Série “Ópera! O Podcast da Música Lírica”

25/11/21

Canal da FCS no YouTube e plataformas Spotify, Apple, Google, Deezer, Amazon, Castbox e Overcast.

 

A partir de um formato dinâmico e moderno de comunicação, a Fundação Clóvis Salgado e o Instituto Unimed-BH lançam, no dia 30 de setembro (quinta-feira), a inédita série “ÓPERA! O PODCAST DA MÚSICA LÍRICA”, uma das novidades da TEMPORADA DE ÓPERA ON-LINE 2021. Serão publicados cinco episódios – a cada quinze dias, no período de setembro a novembro – que englobam todo o universo da ópera, a partir de uma perspectiva relacionada ao mundo atual. Serão abordados assuntos referentes à criação e atuação artística, ao processo de montagem da ópera no Brasil e à gestão cultural.

 

Nelson Rubens Kunze. Imagem: Divulgação

Com concepção e direção de João Luiz Sampaio (editor executivo da Revista Concerto, colaborador do jornal O Estado de S. Paulo e organizador da coletânea “Ópera à Brasileira”) e Nelson Rubens Kunze (fundador, diretor e editor da Revista Concerto e do site Concerto), a proposta da série de podcasts é apresentar conteúdos que atinjam públicos diversos: tanto as pessoas que estão começando a se interessar agora pela ópera, quanto aquelas que já têm o hábito de acompanhar e apreciar esse gênero artístico.

“É comum associar o universo da ópera à formalidade e à rigidez, como se tratasse de um gênero distante do mundo contemporâneo. Então, o que fizemos foi justamente desconstruir isso. Ao formatar os episódios, procuramos construir cada roteiro de uma maneira singular, com bom humor, trazendo elementos de dramaturgia e uma seleção musical que vai aguçar o interesse do público pela ópera”, observa João Luiz Sampaio.

Para Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado, investir nesse novo formato de comunicação é avançar na busca pela formação de público, uma ação permanente e necessária para as instituições que produzem ópera no Brasil. “A Temporada de Ópera 2021, de certa forma, é a continuação da edição passada, na qual promovemos reflexões profundas sobre o fazer operístico. Estamos reverberando e ampliando os impactos causados pelas discussões transversais entre as linguagens, a presença das mulheres em espaços de decisão, bem como a convergência de diversas expressões artísticas em uma mesma obra. Assim, os podcasts ganham destaque pelo formato de fácil assimilação o que torna o conteúdo, no caso a ópera, mais próximo do público e em uma linguagem mais acessível”, ressalta.

O primeiro episódio da série, “Voz: a alma da ópera”, discute como a voz é utilizada e quais os tipos de vozes no gênero, por que a voz fascina tanto as pessoas, como se forma um cantor e o que significa ser um cantor de ópera. Nesse episódio, estão reunidos cantores e cantoras de reconhecida relevância, como Luisa Francesconi, Edna D’Oliveira, Paulo Szot, Gabriella Pace e Adriane Queiroz, além de regentes como Andre Heller-Lopes, entre outros.

Os títulos seguintes, que compõem a série são: Vida de maestro, Como nasce uma encenação?, Da partitura ao palco, a ópera brasileira e Quanto custa uma ópera?. O público terá acesso aos episódios da série por meio do canal do YouTube da Fundação Clóvis Salgado e das seguintes plataformas digitais: Spotify, Apple, Google, Deezer, Amazon, Castbox e Overcast.

 

João Luiz Sampaio. Imagem: Divulgação

Dramaturgia e humor

Em linguagem simples e acessível, os conteúdos dos podcasts são roteirizados com boa dose de humor. Um exemplo é a história que se passou no século XIX, no Rio de Janeiro, envolvendo duas cantoras de ópera da época: Anne Charton-Demeur e a Annetta Casaloni. Baseado num texto do escritor e crítico José de Alencar, publicado no Jornal do Commercio, em 1855, o primeiro episódio da série relata que as torcidas de cada uma das cantoras começaram a brigar durante uma apresentação e a confusão só foi apartada quando a polícia chegou ao teatro.

“O universo da ópera tem uma característica particular que é a paixão. Quem trabalha com ópera é muito apaixonado pelo gênero. O nosso objetivo foi justamente trazer essa paixão e o lado humano da relação tão forte que as pessoas estabelecem com a ópera”, revela João Luiz Sampaio.

Marcam presença no segundo episódio os principais regentes brasileiros especialistas em ópera: Abel Rocha, diretor artístico e regente da Orquestra Sinfônica de Santo André; Priscila Bomfim, regente assistente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; Alba Bonfim, professora da Universidade Federal do Piauí; Ira Levin, regente titular do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; Isaac Karabtchevsky, diretor artístico do Instituto Baccarelli e regente titular da Orquestra Petrobras Sinfônica; Gabriel Rhein-Schirato, maestro e curador da Academia de Ópera 2021: Dramaturgia e Processos Criativos da Fundação Clóvis Salgado); Luiz Fernando Malheiro, diretor artístico e regente do Festival Amazonas de Ópera; e Silvio Viegas, regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Participam também da série outros nomes fundamentais do universo da ópera, como Jorge Coli e Irineu Franco Perpétuo, críticos musicais, e Livia Sabag, diretora cênica e curadora da Academia de Ópera 2021: Dramaturgia e Processos Criativos, da Fundação Clóvis Salgado.

