Desenho com carvão

Você já experimentou desenhar com carvão? Prepare o seu material e venha desenhar com a gente!

 

Atenção: crianças precisam estar acompanhadas por um adulto, devido à possibilidade de uso de fogo.

 

Materiais necessários:

– Papel

– Carvão ou caixa de fósforos

– Fósforos

 

Passo a passo:

O carvão é um material feito de madeira carbonizada. Desenhar com carvão é o método mais simples e antigo de desenho que se conhece.

Ele marca a superfície a ser desenhada com muita facilidade, por ser um material macio, cobrindo rapidamente grandes áreas. É possível conseguir efeitos de claro e escuro com o carvão, variando a pressão que se coloca na mão durante o desenho.

Nas Artes Visuais muitos artistas já exploraram, e ainda exploram, esse material. Podemos usar o carvão vendido em bastões, feito especialmente para desenho e outros trabalhos artísticos, ou substituir por carvão para churrasco. Se você não tiver o carvão em sua casa, pode produzir o carvão a partir de um palito de fósforo usado.

 

1° Para produzir seu desenho a partir do palito de fósforo, separe uma caixinha de fósforos e um papel cuja superfície não seja muito lisa, encerada ou brilhante. Um papel branco, comum, pode destacar mais o traço feito com o material. Você pode substituir os fósforos pelo carvão para churrasco. Nesse caso, selecione um carvão mais macio, que possibilite desenhar sobre o papel.

 

Figura 1: Materiais utilizados. Foto: Nathália Bruno.

 

2° Risque o fósforo e deixe-o queimar um pouco. Cuidado com o fogo perto de objetos inflamáveis, cortinas, roupas, móveis, papéis, entre outros. Esse passo deve ser feito ou acompanhado sempre por um adulto, para evitar acidentes.

 

Figura 2: Fósforo em chamas. Foto: Nathália Bruno.

 

3° Espere o carvão esfriar e desenhe sobre o papel.

 

Figura 3: Desenhando com fósforo carbonizado. Foto: Nathália Bruno.

 

4° Lembre-se de que o carvão é um material que não costuma se fixar muito na superfície. Por isso, se você passar a mão sobre o desenho, pode criar manchas. Aproveite essa propriedade do material para acrescentar sombras e formas feitas a partir de manchas no seu desenho.

 

    Figura 4: Desenho e fósforos. Foto: Nathália Bruno.

 

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Curiosidade:

Em 2017, a Fundação Clóvis Salgado recebeu a Itinerância da 32ª Bienal de Arte Contemporânea de São Paulo, intitulada Incerteza Viva. Artistas de diversas partes do mundo participaram da exposição, com trabalhos das mais variadas técnicas. Dentre os trabalhos, tivemos a oportunidade de conhecer o díptico Tears of Africa [Lágrimas da África] (1987-1988), da artista sul-africana Mmakgabo Helen Sebidi. Além de pintura e colagem, a artista usou desenho em carvão para produzir a obra. No que se refere à temática, segundo o site da 32ª Bienal, essa está ligada aos conflitos continentais, às formas ásperas como se constroem as relações humanas nas grandes cidades e à degradação das estruturas familiares, ocasionada pelo regime segregador em vigor na África do Sul entre 1948 e 1994.

 

Figura 5: Obra Tears of Africa na Galeria Genesco Murta, Palácio das Artes. Foto: Paulo Lacerda.

 

Referência:

Participantes da 32ª Bienal de Arte Contemporânea de São Paulo. Disponível em: <www.32bienal.org.br/pt/participants/o/2558>. Acesso em: jul. 2020.

 

Sobre os autores:

Giovane Diniz é licenciado em Artes Plásticas, mestrando em Artes Visuais, artista plástico, professor e mediador cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Nathália Bruno é bacharel e licenciada em Artes Plásticas, especialista em Ensino de Artes Visuais e Tecnologias Contemporâneas, professora e mediadora cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.