Espaço de cultura, artes, entretenimento, conhecimento e emoções
Ontem
Em histórica e pioneira iniciativa (1941), o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubistchek, decide dar à ainda jovem capital um teatro moderno e solicita ao arquiteto Oscar Niemeyer a sua concepção com dimensões e recursos técnicos e artísticos para montagem e exibição de grandes espetáculos de todos os gêneros. O Teatro Metropolitano, de 1909, fora transformado no Cine Metrópole em 1941. Surgiu então o Grande Teatro do Palácio das Artes que integra o conjunto arquitetônico ampliado da Fundação Clóvis Salgado, com seus múltiplos espaços, corpos artísticos e atividades interdisciplinares, e que hoje a consolidam como o maior centro cultural do Brasil, talvez da América Latina, com reconhecimento internacional, propiciando experiências únicas, na sua diversidade cultural, linguagens artísticas e manifestações da criatividade humana.
Instituição múltipla na integralidade de sua atuação, suas atividades compreendem produção e montagem de espetáculos, óperas, concertos sinfônicos e corais, espetáculos de dança, apresentação de artistas nacionais e internacionais, mostras de artes plásticas, exibições cinematográficas e oficinas cenográficas, em apoio a criações artísticas. Tudo isso com imensa e variada presença de público. Além disso, a instituição também oferece gratuitamente, via editais de processo seletivo, instrução e qualificação de jovens artistas no Centro de Formação Artística e Técnica, o Cefart, em suas escolas de teatro, música, dança, artes visuais e tecnologia do espetáculo.
Coube ao governador Israel Pinheiro, a partir de 1966, retomar e ampliar as obras do conjunto arquitetônico, inauguradas em duas datas: a Grande Galeria em dezembro de 1970, com seus espaços integrados em edificação aberta para a Avenida Afonso Pena; e o Grande Teatro em 15 de março de 1971, com complementações e adaptações realizadas pelo arquiteto Hélio Ferreira Pinto e pelo engenheiro e cantor lírico Pery Rocha França. Mantida pelo Governo do Estado e patrocínios culturais, a Instituição integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
A Lei 5.455, de 10.01.1970, criou a Fundação Palácio das Artes que, em 1978, por decisão do então governador Ozanan Coelho, passou a chamar-se Fundação Clóvis Salgado, em homenagem ao médico, professor, ex-governador do Estado (1955/1956), ex-ministro da Educação e Cultura (1956/1959) e incentivador, por várias iniciativas, da cultura mineira.
Hoje
Atualmente, as áreas internas e externas do Palácio estão aptas a receber encontros, feiras, palestras e seminários. Os versáteis espaços são vitrines para espetáculos de teatro, dança, concertos, óperas, e demais manifestações artísticas tanto de seus próprios corpos artísticos como também para espetáculos de câmara e grandes shows nacionais e internacionais.
As galerias e teatros estão abertos a todas as expressões de artes visuais e cênicas.
O Cine Humberto Mauro, uma unanimidade entre cineclubes nacionais, acolhe mostras autorais, temáticas e populares; debates e sessões comentadas.
O conceito ‘Palácio Para Todos’ norteia as práticas e o trabalho das equipes, para tornar o Palácio das Artes um espaço coletivo, um exemplo de inclusão, acessibilidade, diversidade e equidade.
Assim, quase 55 anos depois, eis o Palácio das Artes como o conhecemos: o maior complexo cultural da América Latina, que reúne, em um mesmo local, palcos para todas as artes e manifestações culturais para todas as pessoas.