INGRESSO

a partir de

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

“Doze Homens e uma Sentença” (1957), do diretor Sidney Lumet – cujo centenário é celebrado este ano e foi tema de uma mostra no Cine Humberto Mauro em maio – se tornou um dos clássicos do cinema norte-americano e um dos filmes de tribunal mais aclamados. O que poucos sabem é que a trama é uma adaptação de uma peça de 1954 escrita por Reginald Rose, roteirista e dramaturgo que posteriormente venceu um Emmy pelo roteiro adaptado, além de ter sido indicado ao Oscar. A peça original inspirou o novo espetáculo dos alunos do Curso Técnico em Teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), “Juízo”. Para celebrar a formatura da turma da manhã, os alunos do Cefart apresentarão a montagem do espetáculo dos dias 5 a 15 de dezembro.

A história é a mesma do filme: doze jurados escolhidos aleatoriamente precisam decidir se um adolescente acusado de matar o pai é culpado ou inocente. A maioria está decidida a condená-lo à morte, mas um deles começa a questionar se o jovem de fato cometeu o crime. O veredito, porém, precisaria ser unânime para condená-lo ou não. Sob a direção de Guilherme Diniz e Jhonny Salaberg, a peça será encenada em duas semanas: na primeira, será nos dias 5, 6 e 8 de dezembro e, na segunda, de 11 a 15 de dezembro. As apresentações ocorrerão na Funarte-MG, no centro de Belo Horizonte, de quinta a domingo, às 19h. A classificação indicativa é de 14 anos e a entrada é gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1h antes do início do espetáculo. Nas sessões de domingo, haverá intérprete de Libras.

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o espetáculo “Juízo”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura e Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

Uma obra que suscita reflexões – Adaptado de um texto escrito em 1954, durante um período de intensificação das lutas pelos Direitos Civis nos Estados Unidos, “Juízo” atualiza a discussão sobre justiça, relações de poder e as desigualdades que permeiam a sociedade contemporânea. O convite para dirigir a peça representou um grande desafio para Guilherme Diniz e Jhonny Salaberg, tanto por se tratar da estreia de ambos nessa função quanto pela oportunidade de trabalharem juntos. A turma procurou-os com o objetivo de pesquisar, de forma conjunta, noções históricas de poder e a invenção do “outro” como uma ideologia que busca justificar hierarquizações sociais. Após debates e reflexões, optou-se por “Doze Homens e Uma Sentença”, por tratar das relações de poder no contexto jurídico, um dos âmbitos em que as desigualdades sociopolíticas se manifestam com mais evidência.

Para se aproximarem da obra, diretores e elenco mergulharam em um laboratório teórico-prático, analisando as estruturas dramatúrgicas do texto e explorando as materialidades emergentes nas relações entre corpo, espaço, verbo e ação. O trabalho priorizou o estudo da palavra em suas dimensões poéticas, sinestésicas e físicas, utilizando-a como o principal elemento para criar uma cena que dialoga tanto com os personagens quanto com o público. A montagem explora a articulação verbal, o ritmo das frases e os maneirismos na pronúncia. “Aí está o coração dessa montagem: o osso da palavra. Em torno de uma mesa, o diálogo se instaura, ora pacífico e apaziguador, ora espinhoso e explosivo. No centro, o destino de um adolescente entre a vida e a morte, a culpa e a inocência, atraindo o olhar para as complexidades sociais constantemente atualizadas em épocas e espaços distintos”, adiantam os diretores.

As personagens, identificadas apenas por números, são esboços de tipos sociais sem histórias ou personalidades completamente definidas, desafiando o elenco a preenchê-las. Em julho, a turma encenou o espetáculo “Abarrotado”, que é ambientado em um boteco tipicamente brasileiro e retrata, com tons de realismo mágico, uma família abarrotada de desejos, sonhos e verborragias. As duas peças se propõem a serem apresentadas em um formato de arena, mas a abordagem de “Juízo” é diferente tanto nesse aspecto quanto na questão dos elementos fantasiosos. 

“No caso de ‘Juízo’, queremos o público próximo, engajado com o que está acontecendo, mas sem participar diretamente da ação cênica, algo que acontecia em ‘Abarrotado’. No espetáculo anterior, tivemos que aprender a nos abrir e abraçar o público, trazendo-o para dentro do jogo. Já em ‘Juízo’, a proposta é o extremo oposto: como tornar o jogo interessante o suficiente para o público assistir, mas sem que ele participe ativamente da ação. Esse é um desafio por si só, porque envolve manter a quarta parede. É olhar para uma plateia que está ali, que você consegue ver, às vezes composta por pessoas que você conhece, mas, para a personagem, essas pessoas são apenas uma parede. Existe uma relação muito interessante entre essas duas abordagens, e é curioso ‘fechar essa porta’ para o público em ‘Juízo’, uma porta que mantivemos aberta em ‘Abarrotado’. E há algo muito bonito em apresentarmos duas peças em formato de arena, no mesmo espaço. Isso traz uma sensação muito boa de continuidade. Em alguma medida, o que vivemos em ‘Abarrotado’ nos ajudou muito neste processo, por mais diferentes que as peças possam parecer à primeira vista”, conta o aluno Pedro Trad.

Ficha técnica do espetáculo “Juízo”

  • Elenco: Allan Visant, Ari Beles, Beatriz Regina, Carlos Lin, Felipe Jawa, Luan Olímpio, Marcela Félix, Pedro Trad, Thanya Canela, Thawine Vieira e Will Jadir.
  • Texto: Reginald Rose
  • Dramaturgismo: Guilherme Diniz e Jhonny Salaberg
  • Assistência de direção: Amora Tito
  • Participação especial (voz off): Maurício Tizumba
  • Preparação corporal e Direção de movimento: Luiz Carlos Garrocho
  • Preparação vocal: Isabela Arvelos
  • Direção de Arte (cenografia e figurino): Luiz Dias
  • Assistência de cenografia e figurino: Davy Rausch, Isabella França, Isabella Ibrahim e Raquel Carvalho
  • Cenotécnico: Helvécio Isabel
  • Trilha sonora original: Black Josie
  • Operação de som: DJ Soulpolis
  • Desenho de luz: Veec Santos
  • Operação de luz: Gabriela Meneses
  • Produção: Fabiana Brasil
  • Identidade visual: Felipe Jawa e Pedro Trad

CEFART – O Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, da Fundação Clóvis Salgado, é responsável por promover a formação em diversas linguagens no campo das artes e em tecnologias do espetáculo. Referência em formação artística, o Cefart possui amplo e inovador Programa Pedagógico para profissionalizar e inserir jovens talentos no mercado de trabalho da cultura e das artes. Diversas gerações de artistas e técnicos foram formadas ao longo dos quase 50 anos de atividades, com forte impacto no fazer artístico de Minas Gerais. São oferecidas, gratuitamente, oportunidades democráticas de acesso à formação cultural diversa, por meio de Cursos Técnicos, Básicos, de Extensão e Complementares, com grande repercussão social. 

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

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