Festival Cefart do Palácio das Artes chega para promover apresentações multiartísticas da nova geração de criadores

Programação, totalmente gratuita, atravessa os meses de junho e julho em diversos espaços do Palácio das Artes e na Funarte

Os dois dias mais importantes da sua vida são o dia em que você nasceu e o dia em que descobre por que, escreveu Mark Twain (1835-1910). As pessoas privilegiadas descobrem que nasceram para a arte. É o que acontece com os alunos do Centro de Formação Artística e Tecnológica do Palácio das Artes (Cefart). E o artista precisa acreditar no poder transformador da arte, se não estiver afinado com esta transformação, não é artista. E é por isso que, todos juntos, criaram o Festival Cefart. 

Trata-se de um grande festival, com a grife e o aval da Fundação Clóvis Salgado (FCS), por meio de seu Cefart, que acontecerá no Palácio das Artes e na Funarte (Fundação Nacional de Artes), de junho a agosto. 

Tradicionalmente, ao final de cada semestre, o Cefart apresenta o resultado de todo trabalho desenvolvido nos cursos de Artes Visuais, Dança, Música, Teatro e Tecnologia da Cena.

O Festival começa com a Mostra de Tecnologia da Cena de 24 a 26 de junho, no Café do Palácio das Artes e espaços do Cefart, o “Janela Cultural”, sarau criado pelas turmas de Sonoplastia e Iluminação da Escola. Experimentações ao vivo com luz e som, mostrando como esses elementos criam atmosferas, histórias e emoções. O público poderá ver também a exposição de maquetes e trabalhos das turmas de Cenotecnia e Figurino.

Na Música, de 24 a 27 de junho, na Sala Juvenal Dias, sempre no Palácio das Artes, recital de alunos e grupos musicais, com repertório variando conforme o nível técnico dos estudantes, indo da música erudita à música popular brasileira.

Nas Artes Visuais, de 27 de junho a 24 de agosto, na PQNA Galeria Pedro Moraleida, a mostra “CHAMA Quanto Antes, Mulher!”. Mostra artística, com exposições, rodas de conversa, oficinas, ações de mediação cultural e propostas artísticas diversas como apresentações, saraus, performances e feiras de arte. Realizada pelo corpo docente e pelos estudantes, o evento quer possibilitar a prática dos conteúdos abordados em sala de aula, nos cursos de Assistente de Produção Cultural, Curso Básico de Arte/Educação, Curso Básico de Curadoria e Curso Básico de Expografia. Em sua 15ª edição, o tema, “Quanto Antes, Mulher!” apresenta uma obra do acervo da FCS, da artista Andréa Lanna, e diversos trabalhos dos estudantes.

Na Dança, dia 2 de julho, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, o espetáculo de formatura do curso técnico, coreografado pelo professor e bailarino Rodrigo Gièse e a reapresentação do espetáculo “Bento”, dirigido por Alan Keller, trilha e participação especial de Sérgio Pererê, com todos os estudantes da Escola de Dança. A obra ressalta a grandeza das Minas Gerais, sua natureza e beleza, a hospitalidade do povo, sua resiliência e perseverança.

A hora e a vez do Teatro acontecem de 3 a 13 de julho, com o espetáculo de formatura da turma da manhã, “Nuvens de Chumbo”, na Funarte. A peça paira sobre memória e resistência, com fantasmas da ditadura militar brasileira (1964-1985) que retornam e perambulam pelo espaço, procurando compreender o que lhes aconteceu. A montagem leva a assinatura do professor e diretor Luiz Carlos Garrocho.

Finalmente, de 12 a 19 de julho, também na Funarte, o espetáculo de formatura da turma da noite, “Travessia”. Inspirada nos contos de Guimarães Rosa, em “Primeiras Estórias”, o espetáculo em meio a cantos, rios e partidas, percorre o mundo rosiano como quem caminha entre margens: a da realidade e a do mistério; a “terceira margem do rio”, um mergulho no invisível: entre loucura e lucidez, palavra e silêncio. A direção é de Rainy Campos e tem forte pesquisa nas musicalidades da cena.

Em cena, por trás dela ou aplaudindo, a temporada Cefart, no Palácio das Artes e na Funarte, comprova a diversidade de uma escola de todas as artes. O festival lembra o diálogo do ator Robin Williams (1951-2014) no filme “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), no qual seu personagem, o professor de literatura John Keating, ensina a seus alunos que “não lemos e escrevemos poesia porque é bonito, mas porque fazemos parte da raça humana. E a raça humana está impregnada de paixão. Medicina, advocacia, administração e engenharia são atividades nobres e necessárias à vida. Mas a poesia, beleza, romance, amor são as coisas pelas quais vale a pena viver”.

Toda arte é poesia, beleza, romance e amor!

CEFART – O Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, da Fundação Clóvis Salgado, é responsável por promover a formação em diversas linguagens no campo das artes e em tecnologias do espetáculo. Referência em formação artística, o Cefart possui amplo e inovador Programa Pedagógico para profissionalizar e inserir jovens talentos no mercado de trabalho da cultura e das artes. Diversas gerações de artistas e técnicos foram formadas ao longo dos quase 50 anos de atividades, com forte impacto no fazer artístico de Minas Gerais. São oferecidas, gratuitamente, oportunidades democráticas de acesso à formação cultural diversa, por meio de Cursos Técnicos, Básicos, de Extensão e Complementares, com grande repercussão social. 

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.

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