INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Em agosto, o ciclo “A Vida em 24 Horas” retorna com uma proposta curatorial que explora o thriller enquanto gênero capaz de condensar a experiência humana na tensão do tempo restrito. Esta edição convida o público a acompanhar uma série de filmes em que as narrativas se desenrolam em pouco tempo, revelando personagens que, imersos em dilemas extremos, precisam tomar decisões que moldam irrevogavelmente seus destinos. A temporalidade acelerada torna-se, assim, não apenas um elemento estrutural do roteiro, mas um verdadeiro protagonista da história, implacável e impositivo, que transforma gestos cotidianos em atos carregados de significado e urgência.

O thriller, gênero marcado pela ambiguidade moral, pelo suspense e pela manipulação da expectativa, encontra na relação do ser humano com o tempo um elemento extraordinário, uma pulsação constante que impõe ritmo, gera tensão e revela o impacto gerado pela pressão do imediato nas escolhas dos personagens. A mostra reúne obras emblemáticas, desde clássicos como Festim Diabólico até produções contemporâneas como O Convite.
A programação evidencia a diversidade de abordagens dentro do gênero, contemplando desde o rigor formal e a economia narrativa de Punhos de Campeão (1949), de Robert Wise, que acompanha uma luta de boxe em tempo real, até o comentário social e o suspense tenso de Assalto à 13ª DP (1976), de John Carpenter, onde a sobrevivência em um ambiente hostil se torna metáfora para questões mais amplas.

Um ponto alto da mostra será a sessão comentada de Olhos de Serpente (1998), dirigido por Brian De Palma, com análise de José Ricardo Miranda Jr., professor, pesquisador e curador. A discussão promete aprofundar as técnicas de manipulação visual e narrativa que caracterizam o suspense contemporâneo, iluminando o modo como o controle do tempo interno do filme amplifica a experiência do espectador.

Ao focar em narrativas que se desenrolam em 24 horas ou menos, a mostra propõe uma reflexão sobre a vida em sua dimensão mais efêmera e urgente. Nos thrillers aqui selecionados, o tempo vivido é tempo narrado em sua forma mais condensada — um microcosmo em que o instante é decisivo, o gesto é radical e a espera é impossível.

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