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Poéticas Visuais
“Histórias para se olhar… imagens para transformar” é um projeto videográfico poético e experimental desenvolvido pelos estudantes do curso FIC, na disciplina “Novas Mídias e Arte Contemporânea”.
Topografias insurgentes: Inspirados por Andréa Lanna e pelo tema Quanto antes, mulher!, os estudantes transformaram imagens ordinárias em cartografias poéticas que exploram urgências, emergem de raízes ancestrais e conjugam corpos como territórios de memórias em revoluções. Através de experimentações com luz, cor e linhas, dobram a gravidade do mundo em delicadezas; dos rasgos de impermanência, incendeiam molduras; e do feminino (não como gênero, mas como força pulsante), apresentam o mundo em variações: um acontecer na vida!
Vídeo: Galatea
Alexandre Nery
Brasil, 2025, Mov, 1min1s.
“Galatea” é um vídeo experimental que evoca o mito de Pigmalião para explorar os limites entre criação, formas e desejos. Inspirado na linguagem visual de Andréa Lanna, o vídeo adota como eixo estruturante da narrativa a fragmentação, percorrendo uma figura feminina indissolúvel, que nunca se revela por inteiro.
Vídeo: Sobre as cores de um autorretrato
Clara Castro
Brasil, 2025,WMV, 1min3s.
Um pouco da trajetória de autoconhecimento e aprendizado que passamos como mulheres, em busca de uma percepção que nos permita caber dentro de nós mesmas. “Sobre as cores de um autorretrato” é uma analogia que traz o processo de observação de mim mesma por meio do desenho, como reconstrução da minha própria autoimagem e da liberdade como forma de expressão.
Vídeo: Sou(l)
Daiane Guimarães
Brasil, 2025, MP4, 52s.
A jornada feminina é tecida por metamorfoses incessantes – na carne, no espírito – e entretecida de sombras, como medos, incertezas e fragilidades. Ainda assim, avançamos: recalibrando direções, tombando sobre pedras, reconstruindo-se a cada passo. O mar acalma a alma… E sua alma, como está? Dispersa em movimentos, tentando se encontrar ou cansada de tentar?.
Vídeo: Penso, logo sou mulher! Jeguêrê
Daniel Andrade (Xark)
Brasil, 2025, MP4, 1min53s.
Uma mulher olha para o alto, um lugar de difícil acesso. Um corpo se oferece como apoio. Ela sobe, deixa sua marca. O gesto simples vira símbolo: dar suporte para que a mulher ocupe o espaço, seja vista, ouvida, lembrada. Arte como reparação. Presença como autoafirmação, protesto e poesia.
Vídeo: Emaranhado
Dara Santos
Brasil, 2025, MP4, 1min34s.
Uma linha vermelha atravessa o corpo e a memória. Entre lembranças da infância, a obra costura afetos e escolhas. O emaranhado não é confusão, é história. Ao fim, a água leva o fio, não como esquecimento, mas como um ritual de limpeza. Um gesto de reconciliação com o que se é e com o que já não precisa ser carregado.
Vídeo: Santíssima TRANSgressão
Felipe Palma
Brasil, 2025, Mov, 1 min.
Um corpo visível diante de um breu, de um lugar instalado. O que antes era cinza e apagado surge em luz, cores e gestos – uma transgressão das formas impostas. Um transpassar político, estético e ancestral.
Vídeo: A pintura em mim
Gabriela Rezende
Brasil, 2025, Mov, 1 min.
A passagem do tempo e o afeto… O vídeo explora as memórias, os afetos e o tempo através de camadas visuais: retratos familiares, processos pictóricos lentos de um longo tempo de pintura; integrando quem pinta à obra, refletindo a transitoriedade das lembranças e a fusão entre transformações e identidade.
Vídeo: Herança de Luanda
Laíra Luanda
Brasil, 2025, Mov, 1 min.
Um mergulho profundo na memória ancestral e na fluidez das águas. Entre reflexos de um espelho d’água e o acolhimento da natureza, uma figura envolta em um manto de força e herança negra dança com o tempo e com os ventos das yabás.
Vídeo: Não posso me esquecer de mim
Lúnia Martins
Brasil, 2025, MP4, 1min11s.
Entre as tramas da minha existência, seria eu uma cópia ou a concretização do início de um sonho? Os caminhos percorridos antes de mim ainda me molham e deixam terra em meus pés.
Vídeo: Que lugar eu pertenço?
Maju Rodrigues
Brasil, 2025, MP4, 1 min.
Uma figura feminina e abstrata percorre espaços históricos de Belo Horizonte, provocando deslocamento e estranhamento. Com uma estética inspirada na arte contemporânea e nas obras de Andréa Lanna, o vídeo investiga identidade, presença e pertencimento por meio de cortes rápidos, transições fluidas e uma trilha instrumental crescente. Uma performance visual que questiona o olhar, o corpo e o espaço urbano.
Vídeo: Entre ruídos e sonhos
Maria Flor Deslandes
Brasil, 2025, MP4, 1 min.
Um vídeo fantasioso encontrado em uma antiga fita VHS confunde o real com o imaginário.
Vídeo: Estamos em obras
Mateus Fernandes da Silva (FERSI)
Brasil, 2025, MP4, 52s.
Caminhar na cidade, nos conectar às pessoas e construir memórias. Há nomes que nunca chegaram às esquinas.
Vídeo: Rasto
Victória Aiko
Brasil, 2025, MP4, 1 min.
Um corpo em trânsito entre mundos. Não há início ou fim: há fluxo, invocação e escuta. Cada passo é chamado; cada silêncio, raiz.
Vídeos poéticos exibidos na programação da 15ª Mostra da Escola de Artes Visuais do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart/FCS), no Palácio das Artes, Belo Horizonte, Minas Gerais.