INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Em sua última exposição de 2025, o Palácio das Artes recebe esculturas de artistas do Centro-Oeste mineiro. “GTO: De Divinópolis para o mundo” traz produções de Geraldo Teles de Oliveira – conhecido como GTO –, Mário Teles e Alex Teles à Galeria Genesco Murta. Com período expositivo de 20 de dezembro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026, a mostra é uma forma de homenagem ao escultor, artista autodidata que começou a sua trajetória artística após reproduzir uma escultura que viu em uma série de sonhos. Com curadoria de Faber Barbosa, o conjunto expositivo é organizado de forma temática, destacando inicialmente as obras de GTO, que deram origem ao estilo artístico, acompanhadas das obras de seus familiares, seguindo a ordem: pai, filho e neto. As obras talhadas em madeira já estiveram em espaços expositivos de Divinópolis – cidade em que o artista viveu a maior parte de sua vida – e Ouro Preto. A abertura será no dia 19 de dezembro (sexta-feira), às 19h. A entrada é gratuita.

Nascido Geraldo Teles de Oliveira, em Itapecerica, na região Centro-Oeste, GTO passou a maior parte da sua infância e juventude em Divinópolis. Ele descobriu o seu talento para a escultura com mais de 50 anos. O artista foi inspirado por visões noturnas e sonhos recorrentes durante um período de sua vida. Após um desses episódios, nos anos 60, ele reproduziu uma escultura de madeira que viu, sem um aprendizado formal. Sua carreira foi alavancada e o artista passou a ser conhecido em Belo Horizonte após uma exposição individual na Galeria Guignard, em 1967. A partir daí, integrou importantes exposições coletivas, tanto no Brasil quanto no exterior, como a Biennale Formes Humaines, em Paris, em 1974; a 13ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1975; e a Bienal de Veneza, na Itália, em 1980. Suas obras apresentam temas variados, como as festas religiosas e as danças do interior. Ficou conhecido por utilizar peças inteiras de madeira para a criação de esculturas elaboradas e detalhadas, com figuras humanas, sugerindo ritmo e movimento. Seu filho, Mário Teles, e seu neto, Alex Teles, seguiram os passos do artista e também produzem obras a partir da técnica de GTO.

A exposição “GTO  de Divinópolis para o mundo” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Fundação Clóvis Salgado e Prefeitura de Divinópolis. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne mais de 50 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro.

Uma arte do povo — Ao longo de sua trajetória, GTO sempre atrelou a sua obra ao seu contexto. Nascido em uma família simples, o escultor conseguiu se projetar com uma arte rica e complexa, mas representou a simplicidade das coisas e da vida, deixando o seu legado para a família. O curador da mostra, Faber Barbosa, considera que um dos principais desafios do processo de produção foi a escolha do material disponível. “Os desafios para a realização da exposição passam pela seleção de obras que foram disponibilizadas em grande quantidade e enorme qualidade. Nesse sentido, contamos com o auxílio da própria família de artistas, principalmente o neto, Alex Teles, que nos orientou imensamente na escolha do acervo”, conta. O resultado dessa parceria, segundo Faber, é uma proposta curatorial que pode despertar no visitante a valorização dos saberes populares. “Pela capacidade de GTO e seus seguidores de tratarem sobre temas tão amplos, a ideia é que o público interessado reforce a perspectiva de que a arte e o potencial criativo não estão atrelados única e exclusivamente à formação acadêmica”, afirma o curador.

A Gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, Tairine Pena, também destaca a importância da exposição devido à valorização de um conhecimento produzido fora do ambiente acadêmico, pontuando também que os trabalhos são capazes de expandir a percepção do público sobre a riqueza cultural do nosso estado. “Encerramos o ano abrindo esta mostra com obras de artistas do Centro-Oeste de Minas Gerais, ocupando as galerias do Palácio com cinco exposições distintas que trazem arte e cultura produzidas por nós e para nós. Acredito que as peças de GTO, seu filho e neto nos fazem deslocar o olhar da capital e promovem debates importantes sobre aquilo que nos constitui enquanto povo. Esse distanciamento permite a contemplação de um estado mais diverso, com festas e tradições específicas. Além disso, há uma valorização dos saberes populares, muitas vezes negligenciados em detrimento do conhecimento acadêmico. Espero que após Divinópolis, Ouro Preto e BH, essa  itinerância passe por outras cidades de Minas”, afirma Tairine.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Palácio da Liberdade, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes, Palácio da Liberdade e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.

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