 

A série “ÓPERA! O PODCAST DA MÚSICA LÍRICA” integra a “Temporada de Ópera on-line 2021” da Fundação Clóvis Salgado e é realizada pelo Governo de Minas Gerais / Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, pela Fundação Clóvis Salgado, e correalizada pela Appa – Artes e Cultura. Tem como apresentadora do Programa a  Unimed-BH / Instituto Unimed-BH¹, e como patrocinadores a Cemig e a AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

¹ O patrocínio da Unimed-BH / Instituto Unimed-BH é viabilizado pelo incentivo de mais de cinco mil médicos cooperados e colaboradores

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

 

Sinopses e novos episódios:

 

Episódio 1: Voz, a alma da ópera | 30 de setembro

No primeiro episódio, o tema é a voz. O que torna a voz um instrumento tão especial? Como é o uso que dela fazem os compositores? Como se dá a formação de um cantor? O podcast tenta responder a essas perguntas, além de debater questões importantes na contemporaneidade, como o preconceito racial na escalação de elencos.

 

Episódio 2: Vida de maestro | 14 de outubro

O episódio tem como objetivo discutir o papel do maestro na interpretação de um espetáculo de ópera. O que o gênero exige de específico do regente? O que se espera dele durante uma interpretação? Maestros e outros profissionais discutem esses e outros aspectos, como o pequeno espaço ainda dado às mulheres.

 

Episódio 3: Como nasce uma direção cênica? | 28 de outubro

O aspecto teatral da ópera ganha protagonismo no terceiro episódio, em que é abordado o trabalho do diretor cênico. O surgimento da ideia de interpretação de uma obra a partir de novas ideias, o trabalho com o cantor, a oposição entre moderno e tradicional e a busca de um olhar contemporâneo para o passado são alguns dos temas discutidos.

 

Episódio 4: Da partitura ao palco: a ópera brasileira | 11 de novembro

Em seu quarto episódio, temos uma viagem ao passado, para redescobrir os principais compositores brasileiros de ópera. E segue então um trajeto que nos leva a nossos dias. Quem são os compositores que hoje se dedicam ao gênero no Brasil? Como pensar a ópera à luz da cultura e da vida contemporâneas? Que cara essa ópera tem?

Episódio 5: Quanto custa uma ópera? | 25 de novembro

No último episódio, o podcast se volta à gestão no mundo da ópera e ao modo como ela está ligada a questões contemporâneas. Como estão organizados os teatros no Brasil? Quais novos modelos podem ser construídos? Como buscar maior diversidade de equidade? Como mostrar a importância da ópera para a cultura contemporânea?

 

 

Temporada de Ópera On-line 2021 – Parte integrante da Temporada de Ópera 2020, a Academia de Ópera está em curso durante o segundo semestre deste ano com o “Ateliê de Criação: Dramaturgia e Processos Criativos”. Com curadoria do maestro Gabriel Rhein-Schirato e da encenadora de ópera Lívia Sabag, essa atividade consiste em uma formação gratuita e inédita sobre dramaturgia voltada para ópera, composta por aulas, debates, entrevistas e a montagem de um espetáculo inédito, baseado em obra de um importante escritor mineiro. A Academia de Ópera contará com a participação de artistas e pesquisadores renomados, brasileiros e estrangeiros, como o poeta, letrista, dramaturgo, roteirista e integrante da Academia Brasileira de Letras, Geraldo Carneiro, o maestro e diretor artístico belga, Bernard Foccroulle, o dramaturgista alemão Johannes Blum, a pesquisadora do Centro de Estudo de Sociologia e Estética Musical – CESEM, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, Jelena Novak, o encenador brasileiro Allex Aguilera, o compositor, administrador de empresas e diretor artístico Paulo Zuben, o musicólogo, filósofo e coordenador do Grupo de Teoria e Crítica Musical do CESEM, João Pedro Cachopo, entre outros.  A sétima arte também marca presença na Temporada de Ópera on-line 2021. Em outubro será realizada a Mostra de Cinema e Ópera. A curadoria será assinada por Julianna Santos, diretora cênica.

 

TEMPORADA DE ÓPERA ON-LINE – Em 2020, a tradição dos encontros com a arte operística na FCS tomou diferente forma, inaugurando um novo modo de fazer, difundir e refletir sobre a ópera no Brasil e na América Latina. Com abrangência nacional e internacional, a programação, prioritariamente digital, impactou diretamente 110 mil pessoas por meio de palestras, aulas, mostra de cinema, exposição de artes gráficas e apresentação artística. O projeto disponibilizou 60 atividades gratuitas para o público, com participação de 218 dos principais nomes do Brasil e de alguns profissionais de destaque internacional, resultando em 178 horas de programação. As oficinas e os cursos da Academia de Ópera ofertaram 637 vagas. O Recital da soprano ELIANE COELHO e do pianista GUSTAVO CARVALHO, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com transmissão pela internet, encerrou a Temporada de Ópera On-line 2020. Devido à originalidade e ao ineditismo do projeto, a Temporada de Ópera On-line 2020 concorreu ao prêmio CONCERTO, na categoria “Reinvenção na Pandemia”, promovido pela conceituada Revista Concerto.

 

INSTITUTO UNIMED-BH – Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando a formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, ampliar o acesso à cultura, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$140 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo patrocínio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores. No último ano, mais de 7 mil postos de trabalho foram gerados e 3,9 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Neste ano, todas as iniciativas do Instituto celebram os 50 anos da Unimed-BH. Clique aqui e conheça mais sobre os resultados do Instituto Unimed-BH. Parceiro da Fundação Clóvis Salgado desde 2000, contribui para a manutenção dos corpos artísticos (Cia. de Dança do Palácio das Artes, Coral Lírico e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais) por meio do patrocínio à Temporada de Óperas.

 

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem o campo onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Artes e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

 

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