História

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).

Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos em que se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes e da CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, espaços geridos pela FCS. 

Integram a Fundação Clóvis Salgado os corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, responsáveis pela criação e produção de grandes espetáculos; o Cine Humberto Mauro, dedicado a obras de valor artístico e cultural; as galerias de artes visuais que exibem mostras artísticas; e o Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), que oferece formação artística e técnica em diversas áreas, de forma gratuita.

A Fundação Clóvis Salgado é também gestora do Palácio da Liberdade e do Circuito Liberdade, composto por 35 equipamentos culturais públicos e privados, reunindo as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura, em transversalidade com o turismo.

Rumo aos 55 anos, a FCS vem ampliando sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua produção cultural e artística, bem como a programação para públicos cada vez maiores e diversos. O conjunto dessas atividades fortalece o caráter público da Instituição, ou seja, um espaço de todos e para todos.

Ópera Devoção (2024)
Foto: Marcia Charnizon
Cia de Dança
Foto: Paulo Lacerda
Exposição Ano 45: Construção, História, Origens e Registro
(2016) – Foto: Paulo Lacerda
Sinfônica Pop com Milton Nascimento (2014)
Foto: Paulo Lacerda

Como tudo começou

No início do século XX, em 21 de outubro de 1909, foi inaugurado o Teatro Municipal de Belo Horizonte, na esquina das ruas Bahia e Goiás. O local integrou-se ao cotidiano da cidade com intensa e variada programação, sediando celebrações e solenidades oficiais. Em 1941 o Cine Teatro Metrópole foi vendido e transformado em cinema, levando o então prefeito, Juscelino Kubitschek, a propor a construção de um novo Teatro Municipal. O conjunto da Pampulha já era, na época, uma realidade, quando JK convocou Oscar Niemeyer para mais uma grande obra na capital mineira. O arquiteto propôs a implantação de um teatro no Parque Municipal ligado à avenida Afonso Pena por uma extensa passarela de concreto. As obras, iniciadas em 1943, foram paralisadas em 1945. Sem um teatro municipal, Belo Horizonte recebeu em 1950, em caráter provisório, um “teatro de emergência” que receberia depois o nome de Teatro Francisco Nunes. Diversos prefeitos sucederam JK e poucas tentativas de conclusão da obra foram feitas. Em 1955, o arquiteto Hélio Ferreira Pinto foi convidado para redimensionar o projeto original, transformando-o no Palácio das Artes, com o atual acesso pela avenida Afonso Pena e acrescentando-lhe outros equipamentos.  

Palácio das Artes

O complexo projetado por Oscar Niemeyer dispõe de recursos cênicos e acústicos de elevado padrão técnico para a montagem de óperas, peças teatrais, concertos, espetáculos de dança e shows de música popular, além de salas adequadas e confortáveis para exposições, exibição de filmes, lançamento de livros, palestras, congressos e seminários.

O maior centro de produção, formação e difusão artístico-cultural de Minas Gerais e um dos maiores da América Latina, o Palácio das Artes fica no centro de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Sua área é de 18.000 m², dentro do Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

Linha do Tempo

1970 – Inauguração da Grande Galeria do Palácio das Artes, em 30 de janeiro.

1970 – Criação da Fundação Palácio das Artes para administrar e conduzir as obras em andamento.

1971 – Inauguração do Palácio das Artes.

1978 – Fundação Palácio das Artes passa a ser denominada Fundação Clóvis Salgado. A escolha do nome foi uma homenagem ao médico, professor e político que mais levantou recursos financeiros para viabilizar a retomada e conclusão das obras do Palácio das Artes. Foi também criado e inaugurado o Cine Humberto Mauro.

1984 – Inauguração do Teatro João Ceschiatti e da Galeria Arlinda Corrêa Lima.

1986 – O Centro de Formação Artística – Cefar foi criado em 5 de dezembro de acordo com o parecer N°. 1144/86, do Conselho Estadual de Educação, que autorizou o funcionamento dos cursos técnicos de dança, música e teatro. Entretanto, as atividades formativas em artes foram iniciadas alguns anos antes. A Escola de Dança surgiu em 1972, sob a coordenação e orientação de Carlos Leite, que também atuava como “maître” e diretor do Corpo de Baile da Escola de Balé da Fundação Palácio das Artes, atualmente Cia de Dança Palácio das Artes. Foi também em 1972 que a Escola de Música foi criada, com o nome de Schola Cantorum, com a participação do maestro Sergio Magnani, atuando primeiro no ensino de canto e, a partir da criação da Orquestra Sinfônica, praticando também o ensino de instrumentos. Nesse mesmo ano teve início o curso livre de teatro realizado pelo Departamento de Produção Artística.

1993 – Inauguração da Sala Juvenal Dias.

1994 – Inauguração da Galeria Genesco Murta.

2016 – Inauguração da Galeria Mari’Stella Tristão.

2016 – O Centro de Formação Artística passou a ser denominado Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart devido à criação dos projetos dos cursos de Artes Visuais e de Tecnologia da Cena, que iniciaram o funcionamento em 2016 e 2018, respectivamente. O Cefart passou a ser composto por cinco escolas: Artes Visuais, Dança, Música, Teatro e Tecnologia da Cena.

2017/2018 – Criação e requalificação dos espaços PQNA Galeria Pedro Moraleida, Acervo FCS e Galeria Aberta Amilcar de Castro.

2019 a 2021 – Incremento das plataformas digitais, em consequência da pandemia da Covid-19, quando o acesso do público à cultura e à arte só foi possível remotamente, por meio de “lives” e conteúdos digitais.

2022 – Montagem da primeira ópera da trilogia mineiridade inédita, “Aleijadinho”, com estreia em Ouro Preto e temporada no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Início do Mapeamento Plurialtimétrico, para elaboração de uma planta tridimensional exata do Palácio das Artes.

2023 – Montagem da segunda ópera da trilogia, “Matraga”, inspirada na obra de João Guimarães Rosa, com estreia em Cordisburgo e temporada no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

2024 – Lançamento do Projeto #80&Sempre em comemoração aos 80 anos da Escola Guignard em Belo Horizonte. Montagem da terceira ópera da trilogia, “Devoção”, inspirada na história de um dos pioneiros da mineração, o português, Feliciano Mendes, com estreia em seu cenário original, a cidade de Congonhas e temporada no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Montagem da ópera “Nabucco”, com pré-estreia na Serra da Piedade, em Caeté. Entrega do Mapeamento Plurialtimétrico.

Construção da fachada do Palácio das Artes (1970)
Foto: Acervo FCS
Concerto de Inauguração do Grande Teatro (1971)
Foto: Acervo FCS (2)
Concerto de inauguração do Grande Teatro (1971) – Foto: Acervo FCS
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