Esquentando os Tamborins

26/02/19 - 27/02/19

Grande Teatro do Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte

Nos dias 26 e 27 de fevereiro, terça e quarta, ao meio-dia, a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais entram no clima da folia, apresentando repertório com canções carnavalescas no programa Esquentando os Tamborins, no Grande Teatro do Palácio das Artes.  Sob regência de Silvio Viegas, esses concertos demonstram toda a versatilidade e excelência dos músicos da Orquestra e contam com o acompanhamento do Coral Lírico de Minas Gerais e do pianista Fred Natalino.

Os corpos artísticos da FCS vão proporcionar aos espectadores uma viagem pelas cores e sons do Carnaval, começando pela Abertura Carnaval Romano, do francês Hector Berlioz, que alude às festividades populares com instrumentos de percussão e um ritmo contagiante. Em seguida, Orquestra e Coral vão passar pela música popular brasileira com obras de Chico César, Elba Ramalho e Ciro Pereira, além da marchinha Cidade Maravilhosa, de André Filho, tida como hino do Rio de Janeiro.

Segundo o maestro Silvio Viegas, o objetivo dos concertos é mostrar a riqueza cultural do Carnaval como uma festa internacional, e ao mesmo tempo, muito ligada à cultura brasileira, que é diversa. “Somos tão ricos, que o Carnaval é samba, frevo e forró, por exemplo, porque cada região brasileira tem sua música e sua cultura. Buscamos uma linguagem universal do Carnaval aplicada à sinfônica, e é muito bacana ver que esses ritmos se encaixam perfeitamente dentro de um colorido orquestral sem perder nada, mas ganhando um novo sabor em função da própria estrutura típica da orquestra”, conta o maestro.

A Orquestra e o Coral têm na sua programação diversidade de ritmos e estilos, sempre em diálogo tanto com o erudito quanto com o popular. Num repertório carnavalesco, o desafio dos corpos artísticos é preservar o caráter dos sons que fazem parte da história da festa brasileira. “A orquestra é um organismo rico que não é fechado em si, porque existem tantos instrumentos e elementos que é possível transitar em qualquer tipo de linguagem. O mais importante aqui é o trabalho rítmico, de colorido, a escolha correta dos instrumentos para encontrar como cada estilo se encaixa melhor. Estamos acostumados a nos adaptar a diferentes linguagens, afinal, quando tocamos música barroca é muito diferente de tocar uma obra romântica, por exemplo. O desafio é manter o caráter do samba, do frevo e do forró para refletir os sons carnavalescos”, finaliza.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das mais ativas Orquestras do país. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Como iniciativas de destaque, podem ser citadas as séries Concertos no Parque, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, além da Sinfônica Pop que apresenta grandes sucessos da música popular brasileira com arranjos orquestrais. Em 2016, Silvio Viegas assumiu o cargo de regente titular da OSMG. Antes dele, foram responsáveis pela regência: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Silvio Viegas – Silvio Viegas é mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro por oito anos e esteve à frente de orquestras como a Sinfônica Brasileira, Sinfônica de Minas Gerais, Filarmônica do Amazonas, Orquestra Sinfônica de Roma e Orquestra da Arena de Verona (Itália), Sinfônica do Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Sinfônica do Sodre (Uruguai), entre outras. Atualmente, é o regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui uma programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade. O Grupo se apresenta em cidades do interior de Minas e em capitais brasileiras com o intuito de contribuir para a democratização do acesso ao canto coral. As apresentações têm entrada gratuita ou preços populares. Além de atuar ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Coral já se apresentou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. O Coral Lírico desenvolve diversos projetos que incluem as séries Concertos no Parque, Lírico Sacro, Lírico ao Meio-dia, Lírico em Concerto e Sarau no Café, além da participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. Em janeiro de 2019, o Coral Lírico de Minas Gerais foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural do Estado.

 

PROGRAMA:

Carnaval Romano
Hector Berlioz

Gonzaguiana
Ciro Pereira

Abertura Chico César
Arranjo: Fred Natalino

Abertura Elba Ramalho
Arranjo: Fred Natalino

Cidade Maravilhosa
André Filho

Medley Carnaval
Arranjo: Fred Natalino

 

O evento tem correalização da APPA- Arte e Cultura.

Informações

Local

Grande Teatro do Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte

Horário

12h

Classificação

LIVRE

Informações para o público

(31) 3236 -7400