Sinfônica ao Meio-dia | Março

26/03/19

Grande Teatro | Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais se apresenta no Grande Teatro do Palácio das Artes, em mais uma edição da série Sinfônica ao Meio-dia, na terça-feira (26), às 12h, com entrada gratuita. Com regência de Silvio Viegas e participação do pianista português Bernardo Santos, o programa reúne obras do compositor alemão Johannes Brahms e do francês Camille Saint-Säens.

Trechos das peças serão interpretados na Sinfônica ao Meio-dia. Nessa série pessoas da plateia são convidadas para assistir ao concerto perto dos músicos. Trata-se do projeto De Dentro do Palco, iniciativa do maestro Silvio Viegas para aproximar o público da música de concerto. Já a versão integral das composições será apresentada na noite de quarta-feira.

A 2ª Sinfonia em Ré maior foi composta por Johannes Brahms no verão de 1877, durante uma visita a Pörtschach am Wörthersee, cidade na província austríaca da Caríntia. A sinfonia foi escrita para uma orquestra com 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos e cordas.

O humor alegre e quase pastoral da Sinfonia frequentemente convida a comparações com a 6ª Sinfonia de Beethoven, mas, talvez maliciosamente, Brahms escreveu ao seu editor em 22 de novembro de 1877 que a sinfonia “é tão melancólica que você não será capaz de suportá-la. Eu nunca escrevi nada tão triste, e a pontuação deve sair em luto”.

A estreia aconteceu em 30 de dezembro de 1877 com a Filarmônica de Viena. O tempo para finalizar a composição foi breve, quando comparado aos 21 anos que Brahms levou para completar sua 1ª Sinfonia.

O Concerto nº 5 em Fá maior, para piano e orquestra também conhecido como The Egyptian, foi o último concerto para piano de Saint-Saëns. A obra foi escrita em 1896, 20 anos depois que o francês compôs o quarto concerto para piano, para ser interpretado em seu próprio Jubilee Concert em 6 de maio daquele ano. Esse concerto celebrou o quinquagésimo aniversário da sua estreia na Salle Pleyel em 1846.

A obra é apelidada de “O egípcio” por duas razões. Em primeiro lugar, Saint-Saëns compôs na cidade-templo de Luxor, durante uma de suas frequentes férias de inverno no Egito. O segundo motivo é que a música está entre as produções mais exóticas do compositor, exibindo influências de javanesas e espanholas, bem como música do Oriente Médio. Saint-Saëns disse que a peça representava uma viagem marítima. O próprio compositor foi o solista da estreia, um sucesso popular e crítico.

Sobre Bernardo Santos – O pianista encontra-se atualmente na pós-graduação “PG Advanced Diploma” na classe da professora Deniz Arman Gelenbe, no Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance, sendo bolsista desta universidade (Trinity College London Scholar), da Fundação GDA e da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro. Frequenta também o Programa Doutoral em Música (Performance) na Universidade de Aveiro, em Portugal.

Formado pela Universidade de Aveiro e pelo Conservatori del Liceu em Barcelona, Bernardo Santos estudou sob a orientação de Álvaro Teixeira Lopes e Josep Colom, tendo iniciado os estudos de piano na classe de Klara Dolynay, aos 10 anos. No seu percurso pela Universidade de Aveiro, recebeu o Prémio Município de Aveiro, atribuído ao melhor aluno do curso de música da Universidade de Aveiro a terminar esta licenciatura. Além disso, terminou também a componente de piano relativa ao seu Mestrado com classificação máxima (20 valores). A nível de investigação, Bernardo Santos tem realizado estudos sobre a obra de Berta Alves de Sousa e Frederico de Freitas, sendo responsável por edições críticas de obras de ambos os compositores. Recentemente, foi responsável por ministrar masterclasses em diversas escolas e universidades no Brasil.

Bernardo Santos apresentou-se em quatro continentes e mais de dez países, destacando-se os recitais no Teatro Rivoli, Palácio Foz, Museu Nacional da Música, Casa Museu Pancho Vladigerov (Sófia), National Concert Hall (John Field Room), no Royal Albert Hall (Elgar Room) e na Tonhalle Düsseldorf. Apresentou recentemente um recital para a rádio Antena2, no Auditório do Liceu Camões. Teve também a oportunidade de se apresentar em concerto com a Vidin State Philarmonic Orchestra, Orquestra de Cordas da Universidade de Aveiro, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra Filarmonia das Beiras e Orquestra Jovem Vale Música de Belém, tendo tocado sob direção dos maestros António Vassalo Lourenço, Artur Pinho Maria, Bruno Martins, Charles Gambetta, David Wyn Lloyd, Kira Omelchenko e Miguel Campos Neto. Bernardo Santos foi um dos artistas convidados para o II e o IV Festival Internacional de Jovens Pianistas, em Amarante, para o VI Bangkok International Piano Festival e foi o Artista Residente 2017 da Fundação Dionísio Pinheiro, em Águeda. Participou também do projeto “Curtas” do guitarrista e compositor Israel Costa Pereira, culminando na gravação de um CD.

Programa

2ª Sinfonia em Ré maior

Johannes Brahms

Concerto nº 5 em Fá maior, para piano e orquestra

Camille Saint-Säens

Este evento tem correalização da APPA – Arte e Cultura. 

Informações

Local

Grande Teatro | Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte

Duração

60 minutos

Classificação

Livre

Informações para o público

(31) 3236-7400