História
A história da Fundação Clóvis Salgado teve início com a inauguração da Grande Galeria no Palácio das Artes, em 30 de janeiro de 1970. Nesse mesmo ano, foi criada a Fundação Palácio das Artes para administrar e conduzir as obras em andamento. Em 1978, alterou-se a denominação da FPA, que passou a se chamar Fundação Clóvis Salgado. A escolha do nome foi uma homenagem ao médico, professor e político responsável maior pelo levantamento dos recursos financeiros que viabilizaram a retomada e conclusão das obras do Palácio das Artes. No início do século XX, em 21 de outubro de 1909, foi inaugurado o Teatro Municipal de Belo Horizonte, na esquina das ruas Bahia e Goiás. O local integrou-se ao cotidiano da cidade com intensa e variada programação, sediando celebrações e solenidades oficiais. Em 1940, considerando o contexto urbano, o então prefeito Juscelino Kubitschek propôs a construção de um novo Teatro Municipal e a transformação do prédio da rua Goiás no Cine Metrópole. O conjunto da Pampulha já era, na época, uma realidade, quando JK convocou Oscar Niemeyer para mais uma grande obra na capital mineira. O arquiteto propôs a implantação de um teatro no parque municipal ligado à avenida Afonso Pena por uma extensa passarela de concreto. As obras, iniciadas em 1943, foram paralisadas em 1945. Sem um teatro municipal, Belo Horizonte recebeu em 1950, em caráter provisório, um “teatro de emergência” que receberia depois o nome de Teatro Francisco Nunes. Diversos prefeitos se sucederam a JK e poucas tentativas de conclusão da obra foram feitas. Em 1955, o arquiteto Hélio Ferreira Pinto foi convidado para redimensionar o projeto original transformando-o no Palácio das Artes, com acesso pela avenida Afonso Pena e acrescentando-lhe outros equipamentos. O Grande Teatro do Palácio das Artes foi inaugurado em março de 1971. Outros espaços foram criados posteriormente, como o Cine Humberto Mauro (1978), Teatro João Ceschiatti e Galeria Arlinda Corrêa Lima (1984), Sala Juvenal Dias (1993), Galeria Genesco Murta (início da década de 1990) e Galeria Mari’Stella Tristão (2016). Alguns desses espaços foram requalificados ao longo de 2017 e 2018, e outros foram criados, como a PQNA Galeria Pedro Moraleida, o Acervo FCS e a Galeria Aberta Amilcar de Castro que, com a construção do Passeio Niemeyer, resgataram o conceito original do espaço.