Programação conta com apresentações de teatro, música, dança e outras expressões artísticas desenvolvidas pelos alunos do Centro de Formação
O generoso, bem recheado e antecipado presente de Natal, para todos os belo-horizontinos e visitantes da capital, de 22 de novembro de 2025 a 5 de janeiro de 2026, vem do Centro de Formação Artística e Tecnológica (CEFART) da Fundação Clóvis Salgado (FCS), no Palácio das Artes, com o Festival CEFART 2025.
Ontem! Hoje! Sempre! No norte do Palácio das Artes, se a excelência de seus corpos artísticos pertence à esfera do ontem e do hoje, o sempre está nas mãos do CEFART que, com seus alunos, é celeiro infinito de futuros artistas.
Daí a importância do festival, com programação para todos os gostos e idades. Da Escola de Tecnologia da Cena às apresentações de dança, passando pelos espetáculos de formatura em teatro, muita música e artes visuais.
Dias 22 e 23 de novembro, no Teatro João Ceschiatti, com entrada gratuita, o projeto da Mostra da Escola de Tecnologia da Cena homenageia o 55º aniversário da Fundação Clóvis Salgado (criada em 1970, à época com o nome Fundação Palácio das Artes).
Os estudantes selecionaram releituras e nova abordagem para quatro marcantes montagens na história da casa: os espetáculos de dança, “O Pássaro de Fogo” e “Pipiripau” e as óperas, “Turandot” e “A Flauta Mágica”.
A partir de revisão histórica e aprofundada pesquisa sobre cada montagem, os Cursos de Formação Inicial e Continuada: Figurino, Cenotecnia, Iluminação Cênica e Sonoplastia evidenciam todas as etapas do processo de produção dos bastidores teatrais. Dos figurinos e adereços até a construção de cenários, objetos de cena, iluminação cênica e sonoplastia.
Dia 26 de novembro acontece, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com entrada gratuita e classificação livre, o concerto de final de ano da Escola de Música do CEFART, “Afrobrasilidades”. Uma volta às raízes de nossa identidade musical. O espetáculo ilustra a riqueza da música brasileira e sua conexão direta com a África. Da obra erudita “Jubiabá”, de Carlos Alberto Pinto Fonseca, ao popular “Mama África” de Chico César, a diversidade de um repertório que representa as misturas culturais que nos definem e reforça a importância de nossa ancestralidade.
De 1º a 5 de dezembro, na Sala Juvenal Dias, o Recital de Formatura da Escola de Música do CEFART.
Dia 1º, Classe de violino e de viola. Dia 2, Classe de saxofone, piano e bateria. Dia 3, Classe de canto e clarineta. Dia 4, Classe de violoncelo e canto. Dia 5, Classe de violão.
Familiares, amigos e público verão o resultado do percurso de cada estudante. A partir de agora, novos artistas rumam à cidade aberta do cenário musical, dirigindo-se para a universidade e outros destinos sonoros.
De 29 de novembro a 6 de dezembro, “Talvez eu tenha aberto meus olhos no escuro e olhado”, espetáculo de Formatura do Curso Técnico de Teatro do CEFART, turma da noite, no Centro Interescolar de Cultura, Arte, Linguagens e Tecnologias (CICALT), bairro Horto.
Com classificação indicativa de 16 anos e entrada gratuita, a peça é um manifesto à vida. Livremente inspirada no livro “Só um pouco aqui” – “histórias de animais obrigados a se deslocar e enfrentar as mudanças com as quais se deparam” –, da escritora colombiana María Ospina Pizano e em reportagem sobre o barco que, em 2023, com 400 migrantes, ficou à deriva no mar Mediterrâneo, entre Itália e Malta, por mais de 24 horas, sem ajuda. Na embarcação, mulheres, incluindo grávidas, crianças e pessoas com deficiência que, como os animais de Pizano, se deslocavam e enfrentavam tudo.
“Corpo d’água”, espetáculo de Formatura do Curso Técnico de Teatro do CEFART, turma da manhã, acontecerá no Teatro João Ceschiatti, de 4 a 14 de dezembro.
Também com entrada gratuita e classificação indicativa de 16 anos, “Corpo d’água” tem como tema a chegada de um morto pelo rio adormecido, acordando a rotina de um povoado suspenso no tempo. Montagem inspirada no conto “O afogado mais bonito do mundo”, de Gabriel García Márquez, em que a aparição de um corpo desconhecido desperta indagações sobre a morte, a beleza e o pertencimento, em diálogo com o realismo fantástico.
No capítulo Escola de Dança, “Cosmos”, espetáculo de formatura e “Todo Mundo é um Mundo”, espetáculo de fim de ano, são apresentados nos dias 9 e 10 de dezembro, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com entrada gratuita. “Cosmos” celebra o encerramento de um ciclo; ideias, experiências e afetos tecidos no convívio e nas trocas dentro do CEFART. A voz de Caetano Veloso atravessa a cena, ampliando a poesia dos corpos e das imagens. Dança e música, rito e travessia se entrelaçam, revelando o instinto criador, as paisagens que inventamos e as formas de ver o que criamos.
“Todo Mundo é um Mundo” convida a descobrir os universos que habitam cada pessoa. A dança que reconhece a singularidade de cada corpo e, ao mesmo tempo, celebra os encontros, as coexistências e os atravessamentos entre mundos. A dança como força que une e transforma, inspirada por frases como: “Toda vez que eu dou um passo, o mundo sai do lugar”; “Você é único no mundo assim como todo mundo”; “Viver é a coisa mais rara do mundo”.
Por fim, a mostra “CHAMA – Travessia das memórias: Arte, Ancestralidade e Movimento”, 16ª mostra da Escola de Artes Visuais do CEFART, acontece de 12 de dezembro a 5 de janeiro. “CHAMA” é fruto do trabalho do corpo docente e dos estudantes, colocando em prática conteúdos abordados nos cursos regulares de Formação Inicial Continuada (FIC) em Assistência de Produção Cultural e nos cursos básicos de Arte/Educação, Curadoria e Expografia. A mostra, em sua décima sexta edição, é resistência, reinvenção e homenagem ao artista Jorge dos Anjos.