O que alcançamos quando nos unimos?

No curta-metragem indicado desta semana, um senador cria um projeto de lei bastante controverso para acabar com o recreio, dizendo que “é perda de tempo e que lugar de criança é na sala de aula”. Isso gera uma grande repercussão na escola onde Felipe estuda, até que o menino decide fazer alguma coisa para mudar a situação. Veja o curta e descubra a importância de lutar coletivamente pelo que acreditamos!

Ficha Técnica

Filme: O Fim do Recreio

Local: Curitiba/Paraná

Ano: 2012

Duração: 18 minutos         

Direção e roteiro: Vinicius Mazzon e Nélio Spréa

Fotografia: Lucas Rachinski

Montagem: Vinicius Mazzon e Gustavo Horn

Música: Ale Age

Animação: Gustavo Horn

Elenco: Weslei Eduardo Alves de Lima, Jackson Thierry do Nascimento Neres, Enzo Tommasi, Vinicius Mazzon, Gustavo Horn, Nélio Spréa, Kátia Horn, Greice Barros e Luana Godinho

Produção: Parabolé Educação e Cultura

Para refletir:

O curta-metragem que vimos nos faz pensar em vários assuntos sérios, como a importância de se aprender sobre direitos, deveres, cidadania e democracia desde criança. Faz-nos pensar, também, sobre a importância de todo cidadão se posicionar e defender seus direitos e de como essa luta  deve acontecer de forma coletiva, pensando no bem comum. 

Apesar das crianças não votarem, elas também são cidadãs e fazem parte da vida política, devendo ter seus direitos garantidos. Um deles, reconhecido pela “Declaração Universal dos Direitos da Criança” é o direito de brincar e se divertir. O recreio é um momento muito importante para as crianças, como vimos no filme: é uma pausa necessária na rotina das aulas, que ajuda inclusive na capacidade de concentração, além de ser um momento para esticar as pernas, liberar energia, participar das mais diversas brincadeiras, exercitando a criatividade, interagir com outras crianças, fazer novas amizades, se alimentar, rir, pular, ou simplesmente descansar, relaxar, ir à biblioteca e também aprender mais, pois o conhecimento não está só em sala de aula. Acabar com toda a riqueza desse momento é, realmente, algo errado e injusto e é por isso que as crianças do filme se revoltam, com toda razão, contra essa possibilidade. 

A escola é um lugar onde se aprende muito sobre cidadania e democracia, mas essa discussão não pode ficar só nesse espaço e nem ser lembrada apenas no período de eleições. Política se faz no dia a dia e a eleição é só o momento de escolher quem irá nos representar no governo, sendo que essas pessoas eleitas têm a obrigação de respeitar as leis e não querer impor suas vontades sobre o povo! 

Ilustração: Naiara Rocha.

Curiosidade: 

Esse filme é uma ficção, conta uma história que não aconteceu de verdade. Apesar do fim do recreio ser inventado, a escola filmada existe mesmo, é uma escola pública municipal localizada em Curitiba, no Paraná. E tem outra coisa legal: o curta-metragem foi estrelado por alunos da própria escola e essa foi a primeira experiência deles com atuação e o primeiro contato com filmagens.

Você ficou surpreso ao saber que alunos atuaram no curta? Já se imaginou atuando também? Se fosse escolher algum assunto para ser o tema de um filme, qual assunto seria? Pense, por exemplo, em algo que você acha importante, mas que falta na sua escola ou na sua comunidade. Assim como no curta, um filme pode ser uma ferramenta para mostrar isso para toda a sociedade e cobrar uma solução dos governantes.

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Referência:

O brincar. Disponível em: <https://www.ipabrasil.org/obrincar> Acesso em: out. 2020.

Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.