INGRESSO

INTEIRA R$ 30

MEIA R$ 15

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) apresenta ao público um concerto que reflete o protagonismo feminino em nossa sociedade. Sob a regência da maestra Cibelle Donza, de Belém do Pará, “Mãe Terra” será apresentado nos dias 11 e 12 de março, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. O programa oferece uma jornada musical, explorando composições distintas, tanto históricas quanto contemporâneas, e destacando a força das mulheres e da natureza, como na peça “Da Terra”, de autoria da maestra, e “Amor Brujo”, de Manuel de Falla. A flautista Nara Franca, integrante da OSMG, será solista. Haverá, ainda, participação da bailarina Anahí Poty, integrante da Cia de Dança Palácio das Artes. Na quarta-feira (12/3), o repertório completo será apresentado às 20h. Os ingressos para o evento estão disponíveis por R$15 (meia-entrada) e R$30 (inteira), na Eventim e na bilheteria do Palácio das Artes. Já na terça-feira (11/3), serão apresentados trechos do concerto, ao meio-dia, com entrada gratuita

O programa conta com obras como ”D’un Matin du Printemps” (em tradução livre, De Uma Manhã da Primavera), de Lili Boulanger, “Concertino para Flauta e Orquestra”, de Cécile Chaminade, “Suíte Chiquinha Gonzaga”, em um arranjo de Ziza Padilha, “Da Terra”, e, por fim, “Amor Brujo”, de Manuel de Falla. Cada uma das peças apresenta uma visão única do mundo musical, seja pela suavidade da primavera, pelo virtuosismo romântico, pela energia brasileira ou pela magia da música espanhola, resultando em uma experiência auditiva rica e multifacetada. Além disso, o espetáculo promete ser uma noite de esplendor sonoro, explorando o poder da flauta como instrumento solista, em diálogo com a orquestra.

O espetáculo “Concerto em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher  Mãe Terra” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

Reafirmando o papel da mulher no clássico O programa do concerto reúne, em sua maioria, peças compostas por mulheres ao longo do tempo. Além de refletir sobre uma data que marca a luta pela equidade de gênero, a seleção também dá visibilidade para essas compositoras, que enfrentaram diversos obstáculos para a realização de seus trabalhos. “É importante porque, historicamente, as compositoras foram invisibilizadas por muito tempo. Não é que não existissem mulheres compondo, mas elas raramente eram estimuladas, divulgadas ou tinham acesso às mesmas oportunidades que os homens. Muitas, inclusive, eram proibidas por seus pais ou maridos de seguir carreira e se desenvolver profissionalmente na composição”, conta a regente Cibelle Donza.

A maestra destaca o potencial desta noite em instigar o público a refletir sobre a posição das mulheres na música clássica. “A mensagem que esperamos transmitir é a de que as mulheres sempre estiveram presentes na composição e na performance, criando obras de grande valor artístico. Queremos que o público não apenas se encante com a beleza dessas músicas, mas também reflita sobre a importância de ampliar o olhar para além do repertório tradicionalmente estabelecido, garantindo que mais vozes femininas sejam ouvidas e celebradas. Tudo isso dentro de um concerto que também dialoga com a natureza e sua simbologia”, reforça a regente.

Além de colocar em evidência, a maestra acredita que o espetáculo pode inspirar outras mulheres a interessarem-se pelo universo da composição musical. “Destacar compositoras em um concerto como este é uma forma de dar visibilidade a essas compositoras e evidenciar a qualidade e refinamento de suas obras. Esse reconhecimento amplia a compreensão sobre suas músicas e seus contextos histórico-sociais e, por que não, inspira o surgimento de novas compositoras?”, afirma.

Um toque amazônico Convidada para reger o espetáculo, Cibelle Donza é maestra e compositora natural de Belém, no estado do Pará. Atualmente, Donza é diretora artística e maestra titular da Orquestra Filarmônica da Amazônia (Orquestra FILMA). Ela se tornou mestre em regência orquestral pela Ithaca College, em Nova Iorque, onde foi agraciada com prêmios em forma de bolsa de estudos por mérito nas audições, após conquistar a única vaga disponível neste programa. Segundo ela, o convite para estar à frente da Orquestra Sinfônica na apresentação em homenagem ao Dia das Mulheres foi recebido com grande alegria.

“Fiquei extremamente honrada com o convite para reger este concerto, especialmente porque a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais se destaca entre as orquestras brasileiras por ser uma das duas no país com uma mulher como maestra titular e diretora musical. Isso torna este momento ainda mais significativo para mim, pois a maestra Ligia e a orquestra demonstram, ao longo de suas programações, um compromisso real com a equidade de gênero, refletido na presença constante de compositoras, solistas e convidadas. É gratificante ver que, nesta orquestra, a valorização das mulheres na música não se limita a uma ocasião pontual, mas é um princípio contínuo. Estar à frente de um concerto especial  que reforça essa temática torna este momento ainda mais marcante para mim”, destaca a regente.

No programa, Cibelle também apresenta uma de suas composições, “Da Terra”. Feita em 2023, a obra faz parte de um ciclo de composições que se relacionam pela temática geral e pelo processo composicional. As peças do ciclo tem como ponto de partida reflexões sobre a eternidade e o caráter efêmero e transitório do ser humano no planeta. Para além da tradição europeia, Donza traz em seu trabalho elementos caracteristicamente amazônicos, desde instrumentos até o som de sementes. 

“A obra se desenvolve como um amálgama entre a tradição europeia e a música das Américas, com ênfase nos aspectos rítmicos e harmônicos, além de trazer um sabor distintamente amazônico. Para isso, incluí instrumentos emblemáticos da sonoridade amazônica, como sementes de sapucaia, maracas e o banzeiro, criando uma combinação sonora típica do Lundu Marajoara. Além disso, adaptei alguns poemas da poeta indígena Márcia Kambeba, da etnia Omágua/Kambeba do povo Tikuna, incorporando uma parte cantada em tupi à obra, que será interpretada pelos próprios músicos da orquestra”, explica.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto –, Concerto nos Parques, Concertos Comentados e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Palácio da Liberdade, espaços geridos pela FCS. A instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes, Palácio da Liberdade e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.

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