Criado por Sergei Prokofiev a partir da famosa tragédia de William Shakespeare, a obra marca a parceria inédita entre os corpos artísticos de Minas Gerais e do Paraná; público elogiou a produção, a sinergia entre músicos e bailarinos e a adaptação do clássico
“Adaptação perfeita! A música fez total sentido junto com a obra, e o conjunto ficou simplesmente incrível”. Assim a auditora fiscal Mariana Menezes definiu o espetáculo “Romeu e Julieta”, que aconteceu nos dias 28 e 29 de junho no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. A apresentação da obra de Sergei Prokofiev, uma adaptação da famosa tragédia de William Shakespeare, marcou a parceria inédita entre a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e o Balé Teatro Guaíra, do Paraná. Em ambos os dias, o teatro teve casa cheia para assistir à história de amor mais célebre de todos os tempos.
O maior palco do Palácio das Artes se transformou então em uma parte da cidade italiana de Verona, cenário do clássico enredo da literatura centrado na paixão de dois jovens vindos de famílias rivais. Sob a regência de Ligia Amadio, que também assina a direção musical, o espetáculo teve coreografia e direção-geral de Luiz Fernando Bongiovanni, e faz parte do repertório de grandes montagens do Balé Teatro Guaíra. Os amigos Atos e Priscila, que vieram assistir ao espetáculo juntos, elogiaram a sinergia entre músicos e bailarinos: “É fantástica a mistura do Balé com a Orquestra. É como se toda a obra estivesse viva na nossa frente”.Através de uma coreografia sensível, a montagem transporta os personagens para a contemporaneidade, estabelecendo conexões com o público por meio de sentimentos universais. Uma novidade marcante no espetáculo é a inserção das Parcas do Destino — um trio de figuras simbólicas da mitologia greco-romana que conduz as ações e dá novo ritmo à narrativa. O balé reforça a dramaticidade e a intensidade da obra original, levando o público a uma jornada emocional que fala de amor, perda, escolhas e consequências. O empresário Cláudio Junqueira foi um, dentre os milhares de espectadores nas duas apresentações, que aprovou a adaptação levada ao palco. “A produção em geral está excelente, com figurinos, cenários e iluminação muito expressivos. Mas o que mais me chamou a atenção foi como a obra foi bem traduzida através da dança e da música. Eu já venho sempre ao Palácio das Artes, e pretendo voltar muitas outras vezes”, prometeu.