Cerimônia ocorreu no sábado, 26/04, na Grande Galeria do Alberto da Veiga Guignard e contou com presença de colecionadores e apreciadores do pintor Amadeo Lorenzato
A abertura da exposição “Lorenzato: Imaginação Criativa”, na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, recebeu 485 visitantes, no último sábado, 26/4. O número traduz o esforço da Fundação Clóvis Salgado para acolher, mais uma vez, o trabalho de Amadeo Lorenzato, pintor filho de imigrantes italianos, natural de Belo Horizonte, que fez do cotidiano um dos seus temas privilegiados. Testemunha do efervescente século XX, Lorenzato nasceu em 1900 e morreu em 1995, décadas de mudanças profundas na sociedade e nas artes.
Tadeu Bandeira, curador da exposição, em meio a conversas com amigos e interessados nas 178 obras expostas, acentuou a atemporalidade do trabalho do artista. “Lorenzato foi um pintor autodidata, que chegou a um estilo extremamente singular, modulado em diversos temas, técnicas e expressões. Ver essa abertura repleta de pessoas, entre conhecidos e apreciadores, mostra que nosso trabalho foi certeiro e que essa obra continua cada vez mais reconhecida, permanente na história das artes plásticas”, celebra.
O número expressivo de visitantes no primeiro dia de exposição também orgulhou Tairine Pena, gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado. “O sucesso de público é reflexo da própria grandeza de Lorenzato. De temperamento pacífico, ele despejou nas telas uma sensibilidade muito atenta aos detalhes da vida, em suas cenas mais corriqueiras. Mas não deixa de ser central o trabalho conjunto que realizamos. Começa com a Uiara Azevedo, que me antecede neste cargo, e chega à nossa equipe, em contato constante com o Tadeu e com os colecionadores”, reconhece.
“Lorenzato: Imaginação Criativa” foi construída a partir do acervo dos colecionadores Manoel Macedo, Ricardo Homen e Rodrigo Ratton. Eles estiveram presentes, ao lado do público diversificado, entre conhecidos dos idealizadores e entusiastas das artes plásticas. Rayssa Moura, estudante de Jornalismo da PUC Minas, compareceu com colegas do curso, para gravar uma matéria para a faculdade. “Sentir o gosto da profissão em uma cerimônia cheia de gente relevante para as artes mineiras, poder conversar e colher seus depoimentos, dentro do principal complexo cultural de Minas é uma alegria. Ficamos com vontade de trabalhar aqui!”, relata, com humor e gratidão.