INGRESSO

a partir de R$40

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

O ator Gilson de Barros volta a Belo Horizonte nos dias 09, 10 e 11 de maio, no Palácio das Artes – Teatro João Ceschiatti, com as três peças de sua Trilogia Grande Sertão: Veredas. O público poderá assistir às montagens dirigidas pelo renomado diretor Amir Haddad: na sexta-feira (09/05), Riobaldo – recorte dos amores na obra; no sábado (10/05), No Meio do Redemunho – recorte da dialética bem/mal, Deus/diabo; e, no domingo (11/05), O Julgamento de Zé Bebelo – panorama do sistema de jagunços no sertão mineiro.

O projeto Trilogia Grande Sertão: Veredas teve início em 2020, com a estreia do espetáculo Riobaldo, que foi indicado ao Prêmio Shell 2022 nas categorias de Melhor Ator e Melhor Dramaturgia. Em 2022, foi a vez da segunda parte, No Meio do Redemunho, estrear e dar continuidade ao projeto. Em 2024, ocorreu a estreia de O Julgamento do Zé Bebelo no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. No ano passado, recebeu o Prêmio Arcanjo Especial pelo conjunto da obra.

Desde então, o ator tem percorrido diversas cidades do Brasil, além de ter se apresentado internacionalmente em Portugal (Lisboa e Porto) e na Colômbia (Bogotá), levando a rica literatura brasileira a plateias diversas.

“A montagem preserva a especificidade da linguagem poética de Guimarães Rosa, utilizando técnicas de interpretação narrativa que permitem uma imersão profunda na história, respeitando a riqueza linguística do autor”, diz Gilson de Barros.

“O espaço cênico minimalista, com poucos elementos visuais e sonoros, foi concebido para não sobrecarregar a narrativa, criando um ambiente propício para que o espectador se entregue à força da história e às questões universais que permeiam a obra”, acrescenta o diretor Amir Haddad.

Guimarães Rosa pelo olhar de Amir Haddad e Gilson de Barros

Amir Haddad – @amirhaddadreal

Li as duas primeiras páginas do “Grande Sertão” várias vezes até perceber que aquela “língua” tinha tudo a ver comigo. O resto da narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi! Não era uma tradução, era um livro brasileiro, escrito na “língua” brasileira.

Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e contemporâneo de Guimarães Rosa e tenho certeza de que qualquer leitor estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu li. Assim como, jamais saberei o que lê um inglês quando lê Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis.

Gilson de Barros – @gilsondebarrosator

Há alguns anos venho estudando a obra de Guimarães Rosa, com ênfase no livro “Grande Sertão: Veredas”. Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação. A cada releitura do livro, a cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra.

O objetivo é traduzir a prosa roseana para a linguagem do teatro. Pretensioso, eu sei, mas não imagino outra forma de enfrentar essa obra-prima, repleta de brasilidade. Por fim, registro a honra de estar no palco com o suporte de João Guimarães Rosa, Amir Haddad, Aurélio de Simoni e todos os colegas envolvidos nessa montagem. Evoé!

Trecho da crítica de Furio Lonza

“…Riobaldo é teatro na veia, um Guimarães pocket, algo de novo na dramaturgia nacional; sem adereços, sem cenografia e sem figurinos, mas com uma luz abrasiva pilotada pelo experiente Aurélio de Simoni. Em cena, Gilson de Barros administra o tempo e o espaço como se fosse um demiurgo regendo o sol do sertão, uma espécie de deus onisciente que acompanha com ternura passo a passo as andanças de suas criaturas lá embaixo, nas veredas de um mundo lancinante e despreparado para conceber uma lógica formal do cotidiano…”

SINOPSE

Riobaldo

Personagem central do romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o ex-jagunço Riobaldo relembra seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O incompreendido amor por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano, levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu em ‘homem de bem’.

No meio do Redemunho

Riobaldo, um ex-jagunço, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (o público). Nesse encontro, cheio de filosofia, ele conta passagens de sua vida e reflete sobre a dialética: bem e mal, Deus/diabo.  Na juventude, por amor a Diadorim, e para conseguir coragem e força, fez o que julga ser um pacto fáustico. Durante a narrativa, o personagem se vale de várias histórias populares, para questionar: “o diabo existe?”.

O Julgamento de Zé Bebelo

“O Julgamento de Zé Bebelo” retrata um dos momentos mais emblemáticos de “Grande Sertão: Veredas”, onde um chefe jagunço, ao ser derrotado, exige um julgamento justo, desafiando as tradições violentas do sertão.

Mini Bio

Amir Haddad (diretor) – Diretor e ator brasileiro, é co-fundador do Teatro Oficina, posteriormente rebatizado como Uzyna Uzona, onde dirigiu produções notáveis e recebeu reconhecimento pela sua habilidade na direção. Fundou grupos teatrais influentes como A Comunidade e o grupo Tá na Rua, e ao longo de sua carreira participou de diversos projetos, incluindo encenações de Shakespeare e colaborações em shows. Atualmente, Haddad continua ativo, liderando o Grupo Tá Na Rua e dirigindo ou supervisionando peças com renomados artistas.

Gilson de Barros (ator e dramaturgo) – Indicado ao Prêmio Shell 2023 nas categorias de Melhor Dramaturgia e Melhor Ator, este notável operário do teatro destaca-se por sua versatilidade como ator, gestor e dramaturgo. Com formação em Artes Cênicas pela UNIRIO, sua sólida trajetória inclui colaborações com renomados diretores como Augusto Boal, Luiz Mendonça, Mário de Oliveira e Domingos Oliveira, além de uma significativa parceria artística com Amir Haddad na Trilogia Grande Sertão: Veredas. Com mais de 25 peças em seu currículo, atuou em produções diversas, como “Bolo de Carne” de Pedro Emanuel, dirigido por Yuri Cruschevsk; “Murro em Ponta de Faca” com texto e direção de Augusto Boal; e “A Tempestade” de Shakespeare dirigido por Paulo Reis, entre outras. Seu talento foi reconhecido com prêmios destacados, incluindo Melhor Ator no Festival Inter-regional de Teatro do Rio em 1982 e o prêmio de Melhor Ator no Festival de Teatro SATED/RJ em 1980.

Ficha Técnica

Riobaldo

Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa 

Recorte e atuação: Gilson de Barros

Direção: Amir Haddad

Cenário e direção de arte: José Dias 

Figurinos: Karlla de Luca 

Iluminação: Aurélio de Simoni

Programação visual: Guilherme Rocha e Pedro Azamor 

Fotos e vídeos: Renato Mangolin

No Meio do Redemunho

Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa 

Recorte e atuação: Gilson de Barros

Direção: Amir Haddad

Cenário e direção de arte: José Dias 

Figurinos: Karlla de Luca

Iluminação: Aurélio de Simoni

Programação visual: Guilherme Rocha e Pedro Azamor 

Fotos e vídeos: Renato Mangolin

O Julgamento de Zé Bebelo

Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa 

Recorte e atuação: Gilson de Barros

Direção: Amir Haddad

Cenário e direção de arte: José Dias 

Figurinos: Karlla de Luca

Iluminação: Aurélio de Simoni

Programação visual: Guilherme Rocha e Pedro Azamor 

Fotos e vídeos: Renato Mangolin

Realização: Barros Produções Artísticas Ltda.

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