A mostra “Curta Circuito” chega aos 25 anos celebrando a força e a diversidade do cinema brasileiro. De 11 a 15 de novembro, o Cine Humberto Mauro recebe o “Festejo Tupiniquim”, uma edição comemorativa que revisita filmes emblemáticos exibidos ao longo da história da mostra — um gesto de memória e gratidão a todos que, há um quarto de século, mantêm acesa a chama da cinematografia nacional.
Criada em Belo Horizonte, a Mostra Curta Circuito é uma das mais extraordinárias iniciativas dedicadas à difusão do cinema brasileiro.Trazendo ao público obras nacionais, a mostra se consolidou como um espaço de encontro entre gerações de cineastas, públicos e ideias, preservando o acesso gratuito e o compromisso com o olhar crítico e sensível sobre o país e sua produção audiovisual.
Nesta edição especial, o Festejo Tupiniquim convida o público a revisitar títulos fundamentais que marcaram a trajetória da mostra e o imaginário do cinema nacional. Entre os destaques estão Simonal: Ninguém Sabe o Duro que Dei (Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, 2009), Ladrões de Cinema (Fernando Coni Campos, 1977), Ato de Violência (Eduardo Escorel, 1980), Espelho de Carne (Antonio Carlos da Fontoura, 1984) e Eros, o Deus do Amor (Walter Hugo Khouri, 1981).
A programação também resgata curtas que ajudaram a construir a identidade da mostra — Palíndromo, Porto de Santos, Na Sua Companhia, Vala Comum, Juvenília, Os Sapatos de Aristeu, As Aventuras de Paulo Bruscky, O Sanduíche e O Duplo — obras que, em suas formas e temas, revelam a vitalidade do curta-metragem como espaço de experimentação e liberdade.
Além das exibições, o público poderá participar de bate-papos com realizadores e convidados especiais, como Cláudio Manoel, Eduardo Escorel, Nicole Puzzi, Rubinho Jacobina e Donny Correia — este último também participa do lançamento do livro O cinema de Walter Hugo Khouri (Cosac, 2025), acompanhado de uma conversa sobre a obra do cineasta paulista.
Mais do que um panorama histórico, a edição comemorativa reafirma o Curta Circuito como um projeto vivo, atento às transformações da linguagem e às urgências do nosso tempo. Entre memórias e reinvenções, o Festejo Tupiniquim celebra o cinema como espaço de resistência, imaginação e afeto — um convite a olhar o Brasil pelas lentes que nos formaram e continuam a nos mover.
