Quantos rios têm em sua cidade? Quais deles você conhece? Quantos não estão poluídos? Um curta-metragem e muitas reflexões, assista “Um Rio”:
Ficha técnica
Filme: Um Rio
Local: SP, Brasil
Ano: 2013
Duração: 4 minutos
Direção e roteiro: Andrea Pesek e Marcelo Bala
Produção: Vânia Ferreira e Bruno Vergueiro
Direção de arte: Andrea Pesek
Trilha sonora e direção de som: Chrystian Dozza
Narração: Leniza Castello Branco
Animação e edição: Marcelo Bala
Edição de som: Edilson Martins
Produtora: Galeria Filmes
Agente comercial: Vânia Ferreira
Curiosidade:
Peixes, tartarugas, cobras, borboletas, macacos, árvores, solo, rio… um ecossistema! Você pode nunca ter ouvido essa palavra, mas com certeza conhece algum ecossistema. Eles são conjuntos de elementos e de seres que interagem entre si de maneira equilibrada, garantindo sua própria manutenção. É um equilíbrio dinâmico, que muda o tempo todo. Inclui tanto seres vivos, como plantas e animais, quanto elementos naturais, como terra, ar e água. O tamanho e a complexidade de um ecossistema também podem variar, indo desde tudo que há no planeta (a biosfera, um ecossistema que reúne todos os outros ecossistemas), incluindo nós seres humanos, até um pequeno jardim.
Para refletir:
Imagine uma mesa sem um dos pés… ela ficaria bamba e não funcionaria tão bem quanto antes, não é mesmo? Algo parecido acontece com os ecossistemas quando são alterados. O ser humano, com suas ações, interfere no ambiente e muitas vezes o destrói. Árvores são derrubadas, rios são desviados e águas são poluídas para abrir caminho para a construção de casas e prédios, para a abertura de ruas e colocação de asfalto. Isso prejudica não só os outros seres, como também a nós mesmos. Daí a importância de se pensar a ocupação dos espaços de modo a preservar a natureza, respeitando o que ali já estava.
Os problemas envolvendo os rios, que são narrados e mostrados no curta, são bastante frequentes. Cidades do mundo inteiro canalizaram seus rios e córregos, mudaram os trajetos naturais ou até os cobriram. Isso trouxe e ainda traz consequências muito negativas, como inundações, alagamentos e poluição das águas.
Hoje, pouca gente sabe que pode estar pisando sobre rios e menos gente ainda sabe dizer que rios são esses. Apesar disso, ainda existem pessoas preocupadas com os rios, seja para tratá-los ou para lembrar que eles existem, identificando-os e registrando seus nomes para que não se apaguem da memória da população. A cidade de Belo Horizonte tem alguns projetos nesse sentido, como o “Entre Rios e Ruas”, criado pela artista visual Isabela Prado, que instalou placas de sinalização em alguns córregos que foram canalizados na região central da cidade, chamando atenção para o que está ali escondido, e o “Nessa Rua tem um Rio”, do Instituto Undió, que faz intervenções artísticas e poéticas em sua sede, na rua Padre Belchior, no centro da cidade, onde passa o Córrego do Leitão, hoje canalizado. Para saber mais sobre esses projetos, acesse as redes sociais: @institutoundio, @nessaruatemumrio, @isabelaprado.art, @entrerioseruas.
Atividade:
Pensando nisso tudo que conversamos, pergunte a pessoas mais velhas do que você quais memórias elas têm dos rios da sua cidade ou do seu bairro, se quando eram crianças havia algum rio que depois foi coberto e se realizavam alguma atividade nele antes disso acontecer. Tente pesquisar fotos de como era esse rio antes e compare com o estado dele hoje. Agora, imagine e depois represente, da forma que preferir, como seria ainda ter esse rio em sua forma original hoje, com você podendo navegar ou mesmo nadar em suas águas.
Compartilhe suas pesquisas e sua criação com a gente! Publique em suas redes sociais usando as hashtags #cineminhaonline #educativofcs e também @fcs.palaciodasartes no Instagram.
Referências:
Instituto Undió. Nessa Rua tem um Rio. Disponível em: <https://institutoundio.org/nessa-rua-tem-um-rio>. Acesso em: fev. 2022.
PROENÇA, Paulo. Entre Rios e Ruas: visibilidade, poesia e memória. Disponível em: <https://bdmgcultural.mg.gov.br/2020/05/entre-ruas-e-rios/>. Acesso em: fev. 2022.
Sobre as autoras:
Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino/MG, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.
Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, professora da Rede Municipal de Educação/BH, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.