Escola de Teatro do Cefart estreia a 7ª edição do ME MOSTRA, evento de cenas curtas produzido por alunos e ex-alunos

publicado em 23 de novembro 2021
Você me ouve?

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), apresenta a 7ª edição da Me Mostra – Mostra de Cenas Curtas, um evento on-line concebido e produzido inteiramente por alunos e ex alunos do curso de teatro e que será transmitido de 24 a 28 de novembro, pelo Instagram da Mostra, sempre às 16h e 19h.  

De caráter não competitivo, a Me Mostra propõe estimular a capacidade criativa dos alunos, permitindo que desenvolvam experimentações no campo das artes cênicas, ampliando a autonomia, o contato com o público e fomentando o desenvolvimento de pesquisas da linguagem teatral.

“A Me Mostra é um evento muito importante para a Escola de Teatro do CEFART, pois propicia aos nossos alunos e alunas o desenvolvimento da autonomia, tão fundamental na formação de artistas na contemporaneidade. Além da autonomia, também coloca os alunos em contato com aspectos paralelos a formação de atrizes e atores como, por exemplo, a produção, enriquecendo, assim, a compreensão do mercado trabalho”, explica Paulo Maffei, coordenador da Escola de Teatro.

Nesta edição, a segunda feita de maneira virtual, os alunos farão experimentos cênicos que serão compartilhados no instagram da mostra (@me_mostra). Também faz parte da programação um ciclo de lives com artistas do teatro e de outras áreas que já aconteceram e estão disponíveis na íntegra também no instagram. Com a proposta de descentralizar referências e abrir espaço para discussões dentro do mote “Seguimos pensando juntos sobre o que podemos fazer com o aqui e agora”.

A Inflação na sua casa

“É importante pontuar que o presencial é a tônica da arte teatral. Contudo, com as questões impostas pela pandemia, estamos conseguindo ampliar as perspectivas sobre as teatralidades contemporâneas, bem como pensar novos formatos para manter o teatro vivo, ou seja, o teatro possível”, completa Maffei.

Ao todo, serão exibidas 8 cenas, duas vezes ao dia. Carmem Marosa, aluna que integra a produção, explica que “os trabalhos não possuem um tema específico, mas que, de alguma maneira, permeiam o estado pandêmico atual, mostrando como a arte vem se movendo neste momento”. Muitos conhecimentos foram adquiridos nesse período de pensar o teatro na tela, o que promete grandes surpresas.

Ao lado dela também estão Arthur Rogério, Ariana de Paula, Edilaine Aparecida, Ellen Carolina e Laura Lufési, com a supervisão dos Coordenadores da Escola de Teatro, Paulo Maffei e Rogério Araujo.

A programação

– 24/11 (quarta-feira)

Naquele momento – 16h

Colcha de Retalhos – 19h

– 25/11 (quinta-feira)

Resistência – 16h

Inflação na casa – 19h

– 26/11 (sexta-feira)

Você me Ouve? 16h

coAbitar – 19h

– 27/11 (sábado)

O que mais podia ser? – 16h

Calcanhar de Aquiles – 19h

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam Me Mostra – Mostra de Cenas Curtas com correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio máster da Cemig, AngloGold Ashanti e Unimed-BH / Instituto Unimed-BH¹, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, e patrocínio ouro da Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais. 

O patrocínio da Unimed-BH / Instituto Unimed-BH é viabilizado pelo incentivo de mais de cinco mil médicos cooperados e colaboradores.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Tradição na Formação de Artistas

Voltado para a formação de atores e atrizes, o Curso Técnico em Arte Dramática do Cefart, em 2021, celebra 35 anos. Criado formalmente em 1986, o curso é validado pela Secretaria de Estado de Educação e tem reconhecimento nacional comprovado pela constante atuação dos alunos do Cefart em festivais nacionais e internacionais de teatro, nas programações de TV, no cinema (curtas e longas-metragens) e na formação de novos grupos.

