Exposição ACERVO FCS | RETRATOS

29/08/21

PQNA Galeria Pedro Moraleida | Palácio das Artes

Foto: Paulo Lacerda

 

A Fundação Clóvis Salgado retoma, a partir do dia 8 de julho de 2021 (quinta-feira), a exposição inédita que celebra e ressalta a importância do acervo artístico da instituição. A mostra Acervo FCS  – Retratos, que ocupa a PQNA Galeria Pedro Moraleida, permanece até o dia 29 de agosto de 2021 (domingo), e conta com retratos em diferentes suportes e figurações, que fizeram parte de exposições no complexo cultural do Palácio das Artes e na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, e hoje compõem o acervo da FCS. A mostra, que reúne nove obras datadas de 1940 até o presente, contém pinturas de Sérgio Nunes e Genesco Murta, um desenho de Humberto Guimarães, fotografias de Cyro de Almeida e Daniel Moreira, e painéis de Éder Oliveira e Ártemis.

Segundo Eliane Parreiras, Presidente da Fundação Clóvis Salgado, iniciativas como essa possibilitam o acesso do público a um rico conjunto de obras, por vezes desconhecido. “Estimulamos e validamos a ocupação dos espaços das Galerias do Palácio das Artes pelas obras de artistas que já expuseram conosco, e agradecemos a colaboração e apoio de todos que fomentam a construção de nossa história”, destaca.

 

Nova doação: Retrato de Maria – Acervo – Retratos marca a doação do quadro Retrato de Maria (2021) para o acervo da Fundação Clóvis Salgado. Realizada pela artista plástica e arte-educadora Ártemis, a obra foi desenvolvida pela primeira vez na exposição Efêmera (2019), que reuniu grafites de quatro artistas no Programa ARTEMINAS – Narrativas Femininas. O Retrato de Maria, que ocupou a Galeria Aberta Amilcar de Castro em 2019, será refeito em um quadro que ocupará a PQNA Galeria Pedro Moraleira, e posteriormente será doado à instituição.

O painel Retrato de Maria explora o conceito do retrato e a oportunidade de pintar, homenagear e dar visibilidade a quem, por vezes, não é visto. Para Ártemis, a pintura mural surgiu em 2019, realizando uma tessitura com o trabalho enquanto artista plástica e arte-educadora no Consultório de Rua do SUS, onde explora a arte com a população em situação de rua das regiões Norte/Nordeste de Belo Horizonte. Em um dos atendimentos, em visita à uma exposição no Palácio das Artes, a participante Maria da Penha revelou à Ártemis que apesar de ter dormido em frente ao prédio por um tempo, nunca tinha entrado na instituição. Para a artista plástica, recriar o retrato de Maria é uma homenagem não só a ela, mas a todas as mulheres em situação de rua.

 

Foto: Paulo Lacerda

Faces possíveis, representações múltiplas – Acervo – Retratos conta com as pinturas Retrato de Dona Amélia Prates (1940), de Genesco Murta, e Figura Com Meio Rosto de Rainha (1979) e Figura e Escala (1979), de Sérgio Nunes, e uma ilustração em nanquim sob papel de Humberto Guimarães. A exposição conta ainda com duas fotografias de Cyro de Almeida que fizeram parte da exposição Dandara (2014), formada por retratos que representam o movimento de luta pela moradia e por uma nova sociabilidade urbana. Outro destaque vai para a imagem que compôs a mostra Paisagem Ambulante 381 (2015), de Daniel Moreira, retrato de um andarilho que percorre as margens da BR 381.

O painel site specifc realizado pelo artista paraense Éder Oliveira na exposição Pintura – ou a Fotografia como Violência, premiada pelo Edital de Ocupação de Artes Visuais da FCS em 2017, também faz parte da mostra. O fascínio pelos retratos e a curiosidade por rostos desconhecidos inspiram a obra de Oliveira, que denuncia a forma como a vasta população paraense, amplamente negra e mestiça, muitas vezes é relegada às páginas policiais dos jornais. Muito além de retratar um grande rosto sem nome, a pintura mural de Oliveira instiga o visitante a enxergar o homem fora do contexto – no trabalho do artista, todos os representados saem de uma situação de vulnerabilidade ou crime e assumem um protagonismo artístico.

 

História e preservação – Acervo – Retratos dá continuidade à série de exposições que divulgam as obras pertencentes à FCS, adquiridas por meio de doações realizadas por artistas que já expuseram nas Galerias do Palácio das Artes. A periodicidade das mostras de acervo da FCS, praticada nas décadas de 80 e 90, foi retomada em 2013 com a aquisição de obras do Prêmio Marcantônio Vilaça, grande parceiro da instituição. Desde então, diversos artistas contemporâneas realizaram doações à instituição, fortalecendo e diversificando o acervo.

Em 2017, a mostra Grandes Nomes – Acervo (2017), exposição itinerante que circulou pelas cidades mineiras Cataguazes, Ouro Preto, e Congonhas, inaugurou o espaço da PQNA Galeria Pedro Moradeida, no Palácio das Artes. A Fundação Clóvis Salgado também realizou as mostras Acervo Gravuras (2018), que ocupou o espaço Viaduto das Artes, no bairro Barreiro (Belo Horizonte); Acervo Desenhos (2018); Acervo Objetos (2018); Acervo Figurinos (2018) e Acervo Fotografias (2019).

Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra Acervo – Retratos. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a correalização da APPA – Arte e Cultura e patrocínio master da Cemig, AngloGold AshantiUnimed-BH / Instituto Unimed-BH¹, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

¹ O patrocínio da Unimed-BH e do Instituto Unimed-BH é viabilizado pelo incentivo de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

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