O Marcca
Mulher de Turbante, 2022
Parágrafo descritivo:
O uso do turbante está altamente ligado a um ato político de reafirmação e resistência a favor da cultura negra, para que não se perca o seu valor, e também pela luta para cultivar e promover o orgulho à cultura dos negros e à cultura africana como um todo. Isso porque africanos e afrodescendentes carregam consigo traços culturais e ancestrais muito fortes, presentes em todo o mundo, mas ainda sofrem com o preconceito e a discriminação.
Marcela de Paula
Autorretrato Pandêmico, 2021
Parágrafo descritivo:
A pandemia de coronavírus foi um momento muito intenso de ser vivido. Retomar a pintura da aquarela foi como uma válvula de escape para os sentimentos confusos vividos no período. Este trabalho é uma experimentação da técnica, mas também uma expressão emocional interna, um sentir-se pequena dentro de um corpo grande, um retorno à criança quando os saberes adultos não conseguem suprir tantas incertezas.
Ianina
Vó Inês, 2022
Parágrafo descritivo:
Esta mulher é brasileira, que nem eu, e merece seu lugar de destaque como bela. Vó Inês, que sempre se doou muito e pouco recebeu em troca, sempre posta numa posição servil, vai ser eternizada como arte. De hoje em diante, vó Inês será servida.
Ligia Moregula
Mulher em êxtase, 2022
Parágrafo descritivo:
“Mulher em êxtase” é um dos trabalhos de Ligia Moregula, que compõem a coleção “Mar Aberto”, que vem sendo executada por ela em 2022. Esta obra traz referências do estudo feito pela artista sobre um dos maiores expoentes da arte contemporânea, o alemão Anselm Kiefer. Ligia usa, como o famoso pintor e escultor do novo Expressionismo, o espaço estético para abordar o tema da melancolia e traumas: no caso dela, seu trauma de ter sido afastada de seu querido mar, de memórias infantis, desde que se mudou de cidade, em 1999. Em “Mulher em êxtase”, nome que Kiefer também usou em uma de suas séries de obras, Ligia aborda o passado com liberdade, prestigia a emoção, que aflora no mergulho nas águas, a envolvendo na epifania da leveza de boiar, que encontra em meio a infinitas possibilidades, que somente o mar lhe traz.
Rafaela Angeli
Retratação Nº 8, 2018
Parágrafo descritivo:
A obra “Retratação Nº 8” faz parte de uma série de colagens que compõem o livro de artista Retratação, de 2018. Nessa série de autorretratos, Rafaela Angeli buscou, por meio de colagens e fragmentos de textos autorais, além de poemas de escritores brasileiros, construir uma autoimagem a partir do fragmento de fotografias de álbuns de família. No total, são 11 colagens feitas a partir de fotografias impressas e que são transformadas novamente em um novo álbum de fotos. Para este trabalho, a obra nº 8 foi escolhida, pois trata das camadas que cada um traz em sua vida, a partir das suas escolhas, experiências e vivências.
Sara Boratti
Comprovante de ponto, 2022
Parágrafo descritivo:
Vivendo de uma resistência constante em ser artista, é preciso criar outras identidades. Para fazer arte é preciso ser outra pessoa, uma outra coisa, viver diversas realidades. Vendedora, operadora de caixa, secretária e cuidadora. É o sustento do sustento. Vender a mão de obra de forma barata para conseguir as coisas mais caras, que são os nossos verdadeiros sonhos, o verdadeiro eu. E no meio de tantas identidades, a pergunta fica: ”quem é Sara Boratti?”.
Parísina Ribeiro
Sempre Viva, 2022
Parágrafo descritivo:
A obra é um autorretrato. Inspirada na força das mulheres, em especial as apanhadoras de flores sempre-vivas do Vale do Jequitinhonha, nos seus saberes e fazeres, a artista retrata um local em que está inserida.
Gabriel Reis
Retrato, auto-re-tato, 2020
Parágrafo descritivo:
Autorretrato durante a pandemia de Covid-19, quando estávamos em quarentena.
Beca Chang
Ancestralidade, 2022
Parágrafo descritivo:
Esta obra faz parte da série “Estudos de copa de árvores”. A intenção era estudar as pinturas tradicionais de árvores feitas no leste asiático, mas, ao invés dos galhos, os cabelos apareceram tomando o lugar deles. Esta obra, desta o vermelho, o sangue ancestral, que transborda da face no retrato, o qual muitas vezes não compreendi, mas que hoje busco compreender e criar minhas próprias raízes.
Mariana Guieiro
Vista, 2022
Parágrafo descritivo:
Meu autorretrato. Busquei colocar minha alma, minhas cores, o vermelho variável em mim, meu batom, minha força interna, o vermelho do meu sangue, meu desejo pela vida, meu coração pulsante por transformação social. Vida.
Afonso Klein
Após Warhol, 2022
Parágrafo descritivo:
Buscou-se retratar várias possibilidades de poucas imagens, capturando fisionomia, mente e emoção. Repetição de formas com alternância de esquemas de cor, desorientação do observador, variedade de estados de humor e drama da personalidade, heterônimos.
Vania Cáus
Eu retrato, ela retrata, ele não, 2022
Parágrafo descritivo:
Após presenciar uma cena de violência doméstica contra minha mãe, deixei minha família aos quinze anos, em busca de respostas. Hoje, a pancada mais forte. Quase quarenta anos depois, cuido das sequelas que ficaram em uma grande mulher, que quase nunca se lembra que eu sou.
Paulynne Alves
Prosperidade, 2022
Parágrafo descritivo:
Festa em comemoração a São Cosme e Damião na Ocupação Vitória, em Diamantina, Minas Gerais.
Mozileide Neri
A presença, 2022
Parágrafo descritivo:
A obra “A presença” integrou a série “Narrativas do cotidiano”, projeto composto por uma produção de retratos contemporâneos que dialogam com textos literários nacionais e estrangeiros. “A presença” foi livremente inspirada no conto homônimo de Lygia Fagundes Telles.
Rita Matiusso
Mãe Chorando, 2020
Parágrafo descritivo:
A partir de reflexões produzidas na aula de História da Arte Contemporânea no Brasil, ministrada pelo professor Alexandre Ventura, produziu-se o vídeo-arte “O bicho contemporâneo”, inspirado no poema “O Bicho” (1947), de Manuel Bandeira, e na pintura “Mãe Chorando” (1947), de Cândido Portinari. Deste, foram extraídos frames, os quais compõem este trabalho.
Natália Pires
Luz da Alma, 2013
Parágrafo descritivo:
Trata-se de uma fotografia que explora o subconsciente para trazer à tona sentimentos e emoções que são difíceis de lidar. Através da técnica de Light Painting, o inesperado é explorado, dando à tona fotografias subjetivas do ser e sentimentos.