INGRESSO

a partir de

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Ingressos a partir de R$25.

O espetáculo “Sapato Bicolor” é baseado no universo da Soul Music de Belo Horizonte, sobretudo por influência do histórico “Baile da Saudade”, que tem sua história dividida entre casas de shows mais centrais belo-horizontinas e de Venda Nova, região onde construiu sua história mais popularmente. Tendo como ponto de partida a cultura da periferia que, desde os anos 70, recebe esse tipo de baile, o espetáculo reivindica o caráter popular e a relação com a memória cultural proporcionados por esse tipo de evento.

De forma a remontar o universo da música black e da discotecagem, surge o Movimento Soul em BH, onde os bailes são saturados de personagens que se dedicam a criar a especial e nostálgica atmosfera de uma época determinada, criando, então, um cenário natural pelo uso dos espaços das cidades, como é o caso do “quarteirão do soul”. A fim de poder contribuir com esse Movimento e fazê-lo resistir cada vez mais, é que se pretende colocar um espetáculo que traz como protagonista um negro, pobre, morador da periferia, imbuído de cultura e perseverança.  James, o personagem, se intitula um homem privilegiado por presenciar, nos bailes, momentos de intensa alegria, compartilhados ao lado de seus amigos e companheiros do Movimento Soul, da dança e da Black Music.

O projeto trata sobre um fenômeno que abriga pessoas mais simples e, muitas vezes, marginalizadas pelas suas condições sociais, mas que encontram na dança um instrumento edificante de suas dignidades, muitas vezes perdidas em suas profissões consideradas, por grande parte da sociedade, menores. Muitas vezes invisibilizados no dia a dia, esses personagens, que não participam da vida cultural elitizada, encontram na dança seu espaço de empoderamento. A importância desses bailes, desses personagens e da marca latente que suas histórias deixam em Belo Horizonte e em qualquer cidade do Brasil é deixada para trás dentro das outras artes representativas, como o teatro.

Trata-se, portanto, de um espetáculo teatral que tange outros pontos da brasilidade que não o comumente levado aos palcos e que se encontram à revelia das histórias mais comuns do povo brasileiro, como, por exemplo, os problemas psicológicos da classe média. Temos, então, a história de um engraxate, que, aparentemente, nas relações de poder é uma metáfora da submissão, uma vez que a posição de limpar a sujeira dos pés de outros homens o rebaixa, literalmente, à posição de subserviência. Esse personagem que, todos os dias engraxando sapatos muito mais caros que seu dia de trabalho, sonhava com um sapato bicolor, muito comum aos doutores, mas que talvez nunca, devido à sua profissão pouco rentável, poderia ter esse sapato.

Com uma classificação abrangente que vai desde adolescentes, até jovens e adultos, a dramaturgia foi construída a fim de discutir questões sobre pertencimento em grupos, preconceitos e, também, os limites da acessibilidade. Isso, também, é marcado na representação do Baile da Saudade, espaço de liberdade, integração, realização e felicidade para os que são acometidos pela vida com poucas perspectivas, devido à intolerância classista, racista, heteronormativa, entre outros. É nesse espaço do baile que a variedade das histórias pessoais dos que são considerados, a grosso modo, sem história, exibe um universo paralelo, tocando não somente aquelas pessoas que frequentam esse espaço, mas toda a população.

