INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Sinopse

Talvez eu tenha aberto meus olhos no escuro e olhado é um manifesto à vida. Um exercício que fabula um espaço/tempo comum onde o desafio de migrar coletivamente implica uma ética do junto que não desconsidera o desejo de silêncio, de distância e de permanência.

Novo espetáculo de formação do Cefart reflete sobre uma errância orientada por uma noção de coletividade que nos coloca a todos em relação.

Pensar em um coletivo que decidiu migrar junto levou o diretor e dramaturgo Anderson Feliciano a iniciar a construção do espetáculo ‘Talvez eu tenha aberto meus olhos no escuro e olhado’, que tem em cena estudantes finalistas do curso técnico em Teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). O grupo, composto por 13 pessoas, forma o coletivo teatral Boca da Noite e iniciou os ensaios em agosto.

Livremente inspirado no livro ‘Só um pouco aqui’, da escritora colombiana María Ospino Pizano, e no modo que nos afetou uma reportagem sobre um navio com 400 migrantes à deriva (https://www.youtube.com/watch?v=oSPE0BMdc0o&t=4s), o espetáculo se propõe uma cena-instalação em constante deslocamento. “Neste barco, quem é que está? Quem ajudará a remar?” são perguntas disparadoras feitas aos estudantes e que orientam a construção da estrutura cênica, guiada pela dramaturgia de Anderson. O tempo se apresenta de forma espiralar, atravessado por uma narrativa fragmentada que questiona quem pode migrar, quais são os limites e os desejos que movem esse gesto – provisório ou permanente.

‘Talvez eu tenha aberto meus olhos no escuro e olhado’ tem Evandro Nunes como assistente de direção, Flavi Lopes na direção de movimento, Robert Frank na direção musical, Renata Paz na preparação de corpo e texto, Tainá Rosa como designer de luz, Lira Ribas no figurino e visagismo e Marcella Pinheiro na produção. O espetáculo convida o público a refletir sobre nossas relações, sobre a empatia e as causas e consequências da migração coletiva, sem desconsiderar o silêncio, a distância, a proximidade e a permanência.

Em cena, alguns materiais trabalham com simbolismos da migração — como um bote inflável e mantas térmicas. Sobre essas escolhas, o diretor Anderson Feliciano comenta que a cena-instalação e suas materialidades são ativadas pelos múltiplos corpos dos atores e atrizes. “Na relação com quem está em cena, esses objetos vão sendo acionados e ressignificados. No caso das mantas, por exemplo, elas geram novos sentidos: servem para abrigar, mas também para ocultar, generalizar, descaracterizar”, diz o diretor.

Pássaros migram no inverno e peixes migram para reproduzir, mas como nos tempos de hoje é possível que os seres humanos transitem em bando?

Anderson Feliciano

Anderson Feliciano é dramaturgo, performer e curador. Mestre em Artes Cênicas, é codiretor de Terrestrial, projeto que entrelaça dramaturgia, coreografia, performance e pensamento futurista especulativo. Como performer, participou de festivais em países da América Latina, Europa e também nos Estados Unidos. É autor de Pôr do Sol (2024), O início, coautoria de Mário Rosa, (2022) e Tropeço (2020). Recebeu o Prêmio Leda Maria Martins pela direção da obra Prelúdio a Ismael Ivo (2023).

Coletivo Boca da Noite

O Boca da Noite é formado por artistas que concluem o curso técnico de Teatro do CEFART em 2025. No primeiro semestre, o grupo apresentou a peça “Travessia”, com direção de Rainy Campos, em uma temporada de oito apresentações na Funarte, em Belo Horizonte. Desde o início da formação, o coletivo pesquisa diferentes linguagens teatrais, que perpassam a música e a performatividade. Agora, o Boca da Noite apresenta em “Talvez eu tenha aberto meus olhos no escuro e olhado” – seu último processo de montagem- o resultado de três anos de formação.

Equipe técnica

Direção e dramaturgia: Anderson Feliciano
Assistente de direção: Evandro Nunes
Elenco: Black, camys souza, Elen Monteiro, Emília Maria, Flor Menezes, Gioli, Guilherme Benonni, Iris Brasil, Juliana Almeida, Kaline Barboza, Malu, Rodrigo Liberato, Vinc
Direção de movimento: Flavi Lopes
Direção musical: Robert Frank
Preparação de corpo e texto: Renata Paz
Designer de luz: Tainá Rosa
Designer de figurino e visagismo: Lira Ribas
Produção: Marcella Pinheiro

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