“A Dança dos Signos” é um fenômeno de sucesso. O que faz com que um espetáculo bata todos os recordes de público? A qualidade das músicas? Textos que vão direto à alma de quem o assiste? Arranjos inspirados? A sensibilidade mesclada ao humor? Alguma coisa que se captou do inconsciente coletivo? Ninguém sabe explicar, mas esses acontecimentos ocorrem muito raramente e têm que ser celebrados.
Para comemorar seus setenta anos, o autor decidiu remontar o maior sucesso de sua carreira e sair em turnê em 2026.
O show começa com o compositor cantando sua música “A Lista” e contando uma história que revela por que escolheu essa canção para abrir a apresentação. Na sequência, ele dá início à “A Dança dos Signos”.
Entre um signo e outro, o artista bate papo com o público, falando sobre figuras icônicas de cada signo, cantando ou tocando canções de alguns deles. “A Palo Seco”, do escorpiano Belchior; “Eu não existo sem você”, do genial aquariano Tom Jobim; citações instrumentais como “Your Song”, do ariano Elton John; e trechos de músicas do libriano John Lennon e dos geminianos Paul McCartney, Bob Dylan e Chico Buarque [; tudo isso] se misturam a canções de sua carreira, como “Incompatibilidade”, tudo guiado por um fio condutor emocional extremamente bem costurado.
Com isso, o criador mergulha na sua essência: o Menestrel na sua máxima potência, aquele que percorre cidades cantando e contando histórias, conduzindo o público por lugares mágicos, onde o lúdico e a poesia pedem passagem.
A afiada dupla Oswaldo Montenegro e Madalena Salles (flautista e sua fiel companheira de andanças), numa sintonia fina, “pintam e bordam” no palco, tanto em esquetes bem-humoradas como nos textos inspirados do autor e na trilha sonora acertada, percorrendo cada signo do zodíaco.
Nessa tour comemorativa, Montenegro terá a seu lado um time de peso. No palco, além da flautista Madalena Salles, o multi-instrumentista Alexandre Meu Rei, a violoncelista Janaína Salles e ele próprio na viola de 12 cordas contracenam com inúmeras participações virtuais que acontecem num imenso painel de LED, com cenas emocionantes, jogos de sombras criativos e coreografias, já que agora “A Dança dos Signos” virou multimídia, com interatividade absoluta entre palco e telão.
Através da Astrologia, tipos humanos foram retratados, o que faz com que cada pessoa da plateia se identifique com o que está sendo contado. E, mais do que falar de Astrologia, “A Dança dos Signos” propõe, de forma poética, a pacífica convivência das diferenças, porque, na diversidade dos signos, os tipos humanos se misturam no democrático painel do zodíaco.
“A Dança dos Signos” causa um bem-estar inexplicável em quem a assiste. A análise fria de por que isso acontece não importa. A experiência, sim, de viver essas emoções, é imperdível.
Com concepção, texto, músicas e direção de Oswaldo Montenegro; direção de fotografia, edição e colorização de Ian Ruas; direção de arte, figurinos e adereços de Teca Fichinski; produção de Oswaldo Montenegro e Kamila Pistori; e assistência de direção artística de Madalena Salles, o espetáculo reúne mais de cinquenta profissionais. Aos setenta anos, seu criador segue como um dos artistas mais criativos e surpreendentes de seu tempo.