Ficha Técnica

Atuação e concepção: Fabiano Persi

Direção: Polyana Horta

Participação especial: Cláudio Márcio

Texto e Dramaturgia: Edu Costa e Fabiano Persi 

Trilha Sonora: Marcus Frederico e Fabiano Persi

Iluminação: Polyana Horta

Vídeos e Projeção Mapeada: Fabiano Lana

Concepção Cenográfica: Fabiano Persi e Antônio Lima

Cenotécnico: André Macedo

Vozes em Off: Davi Caetano e Edu Costa

Fotos: Leila Verçosa e Marco Aurélio Prates

Coordenação de Produção: Polyana Horta 

Produção Executiva: Juliana Ribas

Operação de vídeo I Som E Luz: Juliana Ribas, Polyana Horta e Fabiano Lana 

POLYANA HORTA, DIREÇÃO

Atriz e Direção Teatral – Como atriz, seus principais trabalhos foram com montagens dos grupos: Grupo Galpão – Galpão Cine Horto com os espetáculos: “A Vida é Sonho”, dirigido por Júlio Maciel, realizado pelo projeto “Oficinão” e “No Baile”, com direção de Simone Ordones e Glicério Rosário, pelo projeto “Pé na Rua”. Pela Cia. Rela Fantasia, atuou no espetáculo “Menino Maluquinho”, indicado a mais de 10 prêmios e ganhadora do prêmio de melhor atriz infantil de 2005. Foi uma das fundadoras do grupo Quatroloscinco – Teatro do Comum, sendo assistente de direção do espetáculo “É só uma Formalidade”. Na Cia Malarrumada, atuou no espetáculo “Espreme que sai Sangue”, dirigido por Eduardo Moreira. Atualmente, é atriz no Grupo Maria Cutia, nos espetáculos “Auto da Compadecida”, dirigido por Gabriel Villela, e “Como a Gente Gosta”, dirigido por Eduardo Moreira. Dirigiu mais dez espetáculos, entre infantis, adultos, musicais e shows musicais, são eles:

  • Sem Medo de ser Elis da cantora Maria Tereza Costa  – 2018
  • Show “Dandara” da cantora Bia Nogueira – 2017
  • “Sapato Bicolor” com o ator Fabiano Persi – 2017
  • “O que você quer ser quando crescer?” – 2016 (direção de ator)
  • “Princesa Frida” – 2015
  • “Dois Perdidos Numa Noite Suja” – 2015
  • “Quem não casa, não ganha” – 2014
  • “Mundo Mágico do Sítio do Pica Pau Amarelo – 2013
  • “Pra lá do Arco-íris” – 2011
  • “A Laje” com o Grupo do Beco – 2009
  • “Se não morro de amores, morro!” – 2006 (direção de ator)

Foi indicada quatro vezes ao prêmio de melhor atriz em Belo Horizonte e três vezes indicada como melhor diretora de teatro infantil. Ganhou os prêmios de melhor atriz em 2005 e melhor diretora em 2011.

FABIANO PERSI, O ATOR

Formado pelo curso técnico para ator do Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado (Cefart), exerce o ofício há 20 anos. Tendo participado, desde então, de vários espetáculos de teatro em diferentes grupos, muitos deles de reconhecimento nacional, como a Cia Luna Lunera – BH, Cia Afeta – BH e Grupo Armatrux – BH. Foi indicado a 5 prêmios como melhor ator e ator coadjuvante em espetáculos adultos, e venceu duas premiações de melhor ator em espetáculos infantis. Além disso, também possui experiência na publicidade, participando de comerciais de TV, vídeos institucionais e de treinamento. No audiovisual, esteve em várias obras de curtas e médias metragens, séries de televisão e cinema, tendo como destaque os filmes “5 Frações de Uma Quase Estória” e a série “Poltrona 27” no Canal Brasil. É também sócio-administrador e escreve textos para a Cia Solo, empresa que desenvolve apresentações teatrais em eventos e treinamentos empresariais em todo território nacional, promovendo trabalho para muitos atores em Belo Horizonte.

Dentre os espetáculos que participou destacam-se:

  • Perdoa me Por me Traires. Direção: Kallúh Araujo / Cia Luna Lunera
  • Um Céu de Estrelas. Direção: Yara deNovaes
  • 180 Dias de Inverno. Direção: Nando Mota / CiaAfeta
  • Urgente. Direção: Miwa Yanagizawa e Maria Sílvia Siqueira Campo/Cia Luna Lunera
  • Um Gato para Gertrudes. Direção: Fafá Rennó / Cia Luna Lunera
  • O Rapto das Cebolinhas. Direção: Wilson Oliveira. Grupo Encena
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