DEUS DA CARNIFICINA | CIA. DA FARSA

20/01/23 - 22/01/23

Teatro João Ceschiatti

A Cia. da Farsa abre nova temporada do espetáculo “Deus da Carnificina”, montagem em comemoração aos seus 20 anos da companhia. Com direção de Sérgio Abritta, o espetáculo traz pela primeira vez, aos palcos mineiros, texto da roteirista, romancista e atriz francesa Yasmina Reza, que já ganhou versão para o cinema por Roman Polanski. A peça fica em cartaz no Teatro João Ceschiatti/Palácio das Artes, de 20 a 22 de janeiro (sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h). Os ingressos custam R$20,00 nos postos de venda da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e R$42,00 e R$21,00 (meia) na bilheteria do teatro.

 

Em “Deus da Carnificina”, dois casais se reúnem para tentar resolver um pequeno incidente: o filho de um quebrou os dentes do filho do outro. Tudo começa bem, dentro da polidez que caracteriza os casais modernos e educados. Aos poucos, a conversa toma caminhos inesperados e o que era cortesia e refinamento se torna intimidação e violência. A linha tênue entre a civilidade e a barbárie está prestes a ser ultrapassada. “Yasmina faz uma reflexão sobre a sociedade ocidental e sua capa de civilidade, da necessidade urgente de repensarmos nossas relações em comunidade, antes que a violência se instaure definitivamente”, comenta Sérgio Abritta.

 

Em cena, os atores Alexandre Toledo, Andréia Quaresma, Flávia Fernandes e Marcus Labatti são separados do público por estruturas metálicas que lembram uma grande gaiola. Segundo o cenógrafo Yuri Simon, “o elenco queria que tivesse algum elemento visual que provocasse o público. Além disso, a autora sugere uma cenografia não realista. Daí me ocorreu a ideia de propor uma identificação dessas personagens como feras que estão presas nesta gaiola”, explica.

 

Aprisionados em suas questões, durante 85 minutos as personagens conduzem o espectador a experimentar climas diversos que vão da comicidade à violência. “Há uma constante tentativa de finalizar uma discussão iniciada, mas são incapazes de chegar a uma conclusão. Vivem uma constante necessidade de retorno ao conflito. Todo mobiliário cênico, que figurativamente representa uma sala de estar, adota um estilo industrial, e conforme sua configuração, insinua uma neutralidade e um despojamento estético que também nos remetem às peças de um viveiro de metal”, acrescenta.

 

FICHA TÉCNICA

Texto: Yasmina Reza | Direção: Sérgio Abritta | Produção: Alexandre Toledo Produções e Cia da Farsa | Elenco: Alexandre Toledo, Andréia Quaresma, Flávia Fernandes, Marcus Labatti | Trilha Sonora Original: Márcio Monteiro | Figurinos: Flávia Fernandes | Cenário e Iluminação: Yuri Simon | Cenotecnia: Cristopher Matos | Vídeos Incidentais: Antonionne Leone | Design Gráfico: Alex Zanon | Assessoria de Imprensa: Beatriz França

Informações

Local

Teatro João Ceschiatti

Duração

85 minutos

Classificação

12 anos