Têm como apresentadora do Programa a  Unimed-BH / Instituto Unimed-BH¹, e como patrocinadores a Cemig e a AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e patrocínio ouro da Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais.

¹ O patrocínio da Unimed-BH / Instituto Unimed-BH é viabilizado pelo incentivo de mais de cinco mil médicos cooperados e colaboradores.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

Mostra CINEMA E ÓPERA – O encontro entre a Temporada de Ópera 2021 e a sétima arte toma uma nova forma com a mostra inédita Cinema e Ópera, apresentada pela Fundação Clóvis Salgado e pelo. Em sua nova versão, a Mostra reúne uma seleção especial de longas e curtas-metragens, documentários e uma minissérie, de obras contemporâneas e antigas que emocionam de forma profunda e humana. Com curadoria da diretora cênica especializada em óperas, Julianna Santos, e do pesquisador assistente Victor Abdala, a mostra acontece de 5 a 25 de outubro de 2021. As sessões serão gratuitas e em formato híbrido, sendo realizadas no Cine Humberto Mauro (CHM) e on-line pela plataforma exclusiva CineHumbertoMauroMais. Além da exibição dos filmes, a programação inclui quatro mesas de debate on-line: “Ópera, Cinema e cultura popular” (8/10), “Diversidade, reconhecimento – Os trabalhadores e o público da ópera” (13/10), “Ópera: Arte Viva! Arte integrada!” (16/10) e “Ópera na pandemia e contemporaneidade” (17/10).

Segundo Julianna Santos, a curadoria de Cinema e Ópera buscou traçar um caminho em que o público possa entender a ópera, ao longo de sua história, como um elemento presente no cotidiano, e identificar as similaridades das narrativas com a singularidade de suas vivências. A curadoria, diversificada e inédita, foge da dualidade entre o erudito e popular, abordando a história da ópera de forma dinâmica – os desafios das interpretações de uma realidade social, histórica e cultural por meio da arte, a representatividade no mercado operístico, a reinvenção da ópera nos tempos de pandemia, dentre outras abordagens.

 

Temporada de Ópera 2021 – Além da Mostra Cinema e Ópera, integra também a programação da Temporada de Ópera 2021, a Academia de Ópera, que está em curso durante o segundo semestre deste ano com o “Ateliê de Criação: Dramaturgia e Processos Criativos”. Com curadoria do maestro Gabriel Rhein-Schirato e da encenadora de ópera Lívia Sabag, essa atividade consiste em uma formação gratuita e inédita sobre dramaturgia voltada para ópera, composta por aulas, debates, entrevistas e a montagem de um espetáculo inédito, baseado em obra de um importante escritor mineiro. A Academia de Ópera contará com a participação de artistas e pesquisadores renomados, brasileiros e estrangeiros, como o poeta, letrista, dramaturgo, roteirista e integrante da Academia Brasileira de Letras, Geraldo Carneiro, o maestro e diretor artístico belga, Bernard Foccroulle, o dramaturgista alemão Johannes Blum, a pesquisadora do Centro de Estudo de Sociologia e Estética Musical – CESEM, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, Jelena Novak, o encenador brasileiro Allex Aguilera, o compositor, administrador de empresas e diretor artístico Paulo Zuben, o musicólogo, filósofo e coordenador do Grupo de Teoria e Crítica Musical do CESEM, João Pedro Cachopo, entre outros.

Para Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado, a Temporada de Ópera 2021 tem impactos e diálogos com todo o Brasil com o objetivo de difundir a ópera como linguagem acessível a todos. “A programação dessa Temporada de Ópera, de certa forma, é a continuação da edição passada, na qual promovemos reflexões profundas sobre o fazer operístico. Estamos reverberando e ampliando os impactos causados pelas discussões transversais entre as linguagens, sobre a presença das mulheres em espaços de decisão, bem como a convergência de diversas expressões artísticas em uma mesma obra. Estamos vivendo um momento muito rico, em uma ação inédita no Brasil, que é provocar novos saberes e fazeres no campo operístico. O resultado final do Ateliê de Criação, será o coroamento de todo esse esforço que vai unir artistas de campos distintos em uma unidade narrativa que será um espetáculo encenado. Da mesma forma, provocaremos discussões também em plataformas digitais, por meio de 5 episódios de podcasts e também na Mostra de Cinema e Ópera”, revela.

 

TEMPORADA DE ÓPERA ON-LINE – Em 2020, a tradição dos encontros com a arte operística na FCS tomou diferente forma, inaugurando um novo modo de fazer, difundir e refletir sobre a ópera no Brasil e na América Latina. Com abrangência nacional e internacional, a programação, prioritariamente digital, impactou diretamente 110 mil pessoas por meio de palestras, aulas, mostra de cinema, exposição de artes gráficas e apresentação artística. O projeto disponibilizou 60 atividades gratuitas para o público, com participação de 218 dos principais nomes do Brasil e de alguns profissionais de destaque internacional, resultando em 178 horas de programação. As oficinas e os cursos da Academia de Ópera ofertaram 637 vagas. O Recital da soprano ELIANE COELHO e do pianista GUSTAVO CARVALHO, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com transmissão pela internet, encerrou a Temporada de Ópera On-line 2020. Devido à originalidade e ao ineditismo do projeto, a Temporada de Ópera On-line 2020 concorreu ao prêmio CONCERTO, na categoria “Reinvenção na Pandemia”, promovido pela conceituada Revista Concerto.

 

INSTITUTO UNIMED-BH – Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando a formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, ampliar o acesso à cultura, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$140 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo patrocínio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores. No último ano, mais de 7 mil postos de trabalho foram gerados e 3,9 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Neste ano, todas as iniciativas do Instituto celebram os 50 anos da Unimed-BH. Clique aqui e conheça mais sobre os resultados do Instituto Unimed-BH. Parceiro da Fundação Clóvis Salgado desde 2000, contribui para a manutenção dos corpos artísticos (Cia. de Dança do Palácio das Artes, Coral Lírico e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais) por meio do patrocínio à Temporada de Óperas.

 

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem o campo onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Artes e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

 

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