INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Após uma temporada de sucesso em Belo Horizonte, a Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA) apresenta o espetáculo “Carmen” no Teatro Municipal Dom Silvério Gomes Pimenta, localizado no Centro Cultural da Romaria, em Congonhas. Serão duas apresentações: no sábado, 28 de junho, às 20h, e no domingo, 29 de junho, às 18h. A classificação indicativa é livre e a entrada é gratuita. A obra conta a história da personagem-título, uma mulher cigana sedutora que luta pela liberdade de tomar suas próprias decisões e amar quem quiser. Ao conhecer Don José, a protagonista acaba enfrentando o amor possessivo que ele nutre por ela. 

A Cia de Dança Palácio das Artes subirá ao palco apresentando a versão de “Carmen” do russo Rodion Shchedrin (1932-), sob a direção geral e coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do Balé Teatro Guaíra, localizado em Curitiba (PR). Reconhecido por seu trabalho inovador e pela capacidade de unir diferentes linguagens artísticas, o coreógrafo traz uma visão contemporânea para a obra clássica, enriquecendo ainda mais a sua narrativa. Nesta montagem, ele apresenta uma versão inovadora da criação de Bizet, reinterpretando a paixão e o drama da história através de movimentos coreográficos que capturam a essência dos personagens e suas emoções.

A obra original é uma ópera em quatro atos do compositor francês Georges Bizet, com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy, baseado no romance homônimo de Prosper Mérimée. A montagem estreou em 1875, no Opéra-Comique de Paris, e não foi bem recebida pelo público e crítica. A narrativa se afastava de outras tramas tradicionais da época, justificando a aversão dos franceses. Após uma apresentação realizada em Viena, em outubro do mesmo ano, a produção foi bem recebida pelo público austríaco e reconhecida como um sucesso.

O espetáculo “Carmen” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Fundação Municipal de Cultura Lazer e Turismo de Congonhas – FUMCULT e Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada através do Termo de Fomento 001/2024 entre a Fundação Clóvis Salgado e a Fundação Municipal de Cultura Lazer e Turismo de Congonhas e por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. 

Uma obra ainda contemporânea –  Os eventos de Carmen acontecem na Espanha do século XIX. A ópera de Bizet, ao trazer uma protagonista feminina que não se submete à vontade masculina e luta para definir o seu próprio destino, demonstra uma narrativa à frente dos ideais compartilhados pela sociedade francesa da época, acostumada a personagens subservientes, pudicas e de moral inabalável. Além disso, o fim trágico da protagonista traz à tona uma questão social que se faz relevante ainda na contemporaneidade. 

Sônia Pedroso, diretora da Cia de Dança Palácio das Artes, comenta sobre o caráter contemporâneo que a história de Carmen proporciona. “A ópera ‘Carmen’ fala sobre o feminicídio, um assunto extremamente atual. O mais interessante é trazer a contemporaneidade nessa obra, de dois séculos atrás, porque ela aborda um assunto que ainda é da nossa época e se estende por muito tempo. Além disso, a narrativa trata sobre as relações, uma situação cotidiana, de sempre” define.

O coreógrafo Luiz Fernando Bongiovanni ressalta que a discussão sobre o feminicídio foi um dos motivos que levaram a esta produção em específico. “Vale lembrar que a escolha de ‘Carmen’ se deu por atender alguns requisitos que acho fundamentais no processo de trabalho de companhias oficiais. Por um lado é um diálogo com a tradição, seja a partir do texto original de Prosper Mérimée, seja da ópera de Georges Bizet. Ambas são parte de uma tradição ocidental a respeito do assunto que se torna um segundo ponto importante, o desejo de endereçar a questão do feminicídio, no mundo e no Brasil”. 

CIA DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES – A Cia de Dança Palácio das Artes é reconhecida nacionalmente, sendo referência para a história da Dança em Minas Gerais. Foi institucionalizada, em 1971, pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), por meio da fusão dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite. Atualmente, desenvolve repertórios de dança contemporânea e atua também nas óperas da FCS. Tendo a cocriação e a transdisciplinaridade como pilares, a CDPA desenvolve pesquisas quanto à diversidade do intérprete na cena artística contemporânea, estabelecendo frutífero diálogo entre tradição e inovação. Ao longo de seus 53 anos de atuação, já se apresentou em várias cidades de Minas e em diversas capitais do Brasil, além de países como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

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