Cineclube Acessível

31/12/21

Site da Fundação Clóvis Salgado

A Fundação Clóvis Salgado apresenta, por meio do Cine Humberto Mauro, o Cineclube Acessível, mostra permanente que disponibiliza curtas metragens com recursos de acessibilidade. 

O Cineclube Acessível tem como objetivo promover ações culturais que estimulam o acesso e a participação de todos os públicos para fruição da programação do Cine Humberto Mauro, com foco nas pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social. A proposta engloba, além de conteúdos audiovisuais com recursos de acessibilidade, o fomento de um espaço de visibilidade e protagonismo das pessoas com deficiência, estimulando a criação de amplos locais de encontro, debate, diversidade e inclusão.

A iniciativa tem a correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da Cemig, viabilizado pelas Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, e da AngloGold Ashanti e Unimed-BH / Instituto Unimed-BH¹, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, além do patrocínio ouro da Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais.

 

Programação

 

Olhos de Erê, de Luan Manzo e Bruno Augusto Alves Vasconcelos (Belo Horizonte, MG, 2021) | Livre | 10’ (Disponível de forma permanente na plataforma Cine Humberto Mauro Mais)

Luan tem um celular em suas mãos, uma câmera, e faz um gesto audiovisual inaugural, em idade inaugural. Ele tem seis anos e meio e é bisneto da sacerdotisa Mametu Muiandê, do quilombo Manzo N’gunzo Kaiango, também um terreiro de candomblé. Manzo, surgido no início dos anos 70, é um dos quilombos reconhecidos recentemente pela cidade de Belo Horizonte. Em tempos de isolamento social, Luan atravessa praticamente só, por conta própria, este filme – mas vastamente acompanhado pela presença dos santos, de seus familiares, de um certo mundo momentaneamente emudecido, cuja força, beleza e pujança parece prestes a irromper a qualquer instante.

 

Calmaria, de Leonardo Cata Preta Souza (BRA, 2018) | 16 anos | 24’ (Disponível de forma permanente na plataforma Cine Humberto Mauro Mais)

Agora é que a cidade se organiza. Para salvar a pele de quem? A minha é que não é! “Calmaria” é um curta-metragem de ficção, colorido, com duração aproximada de 24 minutos, finalizado em arquivo digital 2k, produzido na cidade de Belo Horizonte, concebido em parceria entre o diretor Leonardo Cata Preta (Catapreta) e os atores Preto Amparo, Alexandre de Sena e Juhlia Santos. O filme busca o dialogo com a ancestralidade e com a vida do jovem negro urbano contemporâneo. A narrativa é poética e propõe desnudar, de forma direta ou às vezes por meio de metáforas, o racismo estrutural endêmico à sociedade brasileira. Trata-se de um recorte da trajetória de um jovem, seu filho e do que resta de sua família, personagens negros que representam brasileiros historicamente vitimizados por abordagens policiais violentas, encarceramento em massa, restrições veladas a direitos civis e situação socioeconômica precária, contextualizados em uma situação ficcional de guerra civil e êxodo urbano.

 

À Cura do Rio, de Mariana Fagundes | (BRA, 2017) | Livre | 18’ (Disponível de forma permanente na plataforma Cine Humberto Mauro Mais)

Um velho conhecido da etnia Krenak, o Watú – o famoso Rio Doce – está doente. Através de um ritual xamânico, corpo e natureza se unem para um diálogo profético que enxerga a catástrofe, mas também a salvação do rio. O filme mostra o impacto da tragédia de Mariana em um grupo indígena Krenak.

 

profanAÇÃO, de Estela Lapponi | (BRA, 2018) | 18 anos | 25’  (Disponível a partir do dia 7 de outubro de 2020)

Cinco artistas – um surdo, dois com baixa visão, um cadeirante e um perclitante – se encontram e vasculham, através de jogos performáticos, as contradições entre as suas experiências pessoais e o olhar estereotipado que persiste em nossa sociedade. Durante o processo criativo, Lapponi, realizou uma chamada pública com o mote “tudo aquilo que você sempre quis perguntar para uma pessoa com deficiência, mas nunca teve coragem” para que as pessoas enviassem as perguntas que foram utilizadas no filme. A ideia era estabelecer uma relação com o público desde os bastidores. Com o intuito de propiciar uma experiência estética de coexistência entre eles, na qual estejam em situação de equidade na apreciação de uma obra, o curta integra como parte de sua linguagem os recursos de acessibilidade (audiodescrição, legenda em português e Libras). A classificação indicativa do curta é de 18 anos.

 

 

Nós determinamos o que somos pelo que fazemos, de Clara Antunes (BRA, 2017) |14 anos | 33’  (Disponível a partir do dia 31 de agosto de 2020)

Um filme feito por Titi Rivotril: experiências do seu cotidiano, seus corres de vida e recorte de mundo, vividos e contados por meio de seu olhar. O filme foi contemplado pela 4ª edição do Prêmio BDMG Cultural/FCS de Estímulo ao Curta-Metragem de Baixo Orçamento.

 

 

A Mulher que eu Era, de Karen Suzane (BRA, 2018) |14 anos | 12’ (Disponível a partir do dia 15 de julho de 2020)

Cacau é uma mulher negra que casa com um homem branco. Dentro de sua rotina ela encara suas lembranças. Em um contexto onírico e aparentemente absurdo, suas memórias lidam com momentos passados de opressão.

 

 

Poética de Barro, de Giuliana Danza (BRA, 2018) |Livre | 6’  (Disponível a partir do dia 15 de julho de 2020)

Bucólico, delicado e sensível, este curta-metragem animado em stop motion, com argilas do Vale do Jequitinhonha, retrata a crença na luta pela vida em um mundo onde a água tornou-se escassa e no qual uma frágil criatura parte ao encontro de um novo existir.

 

 

 

Informações

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