ESTRUTURAS DO MEDO: GIALLO E SLASHER

05/07/24 - 07/08/24

Cine Humberto Mauro e Cine Humberto Mauro Mais

Foto; Divulgação – O Massacre da Serra Elétrica II

Muito antes de Michael Myers, Jason Voorhees e Ghostface levarem milhões de jovens aos cinemas em todo o mundo, um grupo de escritores italianos começou a ganhar reconhecimento, entre as décadas de 1920 e 1930, por publicar nas então chamadas revistas pulp uma série de contos policiais em que eram investigados assassinatos em série. Na maioria dos casos as vítimas eram mulheres, e apenas no final da trama era revelada a identidade do assassino, construindo, assim, uma tensão que perturbava e prendia a atenção do público ao longo da história. 

 

PROGRAMAÇÃO [NOVO]

SINOPSES

 

 

Era o que a indústria cinematográfica precisava para que se consolidassem, décadas mais tarde, dois dos mais populares e mais frutíferos subgêneros do terror: o giallo italiano, que viveu seu auge nas décadas de 1960 e 1970, e o slasher, nascido no cinema norte-americano das décadas de 1970 e 1980. Inspirados nos filmes produzidos na Itália, os diretores e roteiristas de Hollywood criaram um conceito ainda mais visceral, que até hoje é visto em franquias intermináveis como “O Massacre da Serra Elétrica” e “Halloween”.     

 

Entre os dias 5 de julho e 6 de agosto, ficará em cartaz no Cine Humberto Mauro a mostra “Estruturas do Medo: Giallo e Slasher”. As entradas são gratuitas, com retirada de ingressos a partir de 1h antes de cada sessão, e o público terá a oportunidade de assistir aos filmes que consagraram estes dois subgêneros do horror. Serão exibidas mais de 40 produções, desde clássicos do século XX como “Noite do Terror” (1974), “Prelúdio para Matar” (1975) e “Sexta-feira 13” (1980), até obras mais recentes que satirizaram e homenagearam as repetições e clichês do gênero, como “Pânico” (1996), “Todo Mundo em Pânico” (2000), em versão dublada, e “Terror nos Bastidores” (2015). 

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Estruturas do Medo: Giallo e Slasher”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura e Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução. 

Destaques da programação – Além da exibição dos filmes, a mostra será acompanhada por uma série de atrações. Na noite de abertura, 5 de julho, o projeto Cinema em Psicanálise terá a exibição de “Vestida para Matar” (1980), comentada pelo psicanalista Jorge Pimenta. A Sessão da Meia-Noite, na madrugada de 5 para 6 de julho, será com o eterno “Psicose” (1960). Na noite de 26 de julho, a partir das 19 horas, espaço para uma minimaratona com quatro filmes em sequência de “A Hora do Pesadelo”, protagonizada pelo “imortal” Freddy Krueger. Em 2024, o primeiro filme da franquia está completando quarenta anos de lançamento. 

O professor de cinema e criador do canal “De Filme em Filme” José Ricardo Miranda Jr. irá ministrar, nos dias 17 e 18 de julho, das 14 às 17h, o curso gratuito “Atravessamentos brutais: materialidade e transcendência no Giallo e Slasher”. Uma boa notícia para os cinéfilos é que cinco filmes da mostra ficarão disponíveis na plataforma Cine Humberto MAIS, entre eles os clássicos “A Tortura do Medo” (1960), um dos precursores do gênero slasher, e “Seis Mulhetes Para o Assassino” (1964), pioneiro dos filmes giallo

Haverá, ainda, outras cinco sessões comentadas: dia 9 de julho, “Os Pássaros das Plumas de Cristal” (1970), pela crítica e pesquisadora Yasmine Evaristo, dia 18 de julho; “Horário de Visitas” (1982), pelo professor José Ricardo Miranda Jr; dia 24 de julho, dentro do programa Cineclube Acessível, com o filme “Monstros” (1932), em sessão comentada pela mestre em Comunicação Social Sara Paoliello; dia 25 de julho, “Acampamento Secreto” (1983), pelo ator, produtor cultural e pesquisador Bruno Hilário, e dia 31 de julho, com o brasileiro “O Animal Cordial” (2017), pela pesquisadora Fernanda Estevam.      

De acordo com o Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado, Vitor Miranda, o Cine Humberto Mauro mantém em 2024 a tradição de apresentar em julho, para muitos jovens um mês de férias, uma mostra de ampla duração sobre algum capítulo relevante na história da sétima arte. A escolha do nome, “Estruturas do Medo”, se deve justamente ao fato de que os filmes mais icônicos desses dois subgêneros guardam marcantes semelhanças entre si. 

 

“Se tomarmos como referência as obras literárias que inspiraram os primeiros filmes do giallo, estamos falando de uma trajetória de cem anos desde que esses dois subgêneros começaram a ser construídos. Ao longo deste tempo, muitos padrões se mantiveram quase intactos, entre eles o foco em personagens jovens e a garota que sempre sobrevive no final. Por outro lado, alguns aspectos foram se renovando, e os filmes irão mostrar ao público como os comportamentos da sociedade foram se transformando a cada década, principalmente entre a juventude”, afirma Miranda.

  

Outra novidade é que, após a programação no Palácio das Artes, será apresentado, durante o mês de outubro, um resumo da mostra, também gratuita, no Centro Cultural conhecido como “Cineminha”, que fica ao lado do Teatro Municipal de Nova Lima. A iniciativa é resultado do convênio firmado em dezembro de 2023 entre a Fundação Clóvis Salgado e a Prefeitura de Nova Lima. 

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

 

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(31) 3236-7400