Muitas histórias em uma só!

Já ouviu falar em um pé de macaxeira gigante, que leva você de um lugar ao outro? “Josué e o Pé de Macaxeira”, uma divertida história, contada com elementos da cultura nordestina. Assista: 

Ficha técnica: 

Filme: Josué e o Pé de Macaxeira
Local: RJ, Brasil
Ano: 2009
Duração: 12 minutos
Direção, criação, storyboard e cenários: Diogo Viegas
Produção: Ana Luiza Pereira, Diogo Viegas e Simone Scofield
Música: Leonardo Mendes
Animação: Diogo Viegas, Luciano do Amaral Oliveira e Marcos Corrêa
Animação de efeitos: Alessandro Monnerat e Rosaria
Layouts: Diogo Viegas, Luciano do Amaral Oliveira, Marcos Corrêa e Marcelo Vaz
Clean-up: Diogo Viegas, Felippe Sabino e Simone Scofield
Digitalização: Bianca Coelho e Hanna François
Pintura digital: Bianca Coelho e Diogo Viegas
Composição: Alessandro Monnerat
Edição de som: Ana Luiza Pereira
Mixagem de som: Luiz Adelmo
Estúdio de mixagem: Casablanca Sound

Curiosidades:

Você já tinha ouvido falar de macaxeira? E de aipim ou mandioca? Esses são nomes diferentes para um mesmo alimento, uma raiz originária da América do Sul e cultivada há tempos pelos povos que aqui habitavam. Esses nomes têm origem nas línguas faladas por alguns desses povos, do tronco tupi: “macaxeira” vem do termo “maka’xera”, “aipim” de “ai’pi” e “mandioca” de “mãdi’og”, “mandi-ó” ou “mani-oca”, que quer dizer “casa de Mani”. Há uma interessante lenda sobre o surgimento desse alimento, que conta que ele brotou a partir do corpo de uma menina indígena chamada Mani. Independente de como é chamada, essa raiz pode ser consumida de muitas maneiras, como em forma de farinha ou polvilho, em biscoitos e bolos, cozida, frita ou assada. Você já pensou em como esse alimento está presente em sua alimentação? Qual nome ele recebe aí na sua região? 

Imagem: Divulgação

“Josué e o Pé de Macaxeira”, “João e o Pé de Feijão”, não é por acaso que o título do curta-metragem lembra tanto o nome de outra história tão conhecida. Usando vários elementos da cultura nordestina, como hábitos alimentares, roupas e instrumentos musicais, os criadores do filme contam as aventuras de um homem que se encontra com um gigante. Essa é uma história bastante tradicional e que possui várias adaptações. A versão escrita mais antiga que se conhece é de 1807 e foi impressa por Benjamin Tabart, mas tantas outras podem ser encontradas em vídeos, áudios e até na ponta da língua de muitos adultos e crianças, já que “João e o Pé de Feijão” também possui muitas versões orais. Aliás, esse hábito de contar histórias para os filhos e netas, acrescentando uma coisinha ali e tirando outra aqui, é bastante comum e pode render narrações bem interessantes, dependendo da imaginação de cada um!

Se quiser conhecer outras formas de apresentação dessa história, clique aqui para acessar uma versão escrita e ilustrada ou aqui para ouvir uma contação em vídeo. 

Imagem: Divulgação

Para refletir:

Ao longo dos anos, muitas histórias foram inventadas e recontadas não só para divertir a todos, mas também para despertar reflexões em quem as ouve. Normalmente, esses aprendizados estão ligados a formas de agir e nos mostram as consequências de nossas ações. São lições baseadas na experiência de vida das pessoas que vieram antes de nós e que, muitas vezes, já passaram por situações parecidas, talvez não tão “mágicas”, mas semelhantes. Pensando nisso e agora que já conhece algumas versões de “João e o Pé de Feijão”, incluindo “Josué e o Pé de Macaxeira”, gostaríamos de propor algo diferente do que estamos acostumados. Aqui, no Cineminha On-line, com frequência apresentamos uma reflexão baseada no curta-metragem indicado, algo que está “por trás” da história. Desta vez, que tal você mesmo convidar algum adulto para fazerem juntos o exercício de encontrar essa lição? O que “Josué e o Pé de Macaxeira” tem a nos ensinar? 

Ilustração: Naiara Rocha

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Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino/MG, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, professora da Rede Municipal de Educação/BH, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.