A primeira turma a finalizar o curso, em 1989, estreou o espetáculo “A flor da obsessão – Fragmentos”, da obra de Nelson Rodrigues, com direção de Eid Ribeiro. No elenco, entre outros artistas, estavam Rita Clemente, diretora do atual espetáculo, Davi Dolpi e Iara Fernandes, que se tornaram professores do Cefart.

Entre diretores e professores, passaram pela Escola de Teatro: Ana Addad, Ana Jardim, Anderson Aníbal, Ângela Mourão, Antônio Melo, Carlos Gradim, Carlos Rocha, Carmen Paternostro, Cláudio Dias, Cristiano Peixoto, Elvécio Guimarães, Fernando Linares, Gil Amâncio, Gláucio Machado, Glicério do Rosário, Grupo Espanca, Ivanete Mirabeau, João das Neves, José Walter Albinati, Juliana Pautilha, Kalluh Araújo, Lenine Martins, Letícia Castilho, Lúcia Ferreira, Luiz Carlos Garrocho, Luiz Paixão, Marcelo Bones, Marcello Castilho Avellar, Marcos Voguel, Mariana Muniz, Marco Flávio Alvarenga, Marina Viana, Mauro Xavier, Mônica Ribeiro, Odilon Esteves, Paulinho Polika, Rita Clemente, Rodrigo Campos, Sérgio Marrara, Tarcísio Ramos, Walmir José.

Entre tantos Ex-alunos, estão: Alexandre de Sena, Alexandre Toledo, Ana Flávia Rennó, Ana Haddad, Anderson Aníbal, Assis Benevenuto, Camilo Lélis, Carolina Bahiense, Cristina Vilaça, Dimir Viana, Fernanda Ribeiro, Grace Pasô, Guilherme Marinheiro, Helena Mauro, Henrique Carsalade, Henrique Cordoval, Jefferson da Fonseca, Jussara Fernandino, Léo Quintão, Leonardo Bertholini, Lira Ribas, Luiz Arthur, Maicon Sipriano, Márcia Bechara, Márcia Torquato, Marney Hitmann, Neise Neves, Suzana Cruz, Thiago Amador.

Segundo Marta Guerra, diretora do Cefart, foram muitos atores e atrizes, professores, diretores, dramaturgos, figurinistas, cenógrafos, maquiadores, que passaram pelo Centro de Formação Artística e pelos palcos do Palácio das Artes, tornando esse rico passado cultural referência sólida que reflete no trabalho atual. “São 35 anos de um caso de amor já consolidado! São muitas lutas, eliminação de barreiras, desafios diários e dores, mas também muitos prazeres emoldurados por uma força especial, através de muito estudo, dedicação, disciplina e autoconsciência na busca de quem somos”, conta Marta Guerra.

A diretora destaca ainda que a Escola de Teatro do Cefart é mais do que uma usina de novos talentos, “É, principalmente, a eterna busca da excelência na formação de profissionais que seguirão trabalhando passo a passo pelo desenvolvimento pessoal e realizações artísticas, sempre dedicadas ao público”.

De acordo com pesquisa realizada por alunos da Fundação João Pinheiro em 2019, junto a alunos formados nos Cursos Técnicos em 2016, 2017 e 2018, 71,9% dos alunos formados nesses Cursos do Cefart trabalham em suas respectivas áreas de formação, sendo que 75% se inseriram no mercado de trabalho em menos de um ano após a formatura.

Sob a coordenação de Paulo Maffei e Rogério Araújo, o Curso de Teatro, que tem duração de três anos, também oferece aos alunos atividades extracurriculares de treinamento e pesquisa em técnicas específicas – alguns também abertos a coletivos e ex-alunos ligados ao Cefart, nas áreas de Trilha Sonora, Projetos Culturais, Teatro Físico e Performance, Máscaras, Técnica Vocal e Leitura Dramática, ministrados por corpo docente capacitado.