Batalha Drag de Lip Sync retorna Palácio das Artes em sua terceira edição

Gaia Void foi a grande vencedora da noite, com apresentações ovacionadas pelo público

Após dois anos, a Batalha Drag de Lip Sync retornou ao palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes no dia 13 de julho. Apresentada por Walkiria La Roche, ícone da cena cultural LGBTQIA+ de Belo Horizonte, a terceira edição do evento reuniu oito artistas, em dois blocos de apresentação. Ao final, Gaia Voidd foi escolhida como a grande vencedora da noite, em uma disputa com Olívia Olí. O júri contou com a influencer Fernanda Ganzarolli; a Presidenta do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de Minas Gerais (SATED/MG), Magdalena Rodrigues; e a empresária e ex-técnica de balé Camila Normandes.

No primeiro bloco, Allana Delatorre, Alice Belatriz, Aria Dreamz e Olívia Olí dublaram desde o pop até músicas brasileiras, sendo Olí escolhida pelas juradas como uma das finalistas. A segunda leva de apresentações reuniu Nickary Ayker, Priscila Klum, Gaia Voidd e Safira em uma disputa acirrada pelas palmas e gritos do público, que desempatou a votação e elegeu Voidd como destaque para a última apresentação. A decisão foi embalada pela música “Last Dance”, de Donna Summer.

Walkiria La Roche destaca a alegria de levar a arte drag para um dos grandes palcos do Brasil. “É muito importante a sociedade vir, participar, conhecer. A gente faz shows como qualquer outro artista, mesmo sendo show de dublagem, sendo uma apresentação ‘cover’. Então, nivelar as artistas drags ao mesmo espaço que outros artistas pisaram, neste palco maravilhoso do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, é inenarrável”, afirma a apresentadora.

No domingo que antecede a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Belo Horizonte, o evento foi, para Patrícia Coacci, integrante do coletivo Mães pela Liberdade, uma prévia das apresentações que acontecem na manifestação. “Consideramos este espetáculo como uma pré-parada. Um momento de orgulho, de resistência, de celebração do afeto e do talento dos nossos ‘filhes’ LGBT”, conta.

Em sua segunda vez no evento, o comunicador e pesquisador Samuel Rubens destaca a importância da batalha, que teve a primeira edição nos Jardins Internos do Palácio das Artes. “Eu gostei muito da 3ª edição da Batalha de Lip Sync. Estive na primeira, que foi nos Jardins Internos, e achei muito legal a batalha ter vindo para o Grande Teatro. É importante a arte drag ocupar esses espaços de destaque. Você vê várias drag queens, inclusive várias travestis, como a Gaia Voidd, que venceu a edição, e a Nickary Ayker, ocupando um palco italiano, como o do Grande Teatro do Palácio das Artes”, afirma.

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