No repertório, músicas de sucesso e pérolas de seu último álbum.
Um dos principais artistas da Música Popular Brasileira, o cantor e compositor João Bosco desembarca em BH com a sua nova turnê, “Boca Cheia de Frutas”, no dia 6 de setembro, às 21h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Os ingressos estão disponíveis no site Eventim.com.br e nas bilheterias do Palácio das Artes.
João Bosco completou recentemente 50 anos de uma das mais importantes carreiras da Música Popular Brasileira, atravessados aguerridamente pelo cantor e compositor com um compromisso inabalável: a qualidade de sua produção musical.
Um dos grandes mestres da canção popular brasileira, João nunca se rendeu a modismos, ou se desviou do caminho que decidiu traçar e que o levou de sua pequena Ponte Nova, no interior de Minas Gerais, até os mais importantes palcos do Brasil e do mundo.
Mineiro de alta patente, sua timidez restringe-se ao convívio pessoal, pois, no palco, João Bosco, com seu inconfundível violão, torna-se um gigante, hipnotizando plateias com dezenas de sucessos que marcaram a história do Brasil, como “O Bêbado e a Equilibrista”, “O Mestre Sala dos Mares”, “Bala com Bala”, “Kid Cavaquinho”, ”Falso Brilhante”, “De frente pro crime”, “Rancho da Goiabada”, dentre tantas outras canções inesquecíveis.
Em seu autorretrato, apresenta-se como um artista cuja “boca é toda ouvidos para o meu coração” e com “ouvidos que atentam para outras bocas”.
Diz ainda ser “amamentado” pelo seu violão e “morar na estrada” concluindo: “sem saber quem sou e nem porque vim, eu vou.”
E a sorte é toda nossa de poder acompanhar a continuidade da linda trajetória desse grande artista “estradeiro”, artesão caprichoso que segue tecendo as melhores tramas musicais por todo o mundo!
Em maio de 2024, João Bosco em sintonia com a profecia de Ailton Krenak, que afirmou ser dos povos originários que virá a cura, o adiamento do fim do mundo, e com a sabedoria de quem sabe ver o futuro que a origem guarda, destilada há décadas nas cordas de seu icônico e inconfundível violão, lançou seu primeiro álbum de inéditas, desde 2020, “Boca Cheia de Frutas”, indicado pelo Jornal “O Globo”, como um dos mais importantes lançamentos fonográficos do ano.
Na contramão da realidade atual, o canto de João veio pintado com as cores fortes das frutas e das florestas tropicais, vislumbrando um futuro auspicioso, com o anúncio de fartura brotada de um solo fértil tornado alimento: uma elegia à abundância, para dar fim a todo tipo de fome.
Recorrendo ao canto yanomami “wakuru, wakuru Këëi moramakï wakuru wakuru wakuru Këëi” (boca cheia, boca cheia, boca cheia, boca cheia de frutas, boca cheia, boca cheia) entoado repetidas vezes ao final do álbum, João Bosco nos brindou com uma metáfora auspiciosa de futuro, trazendo ainda uma tocante homenagem à Tom Jobim, ao seu grande parceiro Aldir Blanc, e uma releitura muito especial de “Cio da Terra”, de Milton Nascimento.
E é com todas essas cores, alegria e otimismo, que João Bosco volta aos palcos, em 2025, com o show “Boca Cheia de Frutas”, jogando luz na desesperança e comungando da crença em dias melhores, apesar de tantas dores atuais, para receber o público com seu brilhante e inesquecível repertório, consagrado como temas em inúmeras novelas e trilha sonora de nossas memórias afetivas, trazendo ainda as pérolas de seu último álbum.
Um show para ser feliz, emocionar, acreditar e cantar junto.
SOBRE JOÃO BOSCO
João Bosco nasceu em Ponte Nova, Minas Gerais, no dia 13 de julho de 1946. Cantor, compositor e violonista, viveu sua infância ao lado de 09 irmãs e irmãos, em um ambiente modesto, porém bastante musical.
O bandolim, o piano, o canto e o violino faziam parte de seu cotidiano familiar e, aos 12 anos de idade, ganhou de uma de suas irmãs um violão verde, seu primeiro instrumento. Apaixonado por Elvis Presley, Ray Charles, e seus contemporâneos cujos discos chegavam até Ponte Nova, passou a integrar o conjunto de rock X-Gare, referência à música “She’s got it”, sucesso de Little Richard.
Alguns anos depois, ingressou na Escola de Minas, em Ouro Preto, cursando Engenharia Civil, cidade onde também conheceu Vinícius de Moraes, um encontro que o fez unir-se irrevogavelmente e eternamente à sua música. Apesar de não deixar de lado os estudos, dedicava-se sobremaneira à carreira musical, influenciado principalmente por gêneros como o Rock, o Blues, o Jazz e a Bossa Nova.
Em 1972, teve sua primeira gravação fonográfica, marco inicial de sua profissionalização, no projeto Disco de Bolso, do jornal O Pasquim, onde um artista consagrado apresentava um artista jovem, a ser revelado ali. João Bosco apareceu no lado B de Tom Jobim, que lançava no lado A aquela que viria a ser uma das mais emblemáticas canções brasileiras, “Águas de Março ”, enquanto Bosco lançava sua parceria com Aldir Blanc, “Agnus Sei”
O disco se chamava: O Tom de Antônio Carlos Jobim e o Tal de João Bosco.
De 1972 até hoje, foram mais de 32 álbuns com grandes sucessos e trilhas de novelas que marcaram gerações.