Uma visita inesperada!

Esta é a primeira vez que o Cineminha On-line indica um curta que desperta aquele “friozinho na barriga”. Nós estamos empolgadas, e você? Assista “A Casa e o Medo”!

Ficha técnica

Filme: A Casa e o Medo
Local: São Paulo, SP, Brasil
Ano: 2019
Duração: 4 minutos
Realização: Eduardo Aliberti, Henrique Truffi e Valentina Salvestrini

Para refletir: 

No curta-metragem, vemos uma criança que é deixada sozinha. Não sabemos muito bem quem é a mulher que aparece atrás da porta, acompanhada de um escrito dizendo “já volto”, nem por quanto tempo ela fica fora, se é que ela sai mesmo de casa. Talvez tenham sido só alguns minutos, mas o tempo é relativo e, dependendo da situação, temos a impressão de que ele demora a passar. O que vemos no filme pode ter acontecido na imaginação do menino enquanto esperava o retorno da mulher, ou mesmo em um sonho, que refletiu seu medo de ficar sozinho. 

Você já se sentiu sozinho em algum momento? Essa sensação de solidão não aparece só quando não há mais ninguém além de nós mesmos em determinado lugar. Ela pode acontecer também quando estamos cercados por diversas pessoas, mas não nos sentimos conectados a elas. Buscar observar e entender esse e outros sentimentos é importante para aprender a lidar com eles.

Imagem: Divulgação

Curiosidades:

No cinema podemos encontrar vários gêneros, ou várias formas de se contar uma história, como a comédia, o drama, o romance, o terror, entre tantos outros. Cada gênero tem suas características próprias e provoca emoções diferentes em quem assiste. Esse curta se enquadra mais nos gêneros de suspense ou de terror, pois ele mexe com a nossa imaginação, nos deixa angustiados, nervosos, ansiosos, sem saber o que vai acontecer. De alguma forma nos identificamos com o personagem e sentimos o que ele sente. Os filmes de terror muitas vezes buscam causar incômodo ou desconforto ao representar nossos medos (sejam eles reais ou imaginários) e, mesmo assim, ou por isso mesmo, prendem nossa atenção!

Como você viu, o curta não possui falas, mas a trilha sonora (os sons) ajuda a criar o clima de suspense e de tensão. Ouvimos o barulho da chuva, dos trovões, o ranger da porta, a respiração do menino… Experimente rever o filme só escutando a trilha, sem as imagens, e tente se lembrar do que estava acontecendo ou mesmo imaginar novas situações.

Imagem: Divulgação

Atividade: 

Na arte encontramos muitas possibilidades de se representar algo, seja com materiais e técnicas diferentes, seja variando as características dessas representações. Em “A Casa e o Medo”, há uma mistura entre o bidimensional, aquilo que possui largura e altura, e o tridimensional, que possui largura, altura e profundidade. As sombras que percorrem as paredes da casa e depois “invadem” a gaveta, e também a mesa e a cadeira que parecem “sair” de uma delas são exemplos dessa variação. Pensando nisso, resolvemos propor uma espécie de “desafio”: representar um mesmo objeto, ou um conjunto deles, variando essas duas formas. Para fazer o objeto em duas dimensões, você pode usar materiais como lápis de cor, giz de cera, tinta, caneta hidrocor, sobre uma superfície plana, como um papel. Já para representá-lo em três dimensões, você pode utilizar papel (dobradura), massa de modelar ou argila. Não se esqueça de fazer as duas representações com a mesma cor e formato.

Foto: Ana Emerich

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Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino/MG, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, professora da Rede Municipal de Educação/BH, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.