Levar o público a sensações contrastantes, opostas, mas encapsuladas em um único espetáculo, é o objetivo do concerto “Paixões Extremas”, da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG). A apresentação terá regência da maestra titular, Ligia Amadio, e participação especial da mezzosoprano convidada Carolina Faria. No repertório, obras de Ludwig van Beethoven, Gustav Mahler e Piotr Ilyich Tchaikovsky garantem uma noite de emoções musicais intensas. O concerto será no dia 8 de outubro, quarta-feira, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Palácio das Artes e pela plataforma Eventim, a R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada). No dia 7 de outubro, a OSMG apresenta trechos do repertório gratuitamente, ao meio-dia, sem retirada prévia de ingressos.
A noite se inicia com a ‘Abertura Coriolano’, de Ludwig van Beethoven, uma obra sinfônica vigorosa e dramática, composta em 1807, pelo compositor alemão, para a tragédia homônima do austríaco Heinrich Joseph von Collin. O contraste entre a força impetuosa e os momentos de lirismo traduz o conflito interior do general romano que dá nome à peça, uma das figuras ilustres da história da República Romana, registrada no célebre livro ‘Vidas Paralelas’, de Plutarco. Na sequência, a soprano Carolina Faria interpreta os ‘Rückert-Lieder’, de Gustav Mahler. “Lied”, na tradição da música clássica ocidental, são canções feitas a partir de um poema escrito. Nessas obras, escritas entre 1901 e 1902, o compositor checo-austríaco musicou poesias de Friedrich Rückert, criando um espaço de recolhimento e delicadeza, distante da grandiosidade sinfônica que consagrou o compositor. São canções que falam do amor, da solidão e da busca pela paz interior
Encerrando o programa, a orquestra interpreta a ‘Sinfonia n. 6 em si menor’, de Piotr Ilyich Tchaikovsky, de 1893. Conhecida como “Patética”, última obra sinfônica do compositor russo, a peça é carregada de lirismo, melancolia e dramaticidade e é considerada seu testamento musical. O próprio Tchaikovsky colocou a alcunha de “Patética”, mas com significado diferente de “ridículo” ou “digno de desdém”, do português atual: patético tem a raiz em pathos, palavra grega que traduz paixão, afeto e sofrimento. Com sua estrutura inovadora, que culmina em um movimento final sombrio e resignado, a sinfonia se tornou um dos marcos mais expressivos do repertório orquestral.
O concerto “Paixões Extremas” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo FrediZak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH, da ArcelorMittal e da Usiminas, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC) e pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro.
Parceria longeva com a Fundação Clóvis Salgado – Natural de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, Carolina Faria iniciou sua vida artística profissional aos 19 anos no coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde estreou como primeira solista aos 24 anos na ópera “I Capuleti e i Montecchi”, de Vincenzo Bellini. Somou sua voz a grandes orquestras e conjuntos de câmara em diversas casas de música do país, com repertório amplo, reunindo ópera, oratório, canção sinfônica, música de câmera e vanguarda. Bacharel em canto pela Escola de Música da UFRJ e pós-graduada em Psicologia Positiva pela PUC-RS, a cantora lírica também atua como comunicadora. Dentre seus projetos, fez parte do portal de podcasts Podsim, feito por mulheres, e narrou os cinco episódios do “Ópera! O podcast da Música Lírica”, editado pela Revista Concerto, em parceria com a Fundação Clóvis Salgado. Há mais de 10 anos, Carolina Faria canta com os corpus artísticos da Instituição. “Desde 2014 eu canto com os corpus artísticos da Fundação Clóvis Salgado, sempre com prazer renovado. É gratificante que meu trabalho artístico esteja à vista no Palácio das Artes, um espaço tão destacado na produção artística nacional, que acolheu também minhas atividades como comunicadora, com o podcast, em parceria com a Revista Concerto. Para ‘Paixões Extremas’, eu subo no palco com o dever de honrar essa relação fecunda que mantenho com o Palácio das Artes e levar o melhor para o público”, afirma.
ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto –, Concerto nos Parques, Concertos Comentados e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete, entre outros diversos equipamentos. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.