INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

O concerto Sobre tons – Som da Escravidão apresenta uma poderosa narrativa musical sobre as origens e transformações da música clássica no Brasil, trazendo à tona histórias quase esquecidas de resistência, beleza e liberdade.

Partindo da diáspora africana, o espetáculo mostra como os cânticos de dor e esperança entoados nos campos de algodão dos Estados Unidos ecoaram até os palcos do mundo, influenciando profundamente a formação cultural e musical do Ocidente. Nos Estados Unidos, escravizados ouviam de longe os hinos cantados nas igrejas e, sem dominar a língua inglesa, transformavam essas melodias em expressões de sua própria dor, fé e alegria. Dessa fusão nasceram cantos marcados por uma gramática imperfeita, mas repletos de verdade e espiritualidade — sementes de uma tradição musical que ressoa até hoje.

No Brasil, a história da música erudita também carrega uma forte presença negra: das primeiras orquestras às cantoras líricas que, saindo da condição de escravizadas, conquistaram espaço nos palcos da Europa. O concerto resgata a trajetória dessas mulheres e homens, representantes de um matriarcado negro da música lírica brasileira, que ajudaram a moldar a identidade cultural do país e cuja memória, tantas vezes silenciada, precisa ser celebrada.

Sob a regência da maestra titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Ligia Amadio, e com participação do Coral Lírico de Minas Gerais, preparado pelo maestro Lucas Viana, o espetáculo conta ainda com as solistas Edna D’Oliveira e Edineia de Oliveira, vozes que reforçam a potência da tradição lírica negra no Brasil.

Com sensibilidade poética, o concerto dá voz a essas narrativas, reafirmando a luta pela liberdade, pelo respeito, pela preservação da cultura afro-brasileira e pela igualdade social.

Como afirma sua essência: “A música erudita no Brasil tem cores, e uma delas é preta.”

Programa:

1- Batuque -Lorenzo Fernandes

2- O Kinimba – Hernani Braga – 1899

3- Hino da África – Hino religioso- Enoch Sontonga-1897

4- My Lord what a morning – Spiritual – anônimo

5- Grandioso és tu – Carl Gustav Boberg- 1885

6- Calvary – Spirutual- anonimus

7- Sometimes I feel- Give me Jesus – spiritual – anonimus

8- Citty Called Haven – spiritual – anonimus- arranjo vocal – Josephine Poelinitz

9- Amazing grace – John Newton- 1779

10- Abertura do Largo fac totum da ópera O Barbeiro de Sevilha – G. Rossini

11- Quem sabe – Carlos Gomes

12- Azulão – Heckel Tavares

13- Canção do amor – Heitor Villa-lobos

14- Habanera – George Bizet

15- O Leilao- Hanzel Tavares

16- Prece de São Benedito – Herve Cordovil

17- The Road Home – spiritual anônimo- arranjo -Stephen Paulus

18- Kyrie da missa afro brasileira – Carlos Alberto Pinto Fonseca.